Holly antes do resgate.
A ursa Holly sofreu por 15 longos anos, até que alguém finalmente foi em seu auxílio.
Como muitos outros animais explorados para entretenimento humano, Holly foi arrancada de sua mãe, que fora morta por caçadores. Então ela foi vendida no mercado de animais exóticos, e foi designada para ser usado como “urso dançarino – uma prática bruta e antiquada na qual os ursos são forçados a “dançar” para turistas. As informações são do The Dodo.
Para obrigar a pequena filhote a performar, o seu “dono” (sic) perfurou o seu focinho com um
ferro quente incandescente e passou uma corda através dele – assim ele poderia controlar os seus movimentos para fazê-la “dançar”. Ele despedaçou os seus dentes com um martelo enferrujado, deixando a sua boca com feridas abertas que atraíam larvas.
“Todos os dias Holly apanhava e passava fome para desenvolver a submissão e aprender rapidamente a obedecer o seu treinador simplesmente na tentativa de não ser machucada”, escreveu a International Animal Rescue, um dos grupos que ajudaram a salvá-la, em seu site. “A dor deve ter sido excruciante”.
Tais “procedimentos” são prática comum e disseminada na indústria que usa ursos para entretenimento humano.
Pelos próximos quinze anos – uma década e meia – Holly viveu nas ruas quentes da Índia, sendo forçada a performar e fazer dinheiro para o seu “tutor”. Mas finalmente veio a ajuda. Em 2003, Holly foi resgatada da vida de sofrimento e foi transferida para um santuário da Wildlife SOS, onde ela começou a ter as suas lesões tratadas.
De acordo com a Wildlife SOS, que também organizou o resgate, estima-se que havia 1.200 ursos na mesma situação em que estava Holly na Índia em 1996, quando ela ainda estava cativa. Juntamente com Holly, a Wildlife SOS e a IAR resgataram mais de 600 ursos-preguiça, e moveram as vítimas para santuários onde eles puderam “desfrutar uma vida de verdade e nunca mais tiveram de enfrentar novamente a crueldade e a dor”, disse a Wildlife SOS em seu site.
O último resgate de ursos “dançarinos” foi efetuado em 2009, mas a luta não terminou. Ursos-preguiça ainda são ameaçados pela caça, e filhotes continuam sendo contrabandeados para a indústria de ursos dançarinos, ou são capturados e mortos para serem usados na medicina tradicional chinesa ou para terem a sua carne consumida para alimentação humana.
Hoje, no santuário onde vive desde o resgate, com seu cuidador.
Holly escapou, mas ela carrega as cicatrizes do que uma vida de exploração pode fazer. Agora, 27 anos depois, ela é a ursa mais velha do santuário Agra Bear Rescue Facility da Wildlife SOS. Sua vida no santuário está a milhas de distância da tortura que ela experienciou, mas não é a vida para a qual ela foi criada. Ela tem problemas nas juntas e está em tratamento, e também desenvolveu deficiência visual, de modo que os funcionários têm que guiá-la para que ela consiga se alimentar.
Mas ela sobreviveu. Ela também encontrou conforto na companhia de um tipo muito mais bondoso de ser humano. “Ela tem uma forte ligação com o seu mantenedor”, disse Suvidha Bhatnagar, Relações Públicas da Wildlife SOS, em um e-mail. “Na maioria das vezes, ele se senta ao lado dela até ela terminar as suas refeições”.
“Holly está entre os que tiveram sorte”, disse a IAR.
As organizações IAR e Wildlife SOS continuam a prover santuário não só para Holly mas também para outros ursos resgatados, enquanto trabalham pelo fim da indústria de consumo de ursos-preguiça. Para conhecer mais sobre o trabalho das mesmas, visite os sites nos links acima.
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Fonte: ANDA