Mário Vargas Llosa, (na foto com o tauricida espanhol Enrique Ponce, a molestar um bovino bebé) grande defensor da “arte“ de torturar touros indefesos numa arena, “honrou” os forcados de Santarém e a cobardia portuguesa de torturar touros já moribundos, ao aceitar integrar a comissão de desonra do centenário deste grupo, que durante cem anos torturou, com a empáfia própria dos cobardes, seres vivos, já bastamente torturados, feridos, a sangrar, rasgados por dentro. Já quase mortos, só para divertir idiotas.
Foto Farpas Blogue
Como não há “pompa” sem “circunstância”, este grupo convidou outro grupo, não menos desqualificado, de “personalidades” que eles, os forcados de Santarém, acham (porque não conseguem pensar) que é uma mais-valia para “enfeitar” esta comemoração da vergonhosa cobardia.
Desse grupo de desiluminados fazem parte os seguintes aficionados de selvajaria tauromáquica:
– Jorge Sampaio, ex-Presidente da República;
– Paulo Portas, Vice-Primeiro-Ministro.
– Assunção Cristas, Ministra da Agricultura e do Mar;
– Maria Gabriela Canavilhas, deputada e ex-Ministra da Cultura;
– Marcelo Rebelo de Sousa, Conselheiro de Estado e Professor Catedrático;
– Gonçalo Ribeiro Telles, antigo Ministro de Estado e Professor Catedrático;
– Ricardo Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Santarém;
– Idália Serrão, deputada do PS;
– Manuel Pelino Domingues, bispo de Santarém;
– Mário Augusto Rebelo, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santarém;
– João Machado, Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal;
– Victor Mendes, matador de bovinos;
– Enrique Ponce, matador de bovinos;
– Maria Tereza de Vasconcelos e Sá Grave, poetiza e pintora;
– Maria da Conceição Abreu Alpoim Cabral, a tia Bindes;
– António Paim dos Reis, forcado;
– David Ribeiro Telles, montador de cavalos nas arenas;
– António Corrêa de Sá (Lavradio), Presidente do Real Club Tauromáquico Português;
– Mario Vargas Llosa, escritor peruano.
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Estes são os “notáveis” adoradores de sangue e crueldade.
Porque será que vemos entre tauricidas, doutores, professores universitários, artistas, um autarca, um escritor, um bispo…
Simplesmente porque a condição social, a universidade, o dinheiro não dá carácter a ninguém.
Estes “notáveis” que constam desta lista (que ficará perpetuada no Livro Negro da Tauromaquia), com esta postura revelam ser apenas indivíduos com algum grau de cultura, mas mal formados.
Revelam a inconsciência de um conhecimento mais profundo que lhes permita fazer uso do seu intelecto para conseguirem discernir sobre questões morais, sobre o que é certo e errado, em situações que envolvem tortura e sofrimento de um ser vivo.
Revelam grande ausência de carácter na postura cómoda que partilham com padrões obsoletos de comportamento institucionalizado na sociedade, demonstrando uma verdadeira falta de consciência ética e falta de conhecimentos elementares no que diz respeito ao conhecimento das espécies animais.
Nada sabem sobre si próprios e da condição humana.
Por isso, o grupo de forcados nada tem de que se orgulhar desta “comissão” que de “honra” nada tem. Muito pelo contrário.
E melhor seria que o grupo de forcados de Santarém ficasse quieto no seu canto, porque comemorar 100 anos de cobardia, não lhes dá estatuto social, moral e cultural. Por muito que queiram ou tentem.
Fonte: http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/grupo-de-forcados-de-santarem-comemora-546874