A indústria de couro da Austrália sofreu um impacto depois que muitas pessoas começaram a optar pelas alternativas sintéticas. A imitação começou a ser fabricada com materiais sustentáveis, como folhas de abacaxi e cascas de maçã.
“Conversando com pessoas que estão na indústria do couro há 40, 50 anos, elas nunca viram a indústria em uma situação tão ruim quanto essa”, declarou Denis King, diretor executivo da Associação Australiana de Pele e Couro, em entrevista à ABC Austrália.
O país exporta peles de animais para outras nações, onde o processo para a fabricação do couro é realizado. Então as peles são enviadas de volta à Austrália e transformadas em bolsas, sapatos e jaquetas.
Muitos optam pelas alternativas sintéticas por razões éticas, se recusando a usar produtos feitos através da exploração dos animais. Mas além da morte dos animais, a indústria de couro também tem impacto negativo no meio ambiente. Além das emissões de gás carbónico, as peles são tratadas com produtos químicos que evitam a podridão, mas prejudicam a natureza.
As sobras das substâncias são despejadas em regiões com pouca regulamentação (como Índia, China e Bangladesh). O cromo, um dos produtos utilizados no tratamento do couro, muitas vezes contamina a água e apresenta um grave risco para a saúde daqueles que a ingerirem.
Os couros veganos mais sustentáveis ascenderam nos últimos anos. “Os consumidores querem opções que sejam melhores para o meio ambiente, melhores para o futuro”, afirmou Jocelyn Thornton, vice-presidente da área de serviços criativos da consultoria de moda Doneger Group.
Fonte: ANDA