ESPERANÇA Vaquitas marinas, cetáceos em risco de extinção, são avistadas no México

Cientistas mexicanos avistaram seis “vaquitas marinas” recentemente,uma espécie endêmica do mexicano Golfo da Califórnia que está à beira da extinção, informaram pesquisadores na última quarta-feira (17).

Cientistas mexicanos avistaram seis “vaquitas marinas” recentemente,uma espécie endêmica do mexicano Golfo da Califórnia que está à beira da extinção, informaram pesquisadores na última quarta-feira (17).

“Não acabou a esperança”, disse Lorenzo Rojas, pesquisador do Comitê Internacional para a Recuperação da Vaquita Marina (CIRVA).

Durante uma expedição de 11 dias pelo Golfo da Califórnia entre o fim de setembro e o começo de outubro, um grupo de pesquisadores especialistas em mamíferos marinhos avistaram seis vaquitas, “entre elas um filhote”, comemorou o diretor do Museu da Baleia, Diego Ruiz.

Esta cifra não representa uma contagem completa da população deste animal, que é a menor do mundo.

Pesquisadores analisam os dados obtidos nessa expedição e em janeiro vão dar um novo balanço sobre a população da “vaquita marina”.

O último estudo da CIRVA feito em 2017 apontou que restavam apenas 30 “vaquitas marinas”, também conhecidas com o panda do mar devido às manchas pretas que têm em volta dos olhos.

A ONG Fundo Mundial para a Natureza (WWF) alertou em maio deste ano que a espécie pode ser extinta ainda este ano se os animais continuarem morrendo devido à pesca incidental.

Fonte: ANDA

ESPERANÇA Contaminação de mercúrio pode acabar com massacre de baleias nas Ilhas Faroé

Foram encontrados altos níveis de mercúrio que podem causar sérios problemas para a saúde humana

Um novo filme mostra como a caça de baleias nas Ilhas Faroé pode acabar devido aos perigosos níveis de mercúrio encontrados na carne dos animais.

A baleia faz parte da dieta dos moradores das Ilhas Faroé e, apesar dos alertas de oficiais médicos há uma década de que os animais contêm níveis perigosos de mercúrio, os residentes continuaram com a tradição.

Porém, um novo documentário, “The Islands and the Whales” (As Ilhas e as Baleias), revela que os moradores locais têm percebido que o consumo de baleias-piloto não pode continuar já que representa muitos riscos para a saúde.

O mercúrio entra no oceano por meio de chuvas, sendo que o produto químico é bombeado para a atmosfera a partir da queima de combustíveis fósseis. Em 2008, um artigo no New Scientist relatou que os médicos das Ilhas Faroé Pál Weihe e Høgni Debes Joensen consideravam a carne de baleia insegura para consumo humano devido ao alto nível de mercúrio. O envenenamento por mercúrio pode acarretar uma série de doenças, incluindo desenvolvimento neural fetal, pressão alta, problemas circulatórios e possível infertilidade.

O alerta não foi ignorado, mas as caças continuaram. No documentário, a população participa de um estudo médico que mostra como o consumo da carne de baleia contaminada com mercúrio aumenta os níveis da substância química no corpo e como isso prejudica os níveis de QI.

Um pai é informado de que ele tem 16,8 ng / mL, enquanto o nível normal de mercúrio no sangue é geralmente menor que 10 ng / mL. Felizmente, suas filhas possuem taxas seguras de mercúrio no sangue, mas o médico fala sobre os perigos associados ao consumo da carne de baleia,revela o Daily Mail.

‘Nós observamos o desenvolvimento cerebral desacelerar. Em torno de um QI a menos pelo dobro de mercúrio”, explica.

Um homem afirma que reduziu a quantidade de carne de baleia depois de descobrir o alto teor de mercúrio em seu corpo. Outros também alegam o mesmo. Outro homem diz que estocou a carne porque “não espera que [a caça de baleias] perdure por muito mais tempo”.

No entanto, não é apenas a caça de baleias que pode acabar nas Ilhas Faroe: a caça de pássaros também pode ter o mesmo destino.

Os moradores ingerem puffin e fulmar, mas um caçador de pássaros explica que os animais estão em declínio em decorrência da poluição e “todos os seus pequenos estômagos estão geralmente repletos de plástico”. Ele acrescenta: “Na primeira vez em que o jovem fulmar abre seu bico, ele está com plástico dentro”.

As Ilhas Faroé dizem que o aumento da poluição prejudicou a população de aves marinhas cujos números caíram drasticamente.

Conforme o filme continua, fica claro que a cultura da região está ameaçada. Há muitos anos, a organização Sea Shepherd faz campanhas contra a caça às baleias nas Ilhas Faroé e, em 2017, divulgou inúmeras fotos de uma caça de baleias que mostravam o oceano tingido pelo vermelho do sangue dos animais.

Os ativistas contaram como a prática envolvia caçadores inserindo “lanças espinhais” no pescoço dos animais para quebrar suas medulas espinhais. Um voluntário afirmou: “Nós testemunhamos baleias aparentemente batendo suas cabeças contra as pedras em desespero”.

O governo das Ilhas Faroé afirmou que a carne de baleia e a gordura das baleias-piloto são uma parte valiosa da dieta nacional há muito tempo e que estão caçando “de forma sustentável”.

Fonte: ANDA