Crueldade Vídeo mostra menino de 14 anos assassinando bezerro em tourada

O vídeo chocante mostra crianças agindo como matadores experientes assassinando o animal, colocando a espada entre o ombro e o coração. (Foto: PACMA)
O vídeo chocante mostra crianças agindo como matadores experientes.

Crianças com sangue nas calças mostram a crueldade que está por trás da prática assassina da tourada. Em um vídeo atormentador, nota-se uma plateia de crianças que torcem enquanto filhotes morrem.

Segundo o Daily Mail, colocaram um bezerro de menos de dois anos para morrer em uma apresentação pública em uma arena perto de Madrid.

O vídeo chocante mostra crianças agindo como matadores experientes assassinando o animal, colocando a espada entre o ombro e o coração.

Um homem mais velho penetra a coluna do bezerro. Em algumas imagens parece que o animal está paralisado mas continua vivo, ele mexe a cabeça e pisca.

O vídeo perturbador mostra também os trabalhadores locais de Pedrezuela colocando os filhotes em escavadeiras mecânicas antes de que as carcaças deles sejam levadas.

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O partido político espanhol do bem-estar dos animais, PACMA, soltou o vídeo que foi feito durante uma tourada no Pedrezuela Bull Ring – para mostrar o que há por trás do que muitas pessoas consideram como sendo um esporte.

A presidente do PCMA, Silvia barqueiro, conta que ela e os colegas ficaram emocionados pelas imagens e disse que as crianças da escola de Marcial Lalanda de Touradas de Madrid estavam entre aqueles que participaram do evento.

A Silvia disse: “Estamos acostumados em ver imagens perturbadoras, mas alguns membros choraram. Ver essas crianças fazendo gestos na plateia enquanto esses filhotes morrem é uma coisa que me enjoa. São umas das imagens mais fortes que já publicamos e certamente é o primeiro vídeo que colocamos que não tem censura e você vê o lado escuro de algo que os apoiadores tentam romantizar. Alguns animais estão ainda vivos quando são levados. Eles passam por uma quantiade incrível de dor e sofrimento.”

Luis Victor Moreno Barbieri, vice-presidente do PACMA, cujas iniciais significar Partido Animalista Contra o Maltrato dos Animais, acrescentou: ” Eu achava que eu tinha visto tudo mas eu estou até agora chocado com o sadismo de algumas pessoas. ”

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Meninos em tourada.

Sob instrução dos advogados, os executivos do PACMA cobriram o rosto das crianças assassinas que parecem ter entre 14 e 15 anos, e das crianças que estavam na plateia a metros dos animais que estavam sendo assassinados.

As imagens do vídeo explícito, filmado no dia 29 de setembro e solto na semana passada, foram feitas por um membro do PACMA que se infiltrou entre famílias e amigos dos jovens assassinos.

Em uma das cenas podemos ver a plateia aplaudindo enquanto criança esfaqueia o bebê exausto que estava antes disso correndo dentro do estádio, mas que agora pode apenas olhar para o chão.

O vídeo aconteceu depois que houve um voto no Parlamento Europeu para terminar com a ajuda aos fazendeiros que criam touros para lutar.

Felizmente, a popularidade da dourada na Espanha tem caído nesses últimos anos.

Uma pesquisa mostra que 60% dos jovens estavam a favor de banir as touradas e que o governo espanhol também perdeu interesse.

As ilhas Balearic devem seguir os passos de Catalunya e das Ilhas Canários ao banir as touradas no ano que vem.

A nova prefeita de Madrid anunciou na semana passada que está removendo a ajuda financeira das escolas de touradas. Um porta-voz disse que o governo não tinha mais interesse em apoiar o maltrato aos animais.

Felizmente, a Espanha não é o único lugar que está progregrindo nessa área. Há cerca de um mês atras, foi proibida a prática de vaqeujadas em todo o DF. Veja a notícia da ANDA.

Fonte: ANDA

AS PERNICIOSAS “ESCOLAS” DE TOUREIO

«Transformaram este miúdo num mosnstrinho.

Ele não terá culpa.

A culpa é dos monstros maiores: progenitores, governantes psicopatas e sádicos que vão à arena aplaudir o sofrimento do bezerrinho e a insanidade de uma criança que nem sequer sabe por que está ali… a torturar um animal como ela… (I.A.F.)»

 

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by protouro

Ou como os aficionados pervertem criancinhas com a cumplicidade dos pais que deveriam ser punidos por permitirem que os seus filhos participem em espectáculos onde se torturam e matam animais.

O puto no vídeo abaixo tem 7 anos de idade mas já sofreu uma enorme lavagem cerebral como se pode ver pela atitude e pelas expressões ao tourear um animal que ainda é mais novo que ele e que mal se consegue manter de pé.

Enquanto tal, os broncos nas bancadas aplaudem um espectáculo que é imoral e cruel, porquanto estão em confronto dois animais de tenra idade com uma diferença o puto foi levado para lá por pais incultos e irresponsáveis, enquanto que o bezerro foi levado à força e tudo o que faz é tentar defender-se do miúdo.

Que raio de pais e governantes são estes que permitem que crianças participem em espectáculos onde se maltrata um animal?

Uma sociedade que permite esta aberração e ainda por cima aplaude é uma sociedade putrefacta que cria os seus filhos para que se tornem adultos violentos e sem qualquer compaixão ou empatia!

 

Prótouro

Pelos touros em liberdade

 

Fonte:

https://protouro.wordpress.com/2015/09/28/as-perniciosas-escolas-de-toureio/

Fonte: Arco de Almedina

MENINOS QUE SONHAM SER TOUREIROS E QUANDO FOREM GRANDES QUEREM MATAR TOUROS

Esta é uma realidade anormal, felizmente abrangendo poucas crianças, em Portugal. Mas as poucas que abrangem fazem com que uns poucos mundos se despedacem contra o rochedo da ignomínia.

A estas crianças roubaram a infância. E elas nunca terão a oportunidade de dizer como as crianças normais: eu quero ser barbeiro, ou bombeiro, ou padeiro, ou engenheiro, ou atleta, ou aviador, ou médico, ou agricultor, tudo profissões dignas de um adulto que se desenvolveu dentro dos parâmetros saudáveis de um ser humano.

E dizer que estes “sonhos” de meninos, que querem transformar em monstros, são acalentados por progenitores irresponsáveis e por governantes incompetentes!

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Jovens alunos da Escola de Toureio da Moita em tourada na praia, com cobardes “garrochistas”

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Aposento da Moita: uma pega à beira-rio…

Fotos D.R., @João Ribeiro Telles, @João Moura Jr. e aficionadosdamoita.blogspot.com

O que vemos nestas imagens aconteceu no dia 7 de Março de 2015 (portanto há pouco tempo) em pleno areal da Praia do Rosário, na Moita do Ribatejo, um lugarejo onde ainda não chegou a civilização.

Sim, no areal de uma praia pública, que o SEPNA e a autoridade marítima consideram um local muito adequado para se protagonizar uma animadíssima “tourada”, com montadores de cavalos, toureiros a pé, forcados e garrochistas.

Garrochistas não são mais do que uns cobardes montados em cavalos, agarrados a umas lanças compridas com pontas aguçadas a que chamam “garrochas”, para “picar” os indefesos bovinos, todos muito novinhos, porque ali há crianças, menores de idade, a aprenderem estas práticas bárbaras e cruéis, a aprenderem a ser monstros como os adultos.

Esta funçanata de broncos foi organizada pelo clube taurino da Moita, que é a “coisa” mais “cultural” lá da terra.

E é este tipo de “divertimento” que os mui ilustres autarcas da Moita têm para oferecer às indefesas crianças, a quem não dão oportunidade de evoluir.

E depois não querem que se diga que fazer “isto” a uma criança é um crime, ou seja, é cometer uma transgressão ao direito delas a uma vida mentalmente sã e íntegra.

Fonte:

http://farpasblogue.blogspot.pt/2015/03/inedito-figuras-em-tourada-na-praia-do.html

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Agora leia-se com atenção este ESPANTOSO texto, publicado na revista VISÃO.

(Os bolds e os itálicos são da lavra da autora deste Blogue, e a correcção do texto em AO/90 é automática.)

Meninos que sonham ser toureiro

O Parlamento aprovou uma lei – já contestada na ONU – que prevê o acesso à profissão de artista tauromáquico aos 16 anos. Mas começa-se bem mais cedo. Há miúdos que ainda nem sabem ler e já dominam as bandarilhas.

Gonçalo Alves tem nove anos e frequenta a Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita desde os seis. Ao final do dia, três vezes por semana, só tem olhos para o capote. O seu sonho? “Quero ser veterinário e matador de touros“, declara, convicto. A sua afición surgiu por influência do progenitor, que é toureiro a cavalo. “A minha mãe só me deixou vir para aqui porque já estava habituada ao meu pai“, diz, de forma rápida mas tímida. Com o seu corpo franzino, já enfrentou bezerros, e jura que não teve medo.

O treino é feito ao som de música sevilhana, que toca bem alto num rádio portátil antigo. “Mestre! Está bem se fizer assim?”, ouve-se, vezes sem conta, durante as quase três horas em que os 30 alunos da Moita praticam os passos de capote, de muleta na mão, ou correndo atrás da tourinha, uma espécie de bicicleta com uns cornos na ponta e um fardo de palha, ou assento almofadado, onde se espetam as bandarilhas.

O mestre destes aspirantes a toureiros é Luís Vital Procuna, matador de touros há uma década. Também a sua paixão pelo toureio a pé começou bem cedo, quando tinha sete anos. “Sempre gostei deste mundo, cresci aqui, em frente à praça de touros“. Foi na arena da Moita que toureou a primeira bezerra. Matou o primeiro touro em Barrancos, aos 11 anos.

A participação de menores em touradas sempre foi polémico, mas o assunto voltou à ribalta após a aprovação, em Março, na Assembleia da República, de uma nova lei que estabelece o regime de acesso e exercício da actividade de artista tauromáquico, permitindo a profissionalização aos 16 anos.

A participação de amadores na festa brava é, contudo, possível a crianças de idade inferior, desde que a sua participação seja comunicada à Comissão de Protecção de Menores (embora não seja necessária a sua autorização). Além disso, a frequência de escolas de toureio permanece sem idade mínima definida para o acesso, sendo usual haver iniciados a partir dos seis anos.

O Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas, que já havia dedicado um relatório a Portugal no ano passado, insurge-se contra a legislação aprovada, considerando que a participação de menores em touradas “constitui uma violação de Direitos Humanos“. Até mesmo a assistência do espetáculo tauromáquico deveria, no entender do organismo da ONU, ser apenas para maiores de 18 anos – a nova lei estabelece os 12 anos como idade mínima.

O comité está preocupado com o bem-estar físico e mental das crianças envolvidas em treino para touradas” e “exorta o Estado português a empreender medidas de sensibilização e consciencialização sobre a violência física e mental associada às touradas e o seu impacto nas crianças“. Também o grupo de Direitos das Crianças da Amnistia Internacional pede que “sejam tomadas as devidas diligências para anulação ou rectificação” do diploma agora aprovado.

A Federação Portuguesa de Tauromaquia (Prótoiro) considera infundadas as recomendações das Nações Unidas, acusando esta organização de ter cedido ao lóbi antitouradas: “Querem retirar-nos a liberdade de escolher o modo como devemos viver e educar os nossos filhos.

Medo sempre presente

Os treinos dos meninos que sonham ser toureiros prosseguem na praça da Moita, indiferentes a esta discussão. Entre eles, destaca-se uma figura feminina, com um casaco do Benfica vestido. Paula Santos tem 15 anos, frequenta o 8.º ano e é a única rapariga inscrita. Diz que sempre foi aficionada e que tudo começou “com uma brincadeira“. Mas gostou tanto que ficou. Agora ambiciona ser uma “figura” do toureio, ou seja, conquistar fama e reconhecimento no meio tauromáquico.

A seu lado, João Gomes, com a mesma idade, conta que foi o pai quem o incentivou a ir experimentar um treino. Já toureou um novilho e diz que a sensação “não dá para explicar“. Sonha tourear em Espanha e quer ser matador. Quando não está na escola ou nos treinos, está mergulhado em vídeos de toureiros, “para aprender mais“.

Luís Procuna dedica-se totalmente a formar estes alunos, uma vez que está afastado das arenas por lhe ter sido diagnosticada paramiloidose, uma doença degenerativa que afecta o sistema nervoso. O professor de toureio é tratado com carinho e respeito pelos alunos. A maioria tem dificuldades económicas e, por isso, a escola não cobra mensalidade aos alunos (as despesas são suportadas pela Sociedade Moitense de Tauromaquia, com os apoios da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal da Moita). Os fatos necessários para se apresentarem em corridas são oferecidos pelo mestre e por outros toureiros.

Além disso, a maioria tem problemas de comportamento na escola. Na praça, nada disso se nota. E o “mestre” acredita que não lhes ensina apenas a arte do toureio, mas também a serem melhores pessoas e a focarem-se em percorrer um caminho, a alcançarem um objetivo. Concede que estas crianças correm riscos ao escolherem esta profissão. O medo está sempre presente, garante, independentemente da idade. “Enfrentar um touro de 500 ou 600 quilos é enfrentar dois cornos que nos podem tirar a vida.”

Fonte:

http://visao.sapo.pt/meninos-que-sonham-ser-toureiros=f815886

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Isto acontece em Portugal.

Isto é uma forma atroz de maus tratos a crianças.

Aqui, algumas crianças não têm o direito de serem crianças.

Aqui, algumas crianças vivem o “sonho” dos outros, de gente que ficou parada num passado obscuro e assente na ignorância.

Aqui, algumas crianças já nasceram velhas e permanecerão eternamente velhas se o governo português e as suas instituições de protecção aos indefesos meninos continuarem a comportar-se como seus algozes.

Fonte: http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/meninos-que-sonham-ser-toureiros-e-528706

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E assim se torna crianças, em crianças Psicopatas, Sociopatas, Dutopatas em Portugal. E quem pode, nada faz para o impedir. É vergonhoso!

 

 

Crianças Psicopatas?

Artigo muito importante, onde fica mais uma vez claro, o que acontece, quando se permite que crianças torturem animais, como por exemplo acontece na tauromaquia!

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Você sabia que existem sim crianças psicopatas? Existem diversos casos de pequenos psicopatas, e se ja sabia disso, sabe por que acontecem? Por que uma criança tiraria uma vida?

Vamos explicar um pouco sobre para vocês.

Origem

Apesar de a primeira coisa que se passa pela nossa cabeça, ao imaginar o por que de uma criança se tornar um psicopata, ser maus tratos ou abuso por parte de famíliares, esse não é o único motivo. O ambiente desestruturado e violento, é o principal gatilho para tal problema, mas outro grande fator é a vulnerabilidade genética. Não é como se essas crianças nacessem predestinadas a serem psicopatas, mas assim como alguns de nós tem mais problemas emocionais, somos alguns mais sensíveis outros mais estressados, a variação de personalidade nas crianças também as afeta, sendo o fator genético algo que possibilite que algumas crianças sejam mais sussetivas a se tornar um psicopata ao passar por problemas ou ao presenciar cenas que ela ainda não esta preparada para ver, do que outras.

Para James Garbarino, professor da Loyola University Chicago, a maioria das crianças é incapaz de se conectar. Por isso a relação amorosa entre os pais e a criança se torna uma importante relação entre a criança e o mundo exterior. Segundo ele, crianças podem se tornar angustiadas, desconfiadas, resistentes e raivosas se não se sentirem seguras em seus primeiros 9 meses de vida. Estudos mostram que crianças seguras em seu ambiente familiar, tendem a ser mais competentes quando adultas, se ajustando com mais facilidade na sociedade.

Sintomas 

A psicopatia pode ser notada em uma criança quando ela possui incapacidade de sentir empatia pelos outros, principalmente quando estão feridos ou sentem dores. A crueldade praticada contra animais e outras crianças, também são fortes indícios. É importante analisar bem o caso, pois a criança só poderia ser “rotulada” como psicopata caso os sintomas persistissem. Se é correto denominá-las assim ou não, a decisão esta bem dividida, alguns especialistas acreditam que pode ser diagnosticado apartir dos três anos de idade, outros acreditam que só próximo a adolescência ou mesmo quando se tornam adultos.

Casos Reais

Mary Flora bell

Marry bell

 

 

 

 

 

 

Mary Bell foi a mais jovem homicida da história, este é o caso mais famoso do mundo de criança com Transtorno de Personalidade Antissocial. Desde os dois anos de idade era possível notar que Mary Bell não era uma criança comum, seu lar era totalmente desfigurado, e sofreu diversos abusos. Os primeiros sinais foram quando quase nunca chorava ao se machucar, e espancava sua bonecas, quebrava todos os seus brinquedos. Apenas com quatro anos de idade tentou matar seu colega enforcado, e aos cinco presenciou o atropelamento de um outro amigo, sem demonstrar nenhuma emoção. Assim que aprendeu a ler, se tornou incontrolável, incendiou a própria casa, pichava paredes e torturava animais.

Aos nove anos, o horror aconteceu, Mary Bell estrangulou duas crianças de três e quatro anos até a morte, Martin George foi encontrado morto em uma casa em ruiínas na cidade de Newcastle. No dia seguinte tentou estrangular outra amiguinha, mas o pai da menina chegou a tempo de impedi-la, a tirando de perto da menina, com bofetadas.

Em 30 de maio, ela foi até a casa dos pais de Martin George e pediu para falar com ele, recebendo a resposta de Martin estava morto, e respondeu: “Eu sei que ele está morto. Só queria vê-lo no caixão!”

Foi presa durante 11 anos em uma instituição Psiquiátrica, saiu em 1980, e teve uma filha em 1984. Tem sua nova identidade e endereço mantidos em sigilo, por uma lei “Ordem Mary Bell”, criada em 2003 criada na Inglaterra, que protege a identidade de qualquer criança envolvida em procedimentos legais. Em 2009, Mary Bell tornou-se avó.

 

Sakakibara Seito

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Um caso sinistro envolvendo crianças ocorreu no Japão, em 1997 Ayaka Yamashita foi encontrada morata em um beco na cidade de Kobe, ela havia sido espancada até morte com uma barra de ferro. Outras três garotas também foram atacadas na região. Elas descreverão o atacante como um “menino”. Um mês depois um estudante de 11 anos desapareceu no portão do colégio. Tendo a cabeça encontrada 3 dias depois pelo zelador. O estudante havia sido decapitado com uma serra manual, e havia um bilhete dentro de sua boca escrito com tinta vermelha.

No bilhete estava escrito: “Isto é o começo do jogo,.. Policiais, detenham-me se puderem… Desejo desesperadamente ver pessoas morrendo. É uma excitação, para mim, assassinar. É necessário um julgamento sangrento para os meus anos de grande amargura.”

O bilhete foi assinado como Sakakibara Seito, que na língua japonesa, possui os significados de álcool, demônio, rosa, santo e luta.

Os crime deichou a cidade em pânico, e um mês depois o assassino mandou uma carta para o jornal Kobe Shimbun.

Em 28 de junho de 1997, o assassino foi preso em sua casa, e tinha apenas 14 anos. Ele anotava detalhes de todos os seus assassinatos em um diário.

Passou 6 anos em umm hospital psiquiátrico sendo liberado e 10 de março de 2004, aos 21 anos. Hoje o “Garoto A”, como ficou conhecido por seu nome não ter sido divulgado por ser de menor, é um homem livre com uma nova identidade.

 

Mitchell Johnson e Andrew Golden

Responsaveis por um dos piores atentados a escolas nos Estados Unidos. Em 24 de março de 1998, mataram 4 crianças e uma professora na Westiside Middle School, na cidade de Jonesboro – Arkansas. Mitchell tinha apenas 13 anos, e Andrew 11.

Se conheceram no ônibus que os levava para a escola, e eram conhecidos pelos colegas de classe, por praticarem bullying, sempre intimidando colegas. Os garotos também diziam pertencer a uma gangue de Los Angeles. O mais perturbado dos dois  provavelmente era Mitchell, que com apenas 12 anos, molestou sexualmente uma criança de 3, também fez ameaças a uma garota que não quis ser sua namorada. “Tenho muitas pessoas para matar” – Dizia ele aos amigos.

Os dois planejaram todos os detalhes do ataque, na noite anterior ao massacre, os dois carregaram o carro da mãe de Mitchell com material para acampamento, comida, equipamentos para sobrevivência, duas espingardas semiautomáticas,um fuzil e quatro pistolas, armas que roubaram da casa do avô de Andrew. Tinham a ideia clara, matar crianças na escola e fugir para algum lugar.

Na manhã seguinte enquanto Mitchell posicionava as armas em uma floresta frente a escola, Andrew entrou na escola, puxou o alarme de incêndio, e correu para fora, quando professores e alunos saíram pra fora do prédio, os dois descarregaram as armas nos que la estavam.

Mitchell Johnson saiu da prisão em 2005 quando completou 21 anos, depois quando Andrew completou 21 anos, também foi solto. Em 2007 Mtchell volta para a cadeia por ser pego carregando uma pistola 9mm e 21 gramas de maconha, em 2008 foi preso novamente por usar um cartão de crédito roubado, um juíz o condenou a mais 18 anos de prisão.

Andrew Golden foi notícia um ano depois de sair da cadeia, ele tentou comprar uma arma no nome de Drew Douglas Grent. Com a análise das impressões digitais, a polícia descobriu que Drew era Andrew, ele recebeu uma advertência das autoridades, e atualmente seu paradeiro é desconhecido.

 

Cristian Fernandez

Cristian Fernandez

É atualmente o centro das atenções nos Estados unidos. Cristian esta sendo julgado como adulto, e pode pegar prisão perpétua por ter assassinado seu meio-írmão de dois anos, e ter estuprado um outro meio-írmão de cinco anos de idade. Os crimes ocorreram em 2011, e atualmente ele está em julgamento na Flórida.

O que teria levado Cristian a cometer tais atos?

Nos anos de 1990, cientistas descobriram que cérebros de psicopatas assassinos, são diferentes do de pessoas normais, descobriu-se então o MAO-A, que é uma mutação presente apenas nos psicopatas e, supostamente, os deixariam pessoas mais agressivas. E então declarou-se, Genética + Um lar desestruturado, era a receita para criar um psicopata.

Apesar de não ser uma verdade concreta, e de o cérebro de Cristian ainda não ter sido escaneado para ver se há alguma falha, mas por algumas características do seu comportamento, acredita-se que este seja o caso de Cristian. Aos seis anos ele começou a matar e torturar pequenos animais, simulava atos sexuais com outras crianças, e chegou a se masturbar na frente de amigos na escola. Para começar sua história familiar conturbada, ele nasceu de um estupro, que ocorreu quando sua mãe tinha apenas 12 anos. Cresceu sendo espancado por seu padrasto que se suicídou em 2010. Em 2007 foi supostamente estuprado por um primo. Além disso, cresceu vendo a mãe e os avós ingerindo todo tipo de drogas.

Todos esse fatores, de um lar desprovido de valores e amor, foram gatilho para os problemas de Cristian.

 

Fonte: http://romyss.wordpress.com/2014/08/21/criancas-psicopatas/

 

A MALDADE INFANTIL E OS ANIMAIS

Quando se trata de crianças nos tornamos cegos, deslumbrando uma inocência que Freud há tempos cantou a pedra dizendo ser dúbia. Não é fácil a sociedade aceitar a maldade infantil, mas ela existe … essas crianças (psicopatas) não têm empatia, isto é, não se importam com os sentimentos dos outros e não apresentam sofrimento psíquico pelo que fazem. Manipulam, mentem e podem até matar sem culpa.”
 
Com o aumento absurdo de casos de psicopatia infantil, parece que finalmente resolveram abrir espaço para se falar a respeito. Mesmo com o choque que tal assunto causa, é algo que precisa ser dito, visto, e principalmente estudado. 
 
De acordo com o psiquiatra Fábio Barbirato, chefe da Psiquiatria Infantil da Santa Casa (RJ), as crianças podem apresentar traços de psicopatia já aos 3 anos de idade. Pois é, aquela criança bonitinha brincando na praça, montando castelos de areia, pode ser um psicopata em potencial.
 
Agora vocês pensam: “Então uma criança de três anos seria capaz de algo tão hediondo?”, e lhes direi que sim, mesmo que o padrão dos casos estudados seja de crianças com mais de cinco anos, sete em sua maioria.
 
Creio que uma das histórias mais chocantes de psicopatia infantil seja a de Beth Thomas, que deu origem ao documentário Child of Rage (A Ira de um Anjo), no qual, nas sessões com a menina de apenas 6 anos, é visível sua completa falta de emoção e de empatia; São olhos azuis gélidos, e não expressam nada além de: “Eu mataria mamãe e papai à noite.”. É assustadora a forma como Beth consegue dizer que as pessoas tem medo dela, principalmente o irmão, pois ela o machuca “muito”.
 
Porém, a história de Beth Thomas possui ao menos uma explicação. Ela e seu irmão perderam a mãe ainda bebês e, desde então, Beth sofria de graves abusos sexuais de seu pai, gerando o Transtorno de Apego Reativo, que se deve por um desenvolvimento de formas perturbadas e inadequadas em estabelecer relacionamentos, além da falta de empatia (característica principal de um psicopata).
 
 
 
Felizmente, os irmãos foram levados para um lar adotivo, no qual seus novos pais fizeram de tudo para dar amor a essas crianças – o problema é que os pais adotivos não tinham noção do passado de Beth, então a princípio era difícil acreditar que aquela menina de olhos azuis poderia estar por trás de acontecimentos estranhos pela casa. Quando começaram a perceber que o ninho de passarinhos estava com filhotes mortos, que facas estavam sumindo, e que o irmão de Beth surgia sempre com machucados estranhos pelo corpo, eles passaram a prestar mais atenção no comportamento da menina; então conseguiram enxergar que, de fato, Beth era um risco para todos, e decidiram que a melhor solução (além do tratamento do distúrbio) era trancar o quarto dela à noite.
Beth Thomas é um caso de psicopatia infantil à parte, pois de acordo com o documentário (bemoldfashioned) ela está curada e hoje em dia trabalha como enfermeira. Dizem que Beth leva uma vida normal, mas isso não acontece sempre – até me arriscaria a dizer que é raro.

Fonte:
http://muralanimal.blogspot.pt/2013/08/a-maldade-infantil-e-os-animais.html

Preciso tirar essa duvida,todo psicopata tortura animais?

gostaria de sabe uma coisa que li e ouvi na tv também,é verdade que quem tortura animais,quando criança é um futuro psicopata?tenho essa duvida,obrigada a quem responder,bjs a todos do yahoo

***

Melhor resposta

Não posso afirmar quantos dos psicopatas torturam animais, mas posso afirmar que quem tortura animais possui uma chance imensa de ter um transtorno psíquico grave, e quem sabe, se não corrigido, se tornar um futuro torturador de mulheres, de crianças, de idosos.

Uma criança com um comportamento desumano desse tipo, se teve ou não exemplos no lar , se aprendeu com os espelhos que judiar de animais é bom….é merecedora de uma atenção psicológica urgente.

Vale lembrar que muito dos pedófilos tem o comportamento de maltratar animais, espancando,
furando olhos. Mas não posso dizer que todos os pedófilos torturam animais.

Fiz essa menção para que fique claro que esse comportamento em criança não é normal e pode se tornar um grande problema no futuro.

Fonte: https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20101212142835AAryvmy

Pra saber mais: Crianças Psicopatas

“Não é fácil a sociedade aceitar a maldade infantil, mas ela existe… essas crianças (psicopatas) não têm empatia, isto é, não se importam com os sentimentos dos outros e…

Crianças Psicopatas

“Não é fácil a sociedade aceitar a maldade infantil, mas ela existe… essas crianças (psicopatas) não têm empatia, isto é, não se importam com os sentimentos dos outros e não apresentam sofrimento psíquico pelo que fazem. Manipulam, mentem e podem até matar sem culpa.”

A fala acima, do psiquiatra Fábio Barbirato, chefe da Psiquiatria Infantil da Santa Casa no Rio de Janeiro, pode parecer assustadora, e realmente é. Ela toca em um assunto delicadíssimo: a psicopatia infantil. A maioria das pessoas não sabem, mas existem sim crianças psicopatas. Elas não respeitam os pais, chantageiam, roubam, mentem, manipulam, maltratam irmãos e amiguinhos, torturam animais, e até, MATAM! Isso mesmo. Elas podem matar. E se você duvida de mim, deixe-me então lhe contar uma historinha.

Em 12 de fevereiro de 1993, Denise Bulger entrou com seu filho, James Bulger, de apenas três aninhos de idade, no Strand Shopping Center, na cidade de Liverpool, Inglaterra. Denise não sabia, mas ela nunca mais veria o seu filho vivo.

Ela entrou em um açougue dentro do shopping, e cinco segundos de descuido foram o suficiente para James Bulger simplesmente desaparecer. Denise entrou em desespero, e logo todos os guardas do shopping estavam à procura do pequenino James. Mas a busca foi em vão.

Dois dias depois do desaparecimento de James, o horror: seu corpo foi encontrado partido ao meio, em uma ferrovia a quatro quilômetros de distância do shopping.

O crime chocou a Inglaterra. Não pelo assassinato em si, mas pela forma horrenda com a qual o pequeno James tinha sido morto. O médico-patologista Dr. Alan Williams, que trabalhou no caso, disse que James sofreu dez fraturas no crânio por golpes desferidos com uma barra de ferro, arma que foi encontrada no local do crime. No total, havia 42 ferimentos no corpo de James, e segundo o patologista, nenhum poderia ser excluído como golpe fatal.

Mas não era só isso. James foi torturado e abusado sexualmente. Havia tinta nos seus olhos e pilhas na sua boca. Ele estava sem roupas, e a polícia suspeitava que o agressor, ou agressores, tivesse introduzido as pilhas em seu ânus. Depois da tortura e do abuso sexual, o pequeno James foi espancado até a morte com barra de ferro e tijolos. Seu pequenino corpo foi colocado em cima da linha do trem e coberto com pedaços de madeira, e quando foi encontrado, estava partido ao meio. O patologista chegou à conclusão de que James já estava morto quando seu corpo foi dilacerado por um trem.

Começava a caçada pelo maníaco-assassino de James Bulger. O desfecho do caso deixaria não só a Inglaterra, mas o mundo inteiro estarrecidos.

O caso começou a ficar estranho para os investigadores quando 38 testemunhas disseram ter visto uma criança chorando em companhia de duas outras crianças maiores indo em direção ao local onde James foi encontrado. Para essas 38 testemunhas não havia dúvidas: era o pequeno James. Essa criança que estava chorando possuía as mesmas características de James e estava vestindo as mesmas roupas com as quais ele foi dado como desaparecido. Algumas testemunhas chegaram a discutir com as outras duas crianças perguntando o que havia com o menorzinho, e elas responderam que ele era o irmão mais novo e que o estavam levando para casa.

Não passava pela cabeça de ninguém que uma ou duas crianças poderiam ter assassinado James, mas as tais duas crianças que foram vistas com ele, para a polícia, eram a chave para elucidar o mistério.

O caso James Bulger ficou mais horripilante ainda quando os investigadores examinaram o circuito interno de TV do shopping. Ao examinar as imagens, os investigadores se depararam com algo absolutamente bizarro.

Analisando os vídeos, os investigadores perceberam duas crianças em atitudes muito estranhas. Elas pareciam observar outras crianças dentro do shopping, como um lobo que fareja a ovelha. Isso deixou os investigadores boquiabertos, pois aparentemente eles estavam vendo os passos de dois supostos assassinos, mas que não eram adultos, e sim crianças! As duas crianças ficaram várias horas observando outras crianças, até que…

Analisando os vídeos do circuito interno de TV do shopping, os investigadores puderam ver o momento em que James é levado para fora do shopping pelas duas crianças, que há horas observavam outras crianças. Na imagem acima é possível ver que uma delas conduz o pequeno James enquanto a outra caminha mais a frente.

O crime gerou grande comoção e raiva na Inglaterra. Tanto que a família de uma criança que foi considerada suspeita teve de se mudar de Liverpool depois que a polícia convocou o menino para depor. A pista final veio de uma mulher que viu as imagens do circuito interno de TV do shopping, que passavam insistentemente nas emissoras de TV inglesas, e reconheceu as duas crianças. O resto já é história.

O que dizer desse caso? Se você está surpreso(a), é hora de rever os seus conceitos.

Crianças Psicopatas! Sim, Elas Existem!

Uma reportagem da Revista Época, de maio de 2010, diz que um dos obstáculos para o tratamento de crianças com sinais de transtorno de conduta é o próprio tabu da maldade infantil. O senso comum afirma que as crianças são inocentes, uma crença que resulta da evolução histórica da família. Até o século XVII, as crianças eram consideradas pequenos adultos, e muitas nem sequer eram criadas pelos pais. No século 18, isso mudou. A família burguesa fechou-se em si mesma, dentro de casa. O lar virou um santuário, e a criança, o centro dos cuidados e das atenções. Foi o nascimento de um sentimento de infância dentro de um grupo que agora tinha como laços o afeto e o prazer da convivência. Se a criança é o eixo do sentimento moderno de família, ela não pode ser má. Eis o tabu.

Um exemplo citado na revista mostra o quanto é difícil para os pais assumirem a necessidade de tratamento dos filhos. “R.”, uma gaúchinha de 11 anos colocou fogo na mochila de uma colega de turma. Repreendida por professores e pais, teve como reação apenas rir. No ano anterior, fizera o mesmo com o rabo do cachorro de uma prima. Questionada, disse apenas que a prima não merecia ter um cachorro. Durante o tratamento, R. afirmou ao psiquiatra que não nutria nenhum sentimento especial em relação aos pais.

“Ela tinha um olhar frio e uma ironia extremamente precoce para sua idade. Não sentia culpa. R. me tratava como um empregado”, diz o psiquiatra sob anonimato.

Depois de um ano de tratamento, os pais acharam que ela estava melhor e que poderiam interromper as sessões. “Ela os manipulou, e disse a mim, explicitamente, que fingiria estar melhor e conteria seus atos. Contei a eles, mas não acreditaram em mim”, afirma o psiquiatra. A gaúchinha jamais voltou ao consultório.

Uma coisa é certa, não estamos mais no século 18, 19 ou 20. Estamos no século 21, e já passou da hora de os pais ficarem atentos aos seus filhos. Uma criança que nasce psicopata não tem culpa de nascer psicopata, aliás, ela não tem culpa de nada. Nesse caso, se quando adulta ela se tornar uma pessoa insensível, manipuladora, ou pior, uma assassina, podemos dizer que a culpa é dos pais? Alguns respondem que SIM, e defendem dizendo que eles foram negligentes o suficiente durante toda a infância do filho ao não interpretar comportamento e ações, e não pode haver desculpas do tipo: “Eu nunca suspeitei… eu não sabia…”. Acreditem, os sinais que um pequeno psicopata apresenta são muito, mas muito visíveis.

Sintomas

A psicopatia pode começar a ser vista em uma criança quando ela possui uma persistente incapacidade de sentir empatia pelos outros, principalmente quando os outros estão feridos ou sentem dores. Isso pode ser o resultado de uma completa falta de sensibilidade. O mau comportamento aliado à crueldade praticada contra animais e outras crianças também são indícios fortes de que a criança pode sofrer de psicopatia.

Segundo alguns especialistas, é possível identificar traços psicopáticos em crianças a partir dos três anos de idade. Outros especialistas, porém, dizem que, por não ter uma personalidade ainda formada, nenhuma criança pode ser chamada de psicopata. Para os que afirmam que a psicopatia pode sim ser diagnosticada ainda na infância, o diagnóstico de psicopatia em crianças é bastante complexo, principalmente quando ela vive em um ambiente familiar complicado e violento.

Para Stephen Scott, professor do Instituto de Psiquiatria em Londres e especialista em saúde e comportamento infantil, o diagnóstico de psicopatia pode sim ser feito em crianças, e já a partir dos três anos de idade. Para o professor, crianças psicopatas compartilham dos mesmos comportamentos de adultos psicopatas, como a combinação de comportamentos antissociais com insensibilidade e falta de empatia. No Reino Unido, todo ano cerca de 100 crianças são assistidas no Instituto de Psiquiatria de Londres.

“Pessoas normais entendem os sentimentos de outras pessoas e também se preocupam com elas. Se você pergunta a uma criança o que aconteceu com o pequeno Johnny, que caiu, cortou o seu joelho e gritou, tipicamente, crianças com desenvolvimento mental normal irão entender o que aconteceu e ter empatia. Crianças com transtorno de comportamento antissocial não conseguem entender ou estar na pele de outra pessoa, são insensíveis e simplesmente não se importam. Mas há uma distinção importante a se fazer: Será que a criança simplesmente não se importa ou será que ela apenas não entende? É uma distinção importante a se fazer”, diz o professor. “Eu tenho crianças na minha clínica que não têm remorso, roubam seus pais e sentem prazer em enganá-los. Esse comportamento, se sustentando e generalizado, não nos dá alternativa se não um diagnóstico de psicopatia. Tive um caso de uma menina de 5 anos de idade que pegou seu gatinho de estimação e jogou-o de cabeça pra baixo do segundo andar de sua casa. Ela simplesmente teve prazer em ver o animal caindo no concreto. Crueldade com animais é um mau sinal. Isso é mais característico em crianças insensíveis e que não possuem empatia”.

É importante não rotular. Crianças psicopatas mostram uma profunda e extrema raiva pelos outros. Mas essa raiva, por exemplo, é diferente de um comportamento explosivo isolado. “Não gostamos de rotular crianças como psicopatas. Apenas se o comportamento errante persistir será possível dizer se a criança tem tendências psicopatas”, diz Scott.

Realmente é importante separar o joio do trigo, veja por exemplo o caso do inglesinho Daniel Blair.

No início de junho de 2009, um fato ocorrido na Inglaterra chamou a atenção de câmeras do mundo inteiro. Daniel Blair, de apenas 4 anos de idade, ganhou um pequeno cachorrinho, um filhote de cocker spaniel. E o animalzinho de apenas uma semana de vida quase teve um fim trágico pelas mãozinhas do seu dono.

O pequeno Daniel achou que o filhotinho precisava de um banho. O que ele fez? Jogou o pequeno animalzinho na privada e… deu descarga. Muitos perguntaram: será que Daniel seria um pequeno psicopata se divertindo com o sofrimento do bicho? Como dito acima pelo professor, e também por outros inúmeros casos conhecidos, sabemos que grande parte dos psicopatas que se tornam assassinos ou serial killers quando adultos, começam na infância torturando e matando (principalmente) cães e gatos.

Mas a melhor resposta para o caso do pequeno Daniel é: provavelmente não. Em primeiro lugar, Daniel ainda é muito novo para ter a consciência do que chamamos de certo e errado. Ou seja, provavelmente ele não sabia que estava fazendo mal ao bichinho. E o mais importante, um incidente isolado não pode ser considerado como indício de comportamento psicopata. Mas se esse comportamento persistir, é melhor os pais do pequeno Daniel tomarem uma atitude.

O que os pais podem fazer é prestar atenção no comportamento dos filhos. Se esse comportamento (maus tratos a animais) for recorrente e estiver aliado a mentiras frequentes, furtos e agressões, por exemplo, esse comportamento pode ser bem preocupante.

Quanto ao cachorrinho de Daniel, ele incrivelmente sobreviveu. Veja abaixo um vídeo com o resgate do cachorrinho.

Pra saber mais: Crianças Psicopatas
“Não é fácil a sociedade aceitar a maldade infantil, mas ela existe… essas crianças (psicopatas) não têm empatia, isto é, não se importam com os sentimentos dos outros e…
Crianças Psicopatas
por O Aprendiz October 11, 2012

Crianças Psicopatas

“Não é fácil a sociedade aceitar a maldade infantil, mas ela existe… essas crianças (psicopatas) não têm empatia, isto é, não se importam com os sentimentos dos outros e não apresentam sofrimento psíquico pelo que fazem. Manipulam, mentem e podem até matar sem culpa.”

A fala acima, do psiquiatra Fábio Barbirato, chefe da Psiquiatria Infantil da Santa Casa no Rio de Janeiro, pode parecer assustadora, e realmente é. Ela toca em um assunto delicadíssimo: a psicopatia infantil. A maioria das pessoas não sabem, mas existem sim crianças psicopatas. Elas não respeitam os pais, chantageiam, roubam, mentem, manipulam, maltratam irmãos e amiguinhos, torturam animais, e até, MATAM! Isso mesmo. Elas podem matar. E se você duvida de mim, deixe-me então lhe contar uma historinha.

Em 12 de fevereiro de 1993, Denise Bulger entrou com seu filho, James Bulger, de apenas três aninhos de idade, no Strand Shopping Center, na cidade de Liverpool, Inglaterra. Denise não sabia, mas ela nunca mais veria o seu filho vivo.

Ela entrou em um açougue dentro do shopping, e cinco segundos de descuido foram o suficiente para James Bulger simplesmente desaparecer. Denise entrou em desespero, e logo todos os guardas do shopping estavam à procura do pequenino James. Mas a busca foi em vão.

Na Foto: James Patrick Bulger. O pequenino James desapareceu misteriosamente no dia 12 de Fevereiro de 1993 em um Shopping na cidade de Liverpool.

Dois dias depois do desaparecimento de James, o horror: seu corpo foi encontrado partido ao meio, em uma ferrovia a quatro quilômetros de distância do shopping.

O crime chocou a Inglaterra. Não pelo assassinato em si, mas pela forma horrenda com a qual o pequeno James tinha sido morto. O médico-patologista Dr. Alan Williams, que trabalhou no caso, disse que James sofreu dez fraturas no crânio por golpes desferidos com uma barra de ferro, arma que foi encontrada no local do crime. No total, havia 42 ferimentos no corpo de James, e segundo o patologista, nenhum poderia ser excluído como golpe fatal.

Mas não era só isso. James foi torturado e abusado sexualmente. Havia tinta nos seus olhos e pilhas na sua boca. Ele estava sem roupas, e a polícia suspeitava que o agressor, ou agressores, tivesse introduzido as pilhas em seu ânus. Depois da tortura e do abuso sexual, o pequeno James foi espancado até a morte com barra de ferro e tijolos. Seu pequenino corpo foi colocado em cima da linha do trem e coberto com pedaços de madeira, e quando foi encontrado, estava partido ao meio. O patologista chegou à conclusão de que James já estava morto quando seu corpo foi dilacerado por um trem.

Na Foto: Quase 1 mês depois, em 01 de Março de 1993, o pequeno James Bulger é enterrado em Liverpool. Centenas de pessoas compareceram ao seu funeral. Créditos da Imagem: Corbis.

Começava a caçada pelo maníaco-assassino de James Bulger. O desfecho do caso deixaria não só a Inglaterra, mas o mundo inteiro estarrecidos.

O caso começou a ficar estranho para os investigadores quando 38 testemunhas disseram ter visto uma criança chorando em companhia de duas outras crianças maiores indo em direção ao local onde James foi encontrado. Para essas 38 testemunhas não havia dúvidas: era o pequeno James. Essa criança que estava chorando possuía as mesmas características de James e estava vestindo as mesmas roupas com as quais ele foi dado como desaparecido. Algumas testemunhas chegaram a discutir com as outras duas crianças perguntando o que havia com o menorzinho, e elas responderam que ele era o irmão mais novo e que o estavam levando para casa.

Não passava pela cabeça de ninguém que uma ou duas crianças poderiam ter assassinado James, mas as tais duas crianças que foram vistas com ele, para a polícia, eram a chave para elucidar o mistério.

O caso James Bulger ficou mais horripilante ainda quando os investigadores examinaram o circuito interno de TV do shopping. Ao examinar as imagens, os investigadores se depararam com algo absolutamente bizarro.

Na Foto: Camêra de segurança do Shopping flagra 2 crianças em atitudes suspeitas. Créditos da Imagem: Corbis.

Analisando os vídeos, os investigadores perceberam duas crianças em atitudes muito estranhas. Elas pareciam observar outras crianças dentro do shopping, como um lobo que fareja a ovelha. Isso deixou os investigadores boquiabertos, pois aparentemente eles estavam vendo os passos de dois supostos assassinos, mas que não eram adultos, e sim crianças! As duas crianças ficaram várias horas observando outras crianças, até que…

Na Foto: Uma imagem que percorreu o mundo: Imagem original do Circuito Interno de TV do Shopping Stradin mostra o pequeno James sendo levado por duas crianças. Créditos da Imagem: Corbis

Analisando os vídeos do circuito interno de TV do shopping, os investigadores puderam ver o momento em que James é levado para fora do shopping pelas duas crianças, que há horas observavam outras crianças. Na imagem acima é possível ver que uma delas conduz o pequeno James enquanto a outra caminha mais a frente.

O crime gerou grande comoção e raiva na Inglaterra. Tanto que a família de uma criança que foi considerada suspeita teve de se mudar de Liverpool depois que a polícia convocou o menino para depor. A pista final veio de uma mulher que viu as imagens do circuito interno de TV do shopping, que passavam insistentemente nas emissoras de TV inglesas, e reconheceu as duas crianças. O resto já é história.

Na foto: Não se engane com o rostinho de Anjo. Jon Venables, 10 anos de idade, sendo fichado pela polícia inglesa em 20 de fevereiro de 1993 pelo assassinato de James Bulger

Na foto: O outro “anjinho” era Robert Thompson, 10 anos,

O que dizer desse caso? Se você está surpreso(a), é hora de rever os seus conceitos.

@OAprendizVerde interessantíssima materia sobre Crianças Psicopatas

— José Guilherme (@Guiii_91) October 11, 2012

MANO, SÉRIO, LEIAM ESTE ARTIGO, PQP http://t.co/3tgJjPcQ

— Fabricio Garcia (@farcticmonkeys) October 12, 2012

poucas pessoas me instigam a ler sem mudar de interesse como @OAprendizVerde faz.. tá de parabéns pela matéria http://t.co/3Fr89AZO

— Nah (@natiely_c) October 12, 2012

Crianças Psicopatas! Sim, Elas Existem!

Uma reportagem da Revista Época, de maio de 2010, diz que um dos obstáculos para o tratamento de crianças com sinais de transtorno de conduta é o próprio tabu da maldade infantil. O senso comum afirma que as crianças são inocentes, uma crença que resulta da evolução histórica da família. Até o século XVII, as crianças eram consideradas pequenos adultos, e muitas nem sequer eram criadas pelos pais. No século 18, isso mudou. A família burguesa fechou-se em si mesma, dentro de casa. O lar virou um santuário, e a criança, o centro dos cuidados e das atenções. Foi o nascimento de um sentimento de infância dentro de um grupo que agora tinha como laços o afeto e o prazer da convivência. Se a criança é o eixo do sentimento moderno de família, ela não pode ser má. Eis o tabu.

Um exemplo citado na revista mostra o quanto é difícil para os pais assumirem a necessidade de tratamento dos filhos. “R.”, uma gaúchinha de 11 anos colocou fogo na mochila de uma colega de turma. Repreendida por professores e pais, teve como reação apenas rir. No ano anterior, fizera o mesmo com o rabo do cachorro de uma prima. Questionada, disse apenas que a prima não merecia ter um cachorro. Durante o tratamento, R. afirmou ao psiquiatra que não nutria nenhum sentimento especial em relação aos pais.

“Ela tinha um olhar frio e uma ironia extremamente precoce para sua idade. Não sentia culpa. R. me tratava como um empregado”, diz o psiquiatra sob anonimato.

Depois de um ano de tratamento, os pais acharam que ela estava melhor e que poderiam interromper as sessões. “Ela os manipulou, e disse a mim, explicitamente, que fingiria estar melhor e conteria seus atos. Contei a eles, mas não acreditaram em mim”, afirma o psiquiatra. A gaúchinha jamais voltou ao consultório.

Uma coisa é certa, não estamos mais no século 18, 19 ou 20. Estamos no século 21, e já passou da hora de os pais ficarem atentos aos seus filhos. Uma criança que nasce psicopata não tem culpa de nascer psicopata, aliás, ela não tem culpa de nada. Nesse caso, se quando adulta ela se tornar uma pessoa insensível, manipuladora, ou pior, uma assassina, podemos dizer que a culpa é dos pais? Alguns respondem que SIM, e defendem dizendo que eles foram negligentes o suficiente durante toda a infância do filho ao não interpretar comportamento e ações, e não pode haver desculpas do tipo: “Eu nunca suspeitei… eu não sabia…”. Acreditem, os sinais que um pequeno psicopata apresenta são muito, mas muito visíveis.
Sintomas

A psicopatia pode começar a ser vista em uma criança quando ela possui uma persistente incapacidade de sentir empatia pelos outros, principalmente quando os outros estão feridos ou sentem dores. Isso pode ser o resultado de uma completa falta de sensibilidade. O mau comportamento aliado à crueldade praticada contra animais e outras crianças também são indícios fortes de que a criança pode sofrer de psicopatia.

Segundo alguns especialistas, é possível identificar traços psicopáticos em crianças a partir dos três anos de idade. Outros especialistas, porém, dizem que, por não ter uma personalidade ainda formada, nenhuma criança pode ser chamada de psicopata. Para os que afirmam que a psicopatia pode sim ser diagnosticada ainda na infância, o diagnóstico de psicopatia em crianças é bastante complexo, principalmente quando ela vive em um ambiente familiar complicado e violento.

Para Stephen Scott, professor do Instituto de Psiquiatria em Londres e especialista em saúde e comportamento infantil, o diagnóstico de psicopatia pode sim ser feito em crianças, e já a partir dos três anos de idade. Para o professor, crianças psicopatas compartilham dos mesmos comportamentos de adultos psicopatas, como a combinação de comportamentos antissociais com insensibilidade e falta de empatia. No Reino Unido, todo ano cerca de 100 crianças são assistidas no Instituto de Psiquiatria de Londres.

“Pessoas normais entendem os sentimentos de outras pessoas e também se preocupam com elas. Se você pergunta a uma criança o que aconteceu com o pequeno Johnny, que caiu, cortou o seu joelho e gritou, tipicamente, crianças com desenvolvimento mental normal irão entender o que aconteceu e ter empatia. Crianças com transtorno de comportamento antissocial não conseguem entender ou estar na pele de outra pessoa, são insensíveis e simplesmente não se importam. Mas há uma distinção importante a se fazer: Será que a criança simplesmente não se importa ou será que ela apenas não entende? É uma distinção importante a se fazer”, diz o professor. “Eu tenho crianças na minha clínica que não têm remorso, roubam seus pais e sentem prazer em enganá-los. Esse comportamento, se sustentando e generalizado, não nos dá alternativa se não um diagnóstico de psicopatia. Tive um caso de uma menina de 5 anos de idade que pegou seu gatinho de estimação e jogou-o de cabeça pra baixo do segundo andar de sua casa. Ela simplesmente teve prazer em ver o animal caindo no concreto. Crueldade com animais é um mau sinal. Isso é mais característico em crianças insensíveis e que não possuem empatia”.

É importante não rotular. Crianças psicopatas mostram uma profunda e extrema raiva pelos outros. Mas essa raiva, por exemplo, é diferente de um comportamento explosivo isolado. “Não gostamos de rotular crianças como psicopatas. Apenas se o comportamento errante persistir será possível dizer se a criança tem tendências psicopatas”, diz Scott.

Realmente é importante separar o joio do trigo, veja por exemplo o caso do inglesinho Daniel Blair.

Daniel Blair

No início de junho de 2009, um fato ocorrido na Inglaterra chamou a atenção de câmeras do mundo inteiro. Daniel Blair, de apenas 4 anos de idade, ganhou um pequeno cachorrinho, um filhote de cocker spaniel. E o animalzinho de apenas uma semana de vida quase teve um fim trágico pelas mãozinhas do seu dono.

O pequeno Daniel achou que o filhotinho precisava de um banho. O que ele fez? Jogou o pequeno animalzinho na privada e… deu descarga. Muitos perguntaram: será que Daniel seria um pequeno psicopata se divertindo com o sofrimento do bicho? Como dito acima pelo professor, e também por outros inúmeros casos conhecidos, sabemos que grande parte dos psicopatas que se tornam assassinos ou serial killers quando adultos, começam na infância torturando e matando (principalmente) cães e gatos.

Mas a melhor resposta para o caso do pequeno Daniel é: provavelmente não. Em primeiro lugar, Daniel ainda é muito novo para ter a consciência do que chamamos de certo e errado. Ou seja, provavelmente ele não sabia que estava fazendo mal ao bichinho. E o mais importante, um incidente isolado não pode ser considerado como indício de comportamento psicopata. Mas se esse comportamento persistir, é melhor os pais do pequeno Daniel tomarem uma atitude.

O que os pais podem fazer é prestar atenção no comportamento dos filhos. Se esse comportamento (maus tratos a animais) for recorrente e estiver aliado a mentiras frequentes, furtos e agressões, por exemplo, esse comportamento pode ser bem preocupante.

Quanto ao cachorrinho de Daniel, ele incrivelmente sobreviveu. Veja abaixo um vídeo com o resgate do cachorrinho.

Estudos mostram que os principais indícios de que uma criança pode sofrer de psicopatia são:

mentem o tempo inteiro, com mentiras cada vez mais elaboradas;
tentam manipular emocionalmente ou chantageiam;
roubam;
praticam maldades contra irmãos e amigos, e não arrependem;
maltratam, torturam e até matam animais;
não toleram frustração;
explodem ao serem contrariados;
culpam os outros por seus erros;
são bastante egocêntricos;
não têm solidariedade;
têm dificuldade em construir amizades verdadeiras;
são arrogantes, até com os pais;
demonstram prazer ao ferir ou humilhar alguém;
cometem atos de vandalismo.

Origens

Estudos indicam que a maioria das crianças que apresentam quadro de psicopatia não são produtos da má criação ou abusos por parte dos pais.

“Para o grupo (crianças) que possui traços de insensibilidade, existe uma forte vulnerabilidade genética”, diz Essi Viding, Professora da University College London.

A professora coordena estudos com crianças gêmeas que sugerem que traços psicopáticos em crianças têm origem genética. “Isso não significa que essas crianças nascem psicopatas ou estão destinadas a ser psicopatas. Mas da mesma forma que algum de nós somos mais suscetíveis a doenças do coração, essas crianças são pessoas mais vulneráveis a influências ambientais que podem ser um gatilho para a psicopatia”, diz a professora.

Segundo ela, entre um quarto e metade das crianças com problemas de comportamento são psicopatas, o que equivale a quase 1% de todas crianças do Reino Unido.

A pesquisadora criou um simples teste chamado “Teste Kevin”, a partir do qual ela analisa reações emocionais em crianças. Ela, inclusive, realizou o teste na sua filha, que tem apenas 1 ano e meio. Sabendo que fortes emoções são contagiosas em crianças pequenas, a professora fingiu chorar desesperadamente na frente da filha.

“Fiquei muito aliviada quando minha filha também começou a chorar. Eu não estou dizendo que uma criança é psicopata se ela não chorar diante deste simples teste, mas eu acho que é uma forma bastante crua de ver como o seu filho reage emocionalmente”.

Apesar de vários estudos apontarem a genética como um fator base do diagnóstico de psicopatia em crianças, o papel ambiental não fica de fora. Crescer em um ambiente familiar desestruturado e violento é o principal gatilho para um comportamento errante.

“O desenvolvimento da criança é fundamentalmente social. Crianças precisam se conectar através de relacionamentos”, diz o psiquiatra e professor da Universidade de Chicago James Garbarino, autor do livro Lost Boys: Why Our Sons Turn Violent and How We Can Save Them (Garotos Perdidos: Por que Nossos Filhos Se Tornam Violentos e Como Podemos Salvá-los).

Para James Garbarino, a maioria das crianças que matam é incapaz de se conectar. Por isso, a relação amorosa com os pais se torna uma importante mediação entre a criança e o mundo exterior. Segundo ele, crianças podem se tornar angustiadas, desconfiadas, resistentes e raivosas se não se sentirem seguras em seus primeiros 9 meses de vida. Estudos mostram que crianças que se sentem seguras no lar familiar tendem a ser mais competentes na vida adulta, além de se ajustarem mais facilmente à sociedade. Seguindo essa linha do psiquiatra, a psicopatia infantil pode ser inicializada nessa fase crucial da vida, principalmente se existir uma predisposição genética.
Casos Reais

Casos famosos de crianças psicopatas e crianças assassinas existem aos montes. Conheça alguns.

Mary Bell

O nome Mary Flora Bell é uma espécie de sinônimo para crueldade infantil. É o caso mais famoso no mundo de criança com Transtorno de Personalidade Antissocial. Tão famoso que uma Lei com o seu nome foi estabelecida na Inglaterra em 2003.

Nascida em um lar completamente desfigurado, passou por inúmeros abusos, e já aos dois anos de idade mostrava os primeiros sinais de que não era uma criança normal. Ela adorava espancar suas bonequinhas e não chorava quando se machucava. Aos quatro anos tentou matar um coleguinha enforcado, e aos cinco presenciou sem nenhum tipo de emoção o atropelamento de um outro amiguinho. Depois que aprendeu a ler ficou incontrolável. Pichava paredes, incendiou a casa onde morava e torturava animais.

Em 1968, o horror: Mary Bell, então aos 10 anos de idade, estrangulou até a morte duas crianças de 3 e 4 anos de idade. Martin George, 4 anos, foi encontrado morto em uma casa em ruínas na cidade de Newcastle, Inglaterra, em 25 de maio de 1968. No dia seguinte, ela tentou estrangular outra amiguinha, mas o pai da menina chegou a tempo de tirar Mary Bell a bofetadas de cima da filha.

Em 30 de maio, ela bateu na porta da casa dos pais de Martin George e pediu para falar com ele. “Martin está morto, querida!”, disse a mãe do menino. “Eu sei que ele está morto. Só queria vê-lo no caixão!”, respondeu Mary Bell.

Dois meses depois, Mary Bell estrangulou até a morte Brian Howe, de três anos. Além de estrangulá-lo, a pequena Mary Bell ainda fez cortes em suas pernas e furou seu abdômem.

“Ela não demonstrou remorso, ansiedade ou lágrimas. Ela não sentiu emoção nenhuma em saber que seria presa. Nem ao menos deu um motivo para ter matado. É um caso clássico de sociopatia”, disse o psiquiatra Robert Orton em seu laudo psiquiátrico.

Sociopatia e psicopatia são termos equivalentes na psiquiatria. Alguns especialistas defendem que ambos são transtornos diferentes, já outros dizem se tratar da mesma coisa. Veja aqui um post a respeito.

Mary Bell ficou presa durante 11 anos em uma Instituição Psiquiátrica. Saiu em 1980, e em 1984 teve uma filha. Ela tem sua nova identidade e endereço mantidos sob sigilo pela “Ordem Mary Bell”, uma Lei criada em 2003 na Inglaterra que protege a identidade de qualquer criança envolvida em procedimentos legais. Em 2009, tornou-se avó.

Mary Flora Bell, aos 16 anos, em foto tirada quando ainda estava internada

Sakakibara Seito

Um dos mais sinistros casos envolvendo crianças psicopatas assassinas ocorreu no Japão. Em 15 de Março de 1997, Ayaka Yamashita, de 10 anos, foi encontrada morta em um beco na cidade de Kobe. Ela havia sido espancada até a morte com uma barra de ferro. Três outras garotas foram atacadas na mesma região. Elas descreveram o atacante como um “menino”. Um mês depois, um estudante de 11 anos chamado Jun Hase desapareceu na frente do portão do colégio. Sua cabeça foi encontrada três dias depois pelo zelador. O estudante fora decapitado com uma serra manual e, para dar um ar de filme de terror ao assassinato, havia um bilhete dentro da sua boca, escrito com tinta vermelha.

O bilhete encontrado dentro da boca de Jun Hase.

“Isto é o começo do jogo… Policiais, detenham-me se puderem… Desejo desesperadamente ver pessoas morrendo. É uma excitação, para mim, assassinar. É necessário um julgamento sangrento para os meus anos de grande amargura”, dizia o macabro bilhete.

O assassino assinou o bilhete com caracteres (酒鬼薔薇 聖斗) que foram traduzidos como “Sakakibara Seito”. Esses mesmos caracteres, na língua japonesa, possuem os significados de álcool, demônio, rosa, santo e luta. Também pode ser visto no bilhete que o assassino escreveu (erroneamente) em inglês “shool killer”. Certamente ele queria escrever “school killer” (assassino da escola).

Os crimes causaram pânico em Kobe, e um mês depois, o assassino enviou uma carta ao Jornal Kobe Shimbun:

Carta enviada pelo assassino auto denominado “Sakakibara Seito”

Um pedaço da carta dizia:

“Estou pondo minha vida em risco por esse jogo. Se for pego, provavelmente serei enforcado… A polícia deveria ser mais tenaz e furiosa na minha busca… Só quando mato sou liberado do ódio constante que sofro e posso alcançar a paz. Só quando causo sofrimento às pessoas posso amenizar minha própria dor. Obs.: De agora em diante, se vocês arruinarem meu humor, matarei três vegetais por semana… Se acham que só posso matar crianças, estão muito enganados”.

Em 28 de junho de 1997, o assassino foi preso em sua casa, e acreditem, ele tinha apenas 14 anos. Ele mantinha um diário no qual registrava com detalhes os seus crimes.

“Realizei experimentos sagrados hoje para confirmar o quanto os seres humanos são frágeis. Eu acertei a menina (Ayaka Yamashita) com a barra de ferro quando ela se virou para mim. Acho que bati nela algumas vezes, mas eu estava muito excitado para lembrar o número de vezes… Esta manhã, minha mãe me disse: ‘Pobre menina. A menina atacada parece ter morrido’. Não há nenhum sinal de que serei pego. Eu te agradeço, Bamoidokishin, por isso… Por favor, continue me protegendo.”

Por ser menor de idade, seu nome não foi divulgado. Ele ficou conhecido no Japão como “Garoto A”. Passou 6 anos em tratamento em um hospital psiquiátrico e foi libertado em 10 de março de 2004, aos 21 anos. Hoje, o “Garoto A” é um homem livre com uma nova identidade.

Fontes próximas do caso disseram que o Garoto A costumava ler notas escritas pelas famílias das vítimas e que gostaria de trabalhar para pagar-lhes uma indenização. Aparentemente ele foi curado. Será?

Silje Redergard

Em 15 de outubro de 1994, Silje Redergard, 5 anos, foi encontrada morta perto de sua casa na cidade de Trondheim, Noruega.

Os pais da criança foram imediatamente levados para a delegacia. A polícia suspeitava que o crime tinha motivação sexual, já que Silje estava nua. Imediatamente policiais suspeitaram que algum membro da família pudesse estar envolvido. Ledo engano, o desfecho do caso chocaria toda a Noruega.

“Fomos até a casa de uma das pessoas que tentaram ressuscitar Silje, queríamos apenas agradecer. A mulher disse que fez de tudo para tentar salvar Silje. Eu estava sentada com o seu filho no meu colo. Então, ela me disse que o filho dela e outro garoto haviam assassinado Silje. Eu olhei para o garoto e disse: ‘o que você fez?’ Ele me olhou e disse: ‘eu pulei nela e tirei sua roupa porque eu pensei que ela estava dormindo…’ Eu queria estrangulá-lo. Quando eu percebi que queria matá-lo, fui embora”, disse Redergard Barlaup, mãe de Silje.

Silje fora morta por dois meninos de apenas 6 anos de idade. Os meninos moravam na mesma região. Os três brincavam fazendo castelos na neve quando a diversão deu lugar para a fúria. Ninguém sabe por quê. Desentendimento infantil? Birra? O fato é que nada justifica o que os 2 meninos fizeram a Silje. Eles espancaram a menina com chutes e socos, além de apedrejarem seu corpo e sua cabeça. Antes de ir embora, tiraram a sua roupa.

“Nós batemos nela até que ela parasse de chorar”, disse um deles para os policiais.

Os nomes das crianças assassinas nunca foram divulgados. Eles passaram os 8 anos seguintes em tratamento psiquiátrico e lentamente foram reintroduzidos na sociedade. Eles têm hoje 24 anos.

Na Noruega, os serviços de proteção infantil cuidam de crianças problemáticas até elas atingirem 18 anos. Ao completarem essa idade, elas são consideradas adultas e têm a opção de cortar o relacionamento com o serviço ou manter contato até os 23 anos. Após isso, elas podem optar por continuar frequentando serviços de apoio a adultos.

Davi Mota Nogueira

Um ano depois, todos ainda procuram respostas para o que aconteceu na tarde do dia 22 de setembro de 2011, em São Caetano do Sul, estado de São Paulo, na escola Municipal Alcina Dantas Feijão. Nesse fatídico dia, às 16 horas, o estudante Davi Mota Nogueira, de apenas 10 anos, pediu para a professora Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, para ir ao banheiro. Ela deixou. Ao voltar, o pequeno Davi chegou atirando na professora com um revólver calibre 38 (arma do pai, um guarda-civil). Saiu da sala, colocou a arma na cabeça e puxou o gatilho. A professora sobreviveu aos disparos, mas o pequeno Davi não, ele morreu a caminho do hospital.

Começava aí uma história cheia de mistérios e contradições.

“Ele era a alegria do pai, um menino muito responsável, só tirava notas boas, até cuidava do irmão mais velho” ,disse Maurílio Nogueira, tio do garoto. “Ela (Rosileide) dizia que o menino fazia brincadeiras violentas com os colegas, respondia de forma malcriada. E falou isso para a direção da escola. Acreditava que ele não deveria estudar ali, mas em uma escola especial”, disse Luís Hayakawo, o namorado da professora atingida com o tiro.

Posteriormente, ao conversar com Rosileide, Luís voltou atrás na declaração.

“Era um menino educado e calmo”, disse uma vizinha de Davi.

Uma coisa é certa, vários colegas de sala de Davi ouviram o menino dizer que mataria a professora. Nenhum deles, porém, acreditou nele. Ou seja, Davi premeditou o crime. Outro fato interessante é que o pai de Davi sentiu falta da arma e foi até o colégio perguntar aos dois filhos (Davi e um irmão mais velho que estudava no mesmo colégio) se algum deles tinha pegado a arma. Diante da negativa dos filhos, ele foi embora. Davi mentiu para o pai, algo que segundo o pai, ele nunca havia feito.

O caso Davi é muito complexo, mas deixe-me expressar minha opinião. Eu não sei vocês, mas eu não acho que uma criança que premedita um assassinato, executa-o e depois dá um tiro na cabeça possa ser “normal”. Ele era um pequeno psicopata? Nunca saberemos, e seria imprudente tentar traçar um perfil psicológico de alguém que não está aqui. Apesar de ilustrar o meu post de crianças psicopatas, não sabemos se Davi realmente era um. Não podemos estigmatizar, mas também não podemos ser negligentes, ele tinha sim algum problema.

Há também um paradigma que deve ser quebrado. O menino era visto pela família como um garoto estudioso, calmo e tranquilo; mas tranquilidade não significa necessariamente uma situação emocional estabilizada.

“Quando chega ao limite, a criança pode reagir com choro ou agressividade. Nesse caso específico, foi com agressividade”, disse o psicoterapeuta Alessandro Vianna, especialista em comportamento infantil.

Outro indício que poderia levar à conclusão de que Davi sofria de algum transtorno foi um desenho encontrado na sua mochila feito por ele. O desenho mostrava-o com duas armas desenhadas e um professor. Acima dele havia a frase: “Eu com 16 anos”.

“Não tenho a menor dúvida de que alguma coisa estava acontecendo”, disse Elisabete Pimentel, psicóloga e terapeuta, em entrevista para a Rádio Jovem Pam.

“O que a gente sabe é que ele não deixou resposta para o homem aqui na Terra. Ele levou com ele e não vai ter especialista ou investigação policial que vai saber o que aconteceu, ninguém”, disse o pai do garoto.

A investigação do caso foi encerrada sem conclusão.

“Ele levou a resposta com ele”, disse a delegada Lucy Mastellini Fernandes.

“Crianças choram, os pais não veem!” Foi uma pichação que surgiu no muro do colégio dias após o acontecido.

Fabíola Santos Correa

A adolescente Fabíola Santos Correa (foto), de apenas 12 anos, desapareceu sem deixar rastros no dia 27 de maio de 2012 em São Joaquim de Bicas, região metropolitana de Belo Horizonte. 10 dias depois, o corpo da menina foi encontrado por um lavrador em um matagal da região. O assassinato de Fabíola poderia ser apenas mais um assassinato dentre milhares de outros que ocorrem todos os dias pelo mundo não fossem dois detalhes assustadores.

Primeiro: O coração de Fabíola foi estripado. Ela também teve um dedo do pé esquerdo decepado.

Segundo: Esse terrível assassinato não foi cometido por um adulto, mas sim por duas amigas de infância da vítima, uma de 12 e outra de 13 anos.

Na delegacia, um fato mais chocante ainda. Nenhuma das duas meninas mostrou nenhum tipo de remorso e, segundo o delegado, elas riam bastante, como se não tivessem noção do ato que cometeram.

“Elas confessaram e contaram todos os detalhes. Elas atraíram a Fabíola para a mata do Japonês com o pretexto de que iriam assistir a um jogo de futebol dos namorados. No caminho levaram uma faca e uma barra de ferro. Contaram que a Fabíola chegou a perguntar o que elas iriam fazer com essa barra. Depois de golpear várias vezes com a barra de ferro e a faca a jovem, as meninas cortaram um dos dedos do pé esquerdo e arrancaram o coração da Fabíola. Elas levaram para casa, enrolados em folhas de caderno e entregaram para um irmão de 8 anos de uma delas. Para ele contaram que o coração era de porco e o dedo de brinquedo. O menino enterrou, mas no outro dia as meninas foram lá e desenterraram. Depois jogaram no Rio Paraopeba”, disse Solla.

As meninas assassinas foram internadas e os resultados dos exames psiquiátricos não foram divulgados.

Andrew Douglas Golden e Mitchell Scott Johnson

Andrew Douglas Golden e Mitchell Scott Johnson perpetraram um dos piores atentados a escolas nos Estados Unidos quando, em 24 de Março de 1998, mataram quatro crianças e uma professora na Westside Middle School, na cidade de Jonesboro, estado do Arkansas. Detalhe, Andrew tinha apenas 11 anos de idade, e Mitchell, 13.

Os dois perturbados meninos se conheceram no ônibus que os levava para a escola. Eram conhecidos pelos outros coleguinhas por praticarem bullying nos outros, sempre intimidando colegas de classe. Os garotos também diziam pertencer a uma famosa gangue da cidade de Los Angeles. Talvez o mais perturbado dos dois tenha sido Mitchell. Aos 12 anos ele foi acusado de molestar sexualmente uma criança de 3 anos, também fez ameaças de morte a uma garota que não quis namorá-lo (ou: ser sua namorada). “Tenho muitas pessoas para matar”, dizia ele aos amiguinhos. Um dos pastores da cidade chegou a dizer que ele “era um candidato a bandido.” Como na maioria desses casos, parece que apenas os pais não enxergavam o perigo no garoto.

Como todo bom psicopata, os dois garotos planejaram meticulosamente o ataque. Na noite anterior ao massacre, Andrew e Mitchell carregaram o porta-malas do carro da mãe de Mitchell com material para acampamento, comida, equipamentos para sobrevivência, duas espingardas semiautomáticas, um fuzil e quatro pistolas; armas que eles roubaram da casa do avô de Andrew. A ideia era clara: matar crianças na escola e fugir para algum lugar, já que eles carregaram o carro com sacos de dormir e comida. Na manhã seguinte, os dois meninos dirigiram até o colégio. Chegando lá, o plano era o seguinte: enquanto Mitchell carregava e posicionava as armas em uma floresta em frente da escola, Andrew deveria entrar lá e puxar o alarme de incêndio e voltar correndo. Crianças e professores sairiam correndo do colégio, e quando eles estivessem do lado de fora, Mitchell e Andrew descarregariam as armas neles. E foi isso o que aconteceu.

Mitchell Johnson saiu da prisão em 2005, quando completou 21 anos. 2 anos depois foi a vez de Andrew Golden completar 21 anos e sair da cadeia.

Em 2007, Mitchell Johnson foi preso carregando uma pistola 9 mm e 21 gramas de maconha. Em 2008, ele foi preso novamente depois de usar um cartão de crédito roubado. Um juiz o condenou a 18 anos de prisão e disse: “Não importa sua sentença, você ainda terá sua vida, mas aqueles mortos em 1998 não”.

Mitchell Johnson voltou para o lugar de onde (aparentemente) nunca devia ter saído.

Já Andrew Golden, o melhor atirador dos dois, foi notícia novamente 1 ano depois de sair da cadeia. Ele tentou comprar uma arma com o nome de Drew Douglas Grant (ele mudou oficialmente de nome). Com a análise das impressões digitais, a polícia descobriu que Drew era Andrew. Além disso, ele mentiu sobre o endereço de sua residência. Ele recebeu uma advertência das autoridades, mas seu paradeiro hoje é desconhecido.

Jordan Brown

“Não sei o que aconteceu naquela casa, mas eu sei que o meu filho não fez aquilo. Jordan era uma típica criança de 11 anos, muito alegre e carinhoso.”

Essa frase é emblemática e mostra o quanto casos envolvendo crianças assassinas é complexo. Poderiam os pais, serem responsáveis pelos atos dos seus filhos?

Já vimos que crianças psicopatas tem comportamentos diferentes das crianças normais. Seria de se esperar que os pais enxergassem isso e ajudassem os seus filhos, mas isso não acontece na realidade. Muitos pais só conseguem realmente enxergar o que o seu filho é, quando uma coisa ruim acontece. Mas às vezes, nem assim eles aceitam. E é esse o caso de Christian Brown, pai de Jordan Brown.

Para Christian Brown, seu filho era uma criança normal, alegre, carinhoso. Mas foi essa mesma criança “normal”, alegre e carinhosa que encostou uma espingarda calibre 20 na cabeça da sua madrasta grávida de 8 meses e puxou o gatilho. Kenzie Houk, de 26 anos, e o seu filho que ainda se desenvolvia em sua barriga morreram na hora.

O que Jordan fez após matar a madrasta e o seu futuro irmão? Guardou a arma, pegou sua mochila e foi para a escola como se nada tivesse acontecido. Ainda chegou a mentir para a polícia dizendo que havia visto uma camionete preta rondando o local.

“O crime foi um assassinato em estilo de execução de uma jovem e indefesa mãe grávida”, disse um dos investigadores do caso.

O caso teve repercussão no mundo inteiro por um simples fato: aos 11 anos, Jordan poderia ser a pessoa mais nova da história dos Estados Unidos a ser condenada a prisão perpétua. Isso porque ele seria julgado como adulto.

Veja abaixo uma reportagem do Fantástico sobre o caso.

A pressão da opinião pública, assim como de ONGS internacionais deram resultado e o garoto, ao invés de ser julgado como adulto, foi julgado como um delinquente juvenil. Em abril desse ano ele foi julgado e considerado culpado. Jordan Brown ficará preso até os 21 anos. Ele poderá sair da prisão em 2020.

Muito discutiu-se sobre a idade do assassino e a sua incompleta formação psicológica, que o impossibilitaria de ter discernimento do certo ou do errado e fazer um julgamento completo sobre a situação.

O que todo mundo esqueceu é que um ser humano que daria à luz a outro ser humano morreu pelas mãos de um garoto que sabia sim o que estava fazendo e que a executou por causa de um desequilíbrio emocional.

A polícia acredita que Jordan matou a madrasta porque estava com ciúmes do filho que ela estava esperando. É um bom modo de acabar com a concorrência não? Imagine se toda criança resolvesse matar pessoas ao se sentirem rejeitadas, acuadas ou mal amadas?

Meio mundo defendeu Jordan Brown. Parece que ninguém enxergou a horrorosa maudade que esse garoto fez. A discussão deveria ser em torno das origens maléficas presentes no garoto e que o fez cometer um ato tão horrendo.

Não posso julgar um pai que defende o seu filho. Um pai sempre defenderá o seu filho, mesmo que ele cometa atos tão horríveis como esse. Mas também, não podemos ser cegos.

Cristian Fernandez

O caso Cristian Fernandez é, atualmente, o centro das atenções nos Estados Unidos. Tudo porque o pequeno rapaz está sendo julgado como adulto (again!) e pode pegar prisão perpétua por ter assassinado seu meio-irmão de dois anos e estuprado um outro meio-irmão de cinco anos de idade. Os crimes ocorreram em 2011 e atualmente ele está em julgamento na Flórida.

Para nós aqui, dentro do contexto do post, não nos interessa se ele deve ou não ser julgado como adulto, mas sim o que levou Cristian a cometer tais atos.

Nos anos de 1990, cientistas como o norte-americano Jim Fallon e o canadense Bob Hare descobriram que o cérebro de psicopatas assassinos são diferentes do de pessoas normais, isso abriu espaço para descobertas ainda mais fantásticas como a descoberta do gene MAO-A ou “gene guerreiro”. O MAO-A seria uma mutação presente apenas nos psicopatas e, supostamente, os deixariam pessoas agressivas. Mas nascer com uma pré-disposição genética para matar não era suficiente, haveria mais algum fator que levassem psicopatas a matar? Sim! O ambiente familiar. Pronto! Genética + uma infância em um lar desestruturado era a receita para produzir um psicopata assassino no futuro.

Apesar de não ser uma verdade absoluta, esse parece ser o caso de Cristian. Seu cérebro não foi escaneado para saber se ele tem as lesões características de um psicopata, mas algumas características do seu comportamento nos levam a crer que sim. Aos seis anos ele começou a torturar e matar pequenos animais, simulava atos sexuais com outras crianças e chegou a masturbar na frente de amiguinhos na escola. Certamente seu distúrbio de comportamento foi afetado ainda mais com seu ambiente familiar. Para começar, ele nasceu de um estupro. Sua mãe tinha apenas 12 anos quando foi estuprada. Cresceu sendo espancado pelo padrasto que se suicidou em 2010. Em 2007 foi supostamente estuprado por um primo. Além disso, cresceu vendo a mãe e os avós consumindo todo tipo de drogas.

Cristian é um pequeno psicopata que teve o seu gatilho para o assassinato disparado ao crescer em um ambiente desprovido de valores e amor.

Leia aqui uma reportagem do G1 sobre o caso Cristian.

Carroll Edward Cole

Em uma tarde do verão de 1946 na cidade de Sioux City, estado de Iowa, Estados Unidos, um grupo de crianças saíram para nadar nas águas do Porto de Richmonds. Carroll Edward Cole, de 8 anos, era uma dessas crianças. Como centenas de milhares de crianças que nascem mundo afora, Cole tinha uma infância difícil, era espancado por sua mãe e obrigado a vê-la fazer sexo com vários homens. Para piorar a situação, ele sofria bullying dos amiguinhos pelo nome Carroll, que segundo eles, era nome de “mulherzinha.”

Um dos amiguinhos de Cole era Duane, que tinha 9 anos de idade. Quando Duane pulou na água, Cole resolveu vingar as inúmeras piadinhas que recebia do amiguinho.

“Eu puxei suas pernas e segurei sua cabeça até ter certeza de que ele estava morto,” disse Cole vários anos depois.

O afogamento do pequeno Duane foi tratado como acidental pela polícia e só seria confessado por Cole décadas depois. O pequeno psicopata cresceu praticando roubos e aos 15 anos foi flagrado por policiais em atitude suspeita na cidade de Richmond. Ao ser parado pelos policiais, Cole fez uma revelação desesperadora: “Estou louco para estuprar e estrangular uma mulher!” Ele foi internado para observação em um hospital psiquiátrico e foi lá que veio o seu diagnóstico: “O paciente é um possível psicopata sexual, potencialmente perigoso para a sociedade. Não é adequado à sua liberação e recomendamos sua internação para tratamento psiquiátrico devido ao seu sadismo e às suas anormais tendências sexuais,” disse uma Junta médica.

Em 1962 Cole foi transferido para o Hospital Psiquiátrico Estadual de Stockton, pois médicos psiquiatras que cuidavam do seu caso em Richmond tiveram dificuldades em tratá-lo, devido a complexidade do seu caso.

Em Stockton, ele foi atendido pelo psiquiatra I. Weiss que notou em Carroll um medo profundo da figura feminina. Para o psiquiatra, a mente de Cole só permitiria ele ter relações sexuais com mulheres se ele primeiro as matasse.

Cole foi solto em 19 de abril de 1963 e sete anos depois apareceu por espontânea vontade em uma delegacia na cidade de Reno, estado de Nevada. Lá, ele novamente confessou a policiais que o desejo por estuprar e matar mulheres bonitas o estava corroendo por dentro. Ele foi novamente internado em um hospital psiquiátrico. E, mais uma vez, o diagnóstico foi de psicopatia.

Antes de completar 30 anos, Carroll Edward Cole internou-se três vezes em hospitais psiquiátricos e em nenhuma vez obteve o tratamento adequado. Não é só aqui no Brasil que as coisas não funcionam. Em paises do chamado primeiro mundo também. Carroll passou pelas mãos de vários psiquiatras e nenhum deles parece ter visto o real demônio que morava em seu coração.

Essa incompetência ou falta de compromisso custou a vida de 16 pessoas. Sim! Após sair da terceira internação, Carroll Edward Cole, que aos 8 anos assassinou um amiguinho, virou um mortal serial killer.

Cole virou um alcoólatra que pegava mulheres em bares ou nas ruas e as estrangulava. Enterrava um corpo ali, jogava outra no rio lá, e assim foi sua vida de 1971 até 1980, o ano em que finalmente foi preso. Sua história assemelha-se a outro famoso serial killer norte-americano, Jeffrey Dahmer. Assim como Dahmer, Cole sabia que seus pensamentos não eram certos e sua única salvação foi a bebida, ele bebia para tentar espantar seus pensamentos. Cole estava sob o efeito de álcool na maioria dos seus assassinatos e em muitos deles não lembrava de absolutamente nada.

Em 1977 ele acordou no quarto de um hotel e havia uma mulher em uma banheira, sem os braços e pernas. Seus órgãos estavam em uma geladeira. Suas nádegas estavam cortadas e havia carne frita em cima de uma frigideira no fogão. Cole não lembra, mas ele havia praticado canibalismo. Confessou mais de 30 assassinatos mas “apenas” 16 mortes puderam ser confirmadas com provas.

O Vampiro de Düsseldorf

Outra criança psicopata assassina que se tornaria um macabro serial killer quando adulto foi o alemão Peter Kurten.

Crescido em um ambiente familiar desestruturado, o pequeno Kurten parece ter herdado a psicopatia da família do pai, uma família com inúmeros casos de doenças mentais. Seu pai, inclusive, estuprava os filhos e os forçava a fazer sexo com a mãe, sua esposa no caso. Mas diferentemente dos seus irmãos, o sexo parecia o agradar, já que aos 6 anos ele já estuprava suas irmãs. Logo o pequeno alemãozinho voltou sua fúria sexual aos animais ao começar a esfaquear ovelhas enquanto fazia sexo com elas.

Aos 9 anos um acontecimento mostrou que os problemas do pequeno Kurten não se restringiam apenas a um comportamento sexual bizarro. Seus dois primeiros assassinatos, ocorreram quando ele tinha 9 anos. Ao brincar em uma balsa no Rio Rhine, que corta a cidade de Dusseldorf, Alemanha, Peter Kurten afogou um coleguinha. Quando outro coleguinha pulou na água para tentar salvar o que estava afogando, Kurten segurou sua cabeça até que ele afundasse no rio.

Já adulto, Peter Kurten começou a atacar mulheres para obter prazer sexual. Leia-se: estuprar e esfaquear uma mulher com tesouradas ou um punhal, para que, com o contato com o sangue, pudesse ter ereção. Também tinha orgasmos ao beber o sangue que jorrava diretamente do pescoço das vítimas. Logo sua urgência em matar se estenderia a crianças e homens.

O nível de perversão sexual de Peter Kurten é algo que entrou para a história. Médicos da época ficaram tão abismados com o comportamento do alemão que, após ser decapitado, sua cabeça foi mantida para estudos. Seria o cérebro de Peter Kurten diferente do de pessoas normais? Leia aqui.
Outros Casos

O Afogador

Em 1986, o americano Jeffrey Bailey Jr., de 9 anos, foi deixado sozinho com o amiguinho Ricky Brown, de 3 anos. Jeffrey levou Ricky para a beira de uma psicina e o empurrou lá dentro. Ricky se debateu por vários minutos, gritando por socorro.

“Em vez de estender o braço, Jeffrey puxou uma cadeira para assistir à morte do menino. Depois foi para casa”, disse a psicóloga forense Katherine Ramsland, da Universidade DeSales, nos EUA.

Ao se encontrar com um vizinho, Jeffrey perguntou “o que era a gosma branca” que sai do nariz de uma pessoa que se afoga. A polícia encontrou o corpo de Ricky às 18h40, cerca de 8 horas após o afogamento. “Foi um acidente”, mentiu Jeffrey.

“Ao ser interrogado, o garoto se mostrou indiferente à morte do amigo. Ele estava mais preocupado em ser o centro das atenções do que em sentir qualquer tipo de remorso pelas coisas que havia feito”, conta Ramsland.

O Paulista Assassino

Aos 9 anos, uma criança paulista (nome não divulgado) enforcou a empregada de sua casa usando uma gravata que pertencia ao pai. Ele passou a gravata em torno do pescoço da mulher, fez um laço num cano e puxou. Ele não chegou a suspender sua vítima. Ela desmaiou e acabou se enforcando com o próprio peso.

“O menino apresentava um distúrbio de comportamento violentíssimo. Esfregava fezes na parede ou as atirava nas pessoas. Também tinha perversões sexuais com crianças do mesmo sexo. O garoto não era vítima de pedófilos maiores de idade. Ele é que tomava a iniciativa das ações sexuais. Pegava pedaços de madeira para empalar outras crianças, por exemplo”, revela, sob anonimato, o médico que o atendeu.

O caso da criança paulista foi abafado pela família e não houve nenhum tipo de punição ao garoto. (Fonte: Superinteressante, maio de 2012)
Os Torturadores de Animais

“Qualquer pessoa que, uma vez, chegue à conclusão de que a vida de qualquer animal é indigna de ser vivida, existe o risco de que um dia ele também chegue a conclusão de que a vida humana não vale nada,” escreveu certa vez o humanista Albert Schweitzer.

Hoje, os atos violentos contra animais são considerados indicadores de transtorno mental. Nos Estados Unidos, estudos têm convencido sociólogos, legisladores e tribunais de que atos de crueldade contra animais merecem sim a nossa atenção. Esses atos podem ser os primeiros sinais de uma doença mental que levará os atacantes a serem violentos com seres humanos.

“Assassinos… suas carreiras muitas vezes começam na infância, torturando ou matando animais,” disse o agente do FBI Robert K. Ressler, o mais famoso especialista em serial killers.

Ressler não está sozinho. “Uma das coisas mais perigosas que pode acontecer a uma criança é matar ou torturar um animal e não acontecer nada com ela”, disse a antropologista Margaret Mead.

“Desde quando eu era um jovem promotor eu testemunho a correlação direta entre crueldade de animais e violência contra seres humanos. O abuso de animais é o primeiro indicador doméstico de violência. Uma criança que abusa de animais, exibe desprezo pela vida e mais cedo ou mais tarde irá atacar pessoas.” (Jeanine Pirro, Promotor do Condado de Westchester, Nova York).

Abuso e violência contra animais podem ser sintomas de um profundo distúrbio. Pesquisas nos campos da psicologia e criminologia mostram que pessoas que começam abusando de animais, seja na infância ou na vida adulta, acabam perpetuando os mesmos abusos contra pessoas.

O FBI foi o primeiro a descobrir essa ligação. Desde os anos 70, quando as informações de crimes puderam ser armazenadas em bancos de dados devido ao surgimento da computação e melhor analisadas, eles notaram que repetidos atos de violência contra animais é uma das características comuns em estupradores seriais e assassinos com psicopatia. Estudos atuais mostram que criminosos violentos são mais suscetíveis a abusar de animais. Em 2010, a Universidade da Flórida realizou um estudo com pacientes do seu departamento de psiquiatria que repetidamente torturavam cães e gatos. O estudo mostrou que todos eles mostravam altos níveis de agressividade para com pessoas, inclusive um dos pacientes havia assassinado uma criança.

Outro estudo realizado pela Universidade do Noroeste (Boston) e pelo Massachusetts SPCA (Sociedade de Prevenção Contra Crueldade a Animais) concluiu que pessoas que na infância abusam de animais, são cinco vezes mais propensas a cometerem crimes violentos contra humanos. Os pesquisadores entrevistaram centenas de prisioneiros que estão no corredor da morte da Penitenciária de San Quentin, na Califórnia e mais de 80% deles afirmaram terem cometidos abusos contra animais na infância.

Crianças podem abusar de animais a fim de imitar um membro abusivo da família. Também podem abusar de animais a fim de descarregar sua raiva e ansiedade. Mas também podem abusar de animais pelo simples fato de serem maus. De qualquer forma, deve-se ficar atento.

A tortura e morte de animais é uma das características presentes em crianças com psicopatia. Já passou da hora das autoridades reconhecerem que o abuso para com qualquer ser vivo é inaceitável e constitui um perigo para a sociedade. Além disso, crianças devem ser ensinadas a respeitar os animais e cuidar deles. Se uma criança constantemente abusa de animais, mesmo após o conselho dos pais, é sinal de que algo deve ser feito.

É necessário que a sociedade exerça uma pressão maior em escolas e também nas autoridades judiciais, em casos que envolvam abusos de animais. Leis devem deixar claro que o abuso contra esses seres vivos é inaceitável. Os pais devem ficar de olhos nos filhos, não devem ignorar o filho que age cruelmente com animais. Juízes, promotores, policiais, assistentes sociais e investigadores precisam reportar em relatórios abusos contra animais, isso será importante para avaliar se alguém representa uma ameaça à família e á sociedade. Essa análise pode evitar casos como os que eu contarei abaixo.

O Matador de Colegiais

Foi na infância que o norte-americano Edmund Kemper mostrou os primeiros indícios de comportamento psicopata. Além de brincar com as bonecas da irmã simulando bizarros comportamentos sexuais, o pequeno Kemper gostava de enterrar vivos gatos que encontrava pela região. Cansado de enterrá-los vivos, o futuro serial killer começou a decapitar gatos e espetar sua cabeças em varas. Não é difícil imaginar o que uma criança que brinca de decapitar gatos fará quando crescer. Em 1964, aos 15 anos de idade, Edmund Kemper começou o seu reinado de sangue assassinando os avós em uma fazenda. Foi internado em um hospital psiquiátrico onde testes reveleram ter um QI de 136. Cinco anos depois, saiu do hospital para continuar matando. Assassinou mais 6 pessoas em 9 meses. Kemper matava garotas colegiais, levava os corpos para o porão da casa da sua mãe e os dissecava. Decapitava os corpos e fazia sexo com o cadáver sem cabeça.

Em abril de 1973, Edmund Kemper assassinou a própria mãe com um martelo, a decapitou, pegou sua cabeça e usou para praticar sexo oral. Retirou suas cordas vocais e jogou fora, pois segundo ele: “mesmo morta, ela não parava de gritar comigo!”

Após assassinar a mãe, Edmund Kemper se entregou a polícia por vontade própria e disse que gostaria de ser torturado até a morte. Na cadeia se tornou um prisioneiro exemplar, lendo livros que eram gravados em fita para serem ouvidos por cegos.

Perguntado certa vez por um repórter sobre o que ele pensava ao ver uma menina bonita andando na rua, Kemper respondeu: “Eu imagino como ficaria sua cabeça em um espeto.”

O Assassino da Cara Feliz

Os três filhos do canadense Keith Hunter Jesperson não devem ter boas lembranças do papai. O gigante de mais de dois metros de altura costumava torturar gatos no quintal de sua casa para horror dos filhos.

“Meu pai costumava matar gatos que andavam pelas redondezas. Uma vez vi ele quebrando o rabo de vários gatos e pendurando-os pelo rabo, com um nó, no varal do quintal. Sai correndo e contei para minha mãe, quando voltamos os gatinhos estavam mortos no chão e meu pai rindo,” disse Melissa Moore, filha de Keith no livro Silêncio Quebrado: A História Não Dita da Filha de Um Serial Killer.

Na Foto: O serial killer Keith Hunter Jesperson e sua filha Melissa Moore

Interessante a fala da filha de Keith Hunter, pois notamos que o serial killer continuou na vida adulta o que ele fazia quando criança: torturar e matar animais. Keith Hunter teve uma infância difícil, cresceu sem o apoio dos pais e constantemente sofria bullying dos seus colegas devido à sua altura desproporcional. Gostava de torturar pássaros, gatos e cachorros que ele pegava nas ruas. Espancava-os com barras de ferro até a morte. Começou aos 6 anos esmagando cabeças de esquilos e, segundo ele próprio, aos 20 já tinha matado tudo quanto é animal que conhecia.

“Eu era Arnold Schwarzenegger. Era como se eu brincasse de guerra. Quando eu olhava para os cães, eles morriam de medo. Agachavam e faziam xixi. Ficavam tão assustados ao me ver que começavam a tremer. Você chega ao ponto em que matar não é nada demais. É a mesma sensação (matar animais e humanos). Você sente a pressão na gargante deles (animais) tentando respirar. Você realmente tira a vida desses animais e não há muita diferença. Eles lutam por suas vidas tanto quanto um ser humano,” disse ele para espanto de uma repórter que o entrevistou na prisão.

Se você acha que os pais do pequeno monstrinho foram negligentes você acertou. Mas pior do que a negligência é a cumplicidade.

“Uma vez meu pai me viu jogando um gato contra o chão e estrangulando-o. Ele ficou com orgulho do que eu fiz com o gato e se gabava com os vizinhos sobre como eu havia me livrado dos cães e gatos das redondezas. Isso me fez continuar matando e logo comecei a pensar como seria matar um ser humano”, disse Keith Hunter.

Após separar-se da esposa em 1990, começou uma onda de matança nos Estados Unidos que durou cinco anos. Suas vítimas eram prostitutas e mulheres que ele conhecia em postos e bares de estradas (ele era motorista de caminhão). Matou a esmo durante 5 anos até cometer o erro de matar uma ex-namorada.

Keith Hunter confessou mais de 160 assassinatos descrevendo suas vítimas do sexo feminino como “pilhas de lixo.” Ficou conhecido como “O Assassino da Cara Feliz”, por desenhar um rosto sorrindo nas cenas dos crimes.

O Padrinho

A cidade de Matamoros, no México, faz divisa com o estado norte-americano do Texas. A cidade mexicana tem sido um popular local turístico para estudantes norte-americanos. Desde os anos de 1930, centenas deles cruzam a fronteira todos os anos, em busca de aventuras e diversão.

Em 14 de Março de 1989, um desses estudantes, Mark Kilroy, estudante de medicina da Universidade do Texas, desapareceu sem deixar vestígios em Matamoros. O que ele e sua turma de amigos não sabiam, é que de janeiro a março de 1989, mais de 60 desaparecimentos haviam sido contabilizados pela polícia da cidade.

O caso logo ganhou repercussão. Afinal: Mark Kilroy era americano, branco e de família rica. Uma recompensa de 15 mil dólares foi oferecida, e a polícia mexicana organizou uma força-tarefa para investigar o desaparecimento.

O desfecho do caso foi feito quase que por acidente. Em uma investigação sobre tráfico de drogas, a polícia mexicana invadiu um rancho chamado Santa Elena. Lá eles fizeram uma descoberta macabra. Além de grandes quantidades de maconha e cocaína, os policiais descobriram um galpão do que parecia ser um altar coberto por manchas de sangue, cabelo humano, massa cinzenta e decorado com uma cabeça de bode. Um dos presos na operação policial disse ter visto “um gringo loiro” amarrado na parte traseira de uma van. Essa foi a senha para uma descoberta ainda mais macabra.

Foram encontrados 15 corpos enterrados no rancho. O local era a sede de um culto de adoração satanista de traficantes utilizado para sacrifícios humanos. Mark Kilroy fora sacrificado a Satã em troca de proteção ao culto contra a polícia. Cada vez que uma grande transação de drogas era concretizada, um jovem ou menino era sacrificado no altar. O coração e o cérebro das vítimas eram arrancados e fervidos em um guisado canibal antes de o corpo ser decapitado e a espinha dorsal extirpada.

O corpo de Mark Kilroy estava entre os 15 corpos encontrados no rancho. Seu cérebro estava em um pote juntamente com escorpiões e aranhas. Ao lado havia vários outros ítens, os quais a polícia não pôde identificar.

Segundo o preso, Mark Kilroy foi morto pelo líder da seita, o todo-poderoso Adolfo de Jesus Constanzo, conhecido como “O Padrinho”. Adolfo liderava a seita juntamente com a segunda na hierarquia, Sara María Aldrete Villareal, a alta sacerdotisa do grupo, conhecida como “A Madrinha.”

Na Foto: A mexicana Sara María Villarreal Aldrete, conhecida como “A Madrinha”. Bonita, atraente e inteligente, estudou educação física na Universidade do Texas e teve o seu destino traçado quando conheceu um poderoso narcotraficante mexicano, Gilberto Sosa.

Adolfo de Jesus Constanzo cresceu em Miami e desde pequeno teve contato com o ocultismo. Sua mãe, uma cubana que tinha o simpático apelido de “bruxa” por seus vizinhos, foi quem introduziu o pequeno garoto nas artes das trevas. Por influência ou não dela, uma das principais diversões do pequeno Adolfo era torturar e matar pequenos animais. E não era só isso, ele gostava de realizar rituais com galinhas, gatos e quaisquer outros animais que pudesse encontrar.

Como todo psicopata, Adolfo era encantador e manipulador. Frequentava os melhores ambientes e conseguia os melhores aliados que um psicopata pode ter: de famosas pessoas do show business a poderosos políticos mexicanos, de chefes do narcotráfico a importantes chefes de polícia. Ele sempre conseguia o que queria. Prova disso é que planejou cuidadosamente o encontro com a linda Sara Maria Vilarreal Aldrete, a moça de família que ele posteriormente introduziria para a arte das trevas.

Adolfo é mais um exemplo de um pequeno psicopata que cresceu torturando e matando animais e já na vida adulta passou para uma etapa, digamos, mais avançada: a tortura e morte de humanos.

O psicopata satanista e assassino foi morto em 6 de maio de 1989 por um dos seus guarda-costas (ele obrigou o guarda-costas a matá-lo após a polícia cercar o prédio onde estava). Sara Maria Aldrete foi condenada a 62 anos de cadeia pelos crimes.

Estima-se que o grupo liderado pela dupla tenha assassinado no mínimo 30 pessoas.

O Canibal de Milwaukee

Ao contrário de outras crianças psicopatas que se tornaram assassinos quando adultos, Jeffrey Lionel Dahmer não matava ou torturava animais, o seu fetiche era a morte. Seu passatempo preferido quando criança era sair andando por estradas perto da sua casa para procurar animais mortos. Quando ele encontrava alguma carcaça, sua diversão começava. Ele levava o animal morto para uma espécie de laboratório e o dissecava. Seu pai, um PhD em química, deu de presente um kit de soluções para o filho, mal ele sabia o que o filhinho fazia. Dahmer usava os produtos nos animais para descarná-los e limpar os ossos. Também gostava de empalar sapos e gatos em estacas.

“Ele tinha um pequeno cemitério com animais enterrados no seu quintal. Havia crânios colocados em cima de pequenas cruzes. Ele tinha uma verdadeira coleção de esqueletos”, disse Eric Tyson, um vizinho de Jeffrey Dahmer.

Esse mórbido interesse por animais mortos manifestou-se em Dahmer na mais tenra idade, aos 4 anos, ele já “brincava”, e isso quem confirma é o seu próprio pai:

“Uma vez senti um cheiro horrível vindo do porão, havia uma pilha de pequenos ossos de animais. Jeff parecia animado com o som que os ossinhos faziam em sua mãozinha. Hoje não posso ver isso como coisa de uma criança”, disse seu pai Lionel Dahmer em seu livro autobiográfico.

Aqui cabe uma observação: esse é o grande erro dos pais, achar que tudo o que o filhinho faz é bonitinho. Se o filhinho abusa de animais, não quer dizer que ele se tornará um assassino no futuro, mas se esse comportamento for recorrente, então há um problema.

A experiência com animais na infância para Dahmer foi, digamos, proveitosa. Quando cresceu, resolveu praticar o seu peculiar hobby em humanos. Ele desossou e praticou os mais bizarros tipos de experiências em 17 pessoas. Do esquartejamento ao canibalismo, de crânios enfeitando sua estante, à técnica para criar zumbis, injetando ácidos no cérebro das vítimas ainda vivas.

O Dr. Serial Killer

No início dos anos de 1940 a Europa ardia nas chamas da Segunda Guerra Mundial. Milhões de judeus eram mortos, outros milhões de soldados truçidados nos campos de batalha, cidades eram deixadas aos cacos por aviões bombardeiros e tanques de guerra. Famílias eram separadas, mães perdiam seus filhos e filhos perdiam seus pais. E era no meio dessa tragédia que um dos maiores serial killers europeus agia impunemente.

Em março de 1944, bombeiros e policiais chegaram até a Rue de Le Sueur, número 21, em Paris, na França. Havia fumaça saindo do local e um cheiro muito estranho, o que fez com que um vizinho os chamassem. E foi lá, nesse estranho local, que eles encontraram o cemitério de um serial killer.

Um braço humano queimava em uma fornalha. Centenas de ossos e partes de corpos estavam empilhados em uma adega. Na garagem, escalpos e mandíbulas estavam enterrados sob cal. Em um poço, corpos humanos desmembrados em vários estágios de decomposição. Na escada que levava ao porão, um saco contendo a metade, sem cabeça, de um corpo.

Começava a caçada humana ao dono da casa, um médico bastante conhecido na França, o Dr. Marcel André Henri Félix Petiot. “Ordem das autoridades alemãs. Prendam Petiot. Perigoso e lunático”, dizia o comunicado da Polícia Alemã (que ocupava Paris na época).

Como a maioria dos psicopatas que se tornaram assassinos na vida adulta, Marcel Petiot começou na infância torturando e matando animais. O comportamento do pequeno psicopata também não era comum. Fazia brincadeiras com conotação sexual com os amiguinhos e até tentou fazer sexo com um deles quando tinha apenas 10 anos de idade. Seu comportamento explosivo o fez ser expulso duas vezes de escolas. Uma de suas diversões preferidas, era capturar pássaros e espetar seus olhos com agulhas, fazia o mesmo com gatos e outros pequenos animais.

O comportamento errante na infância só poderia progredir para a vida criminosa quando adulto, e foi isso o que aconteceu. Em 1914, aos 17 anos, foi preso por roubo. A partir daí foi internado várias vezes:

“Um jovem anormal sofrendo de problemas pessoais e hereditários que limitam seu sentimento de culpa… Desequilíbrio e depressão mental, melancolia, obsessões e fobias”, diziam seus laudos psiquiátricos.

Em 1940, aproveitou o pandemônio da II Guerra Mundial para enganar judeus dizendo que os levariam para locais seguros. Dezenas deles acreditaram e acabaram em seu cemitério particular. Na foto (em seu julgamento) acima é possível ver ele e as malas de dezenas de suas vítimas. Estima-se que Petiot tenha assassinado no mínimo 60 pessoas.

“Cavalheiros, peço que não olhem. Isso não vai ser muito bonito”, disse Petiot, antes de ser decapitado na guilhotina em 25 de Maio de 1946.

Veja abaixo um vídeo com cenas do julgamento do serial killer assim como imagens da casa de Petiot.

http://playerv2.ina.fr/economie-et-societe/justice-et-faits-divers/video/AFE85001397/petiot-devant-ses-juges.fr.html

A Atiradora da Escola Groover

Em uma segunda-feira do dia 29 de janeiro de 1979, a escola Groover Cleveland Elementary School em San Diego, Califórnia, teve o seu dia de horror. A escola amanheceu sob uma chuva de balas de um atirador. A chuva de tiros vinha da casa em frente ao colégio. O diretor da escola, Burton Wragg, 53 anos, foi morto ao tentar proteger as crianças que entravam para mais um dia de aula, assim como Mike Suchar, 56 anos, o zelador do colégio que tentava ajudar o diretor que agonizava no chão.

Vinte minutos após os primeiros tiros a polícia cercou a casa e permaneceu lá por mais de 6 horas. O atirador não queria se entregar e chegou a ferir um policial. Quando a polícia finalmente conseguiu prender o atirador, a grande surpresa: o assassino, na verdade, era uma assassina, uma adolescente de apenas 16 anos de idade.

“Não gosto de segunda-feira. Isso anima o dia. Não houve motivo, e foi só uma grande diversão. Como atirar nos patos de um lago. (As crianças) pareciam um rebanho de vacas andando por lá, foi fácil acertá-las,” disse para espanto dos policiais a atiradora, Brenda Ann Spencer.

Investigando a infância de Brenda a polícia descobriu que a estranha menina tinha uma característica comum em grande parte dos psicopatas assassinos: A tortura de animais. Na infância, Brenda gostava de colocar fogo no rabo de gatos e ver o desespero dos bichanos. Da tortura para os assassinatos dos gatinhos foi um pulo.

O norte-americano Jason Massey matou o primeiro gato aos 9 anos de idade. Nos anos seguintes torturou e estripou dezenas de outros que pegava no bairro onde morava. Na adolescência começou a registrar num diário fantasias de estupro e canibalismo com mulheres. Tinha como ídolo o famoso psicopata e serial killer Ted Bundy, que nos anos 70 assassinou selvagemente mais de 30 mulheres. Continuou suas torturas com animais e chegou a matar o cachorro de uma garota que não quis namorar com ele.

Foi preso por maus-tratos a animais e quando saiu da cadeia conheceu Christina Benjamin, de apenas 13 anos de idade. Jason convenceu a garota a viajar com ele de carro pelo Texas, mas a menina disse que só iria se pudesse levar um amigo, Brian King, de 14 anos.

Jason assassinou Brian com dois tiros. Christina foi estuprada e levou dezenas de facadas. Teve suas vísceras removidas e os mamilos cortados. Ela ainda foi decapitada e teve suas mãos cortadas. A cabeça e as mãos da garota nunca foram encontradas.

Jason foi julgado pelos crimes e condenado à morte por injeção letal em 2001.

Em 20 de abril de 1986, o funcionário dos correios Patrick Sherrill realizou um massacre ao assassinar 14 colegas de trabalho na cidade de Edmond, Oklahoma. O estranho Patrick era um péssimo carteiro e o burburinho nos corredores era de que ele seria demitido.

“Ele não consegue nem achar o WalMart, que é a maior loja da cidade,” diziam seus colegas de trabalho. Patrick era um solitário que não tinha amigos e era conhecido no bairro onde morava por “Pat Maluco” por andar à noite espreitando os vizinhos em suas janelas. Patrick tinha um histórico de maus tratos a animais na infância, comportamento que continuou na vida adulta. Ele pegava gatos e pequenos cachorros na vizinhança e levava para casa onde os torturava e matava. Tinha um enorme cachorro que treinou para mutilar os animais. Quando a polícia invadiu sua casa após o massacre, descobriu patas, cabeças, rabos e órgãos de gatos e cachorros espalhados pelo local.

Quando criança, a brincadeira preferida do pequeno Earl Kenneth Shriner, era estrangular gatos e enfiar bombinhas em ânus de cachorros. O garoto cresceu realizando todo tipo de tortura com esses bichos sem que ninguém tomasse uma atitude. E Shriner foi apenas mais um, na enorme lista de pequenos psicopatas que cresceram e passaram do assassinato de animais ao de pessoas. Aos 15 anos aproveitou sua “experiência” de anos de estrangulamento de gatos para estrangular até a morte uma menina de 7 anos de idade. A polícia o prendeu e ele, ao invés de levá-los até o local onde estrangulou a menina, levou-os até um outro local, onde havia estrangulado uma adolescente de 15 anos de idade.

Antes dos assassinatos ele havia sido preso por tentativa de estupro contra dois adolescentes. Ele foi considerado insano e internado num hospital psiquiátrico. Passou 10 anos internado e foi solto, pois o estado não conseguiu provar que ele continuava sendo perigoso para a sociedade. Resultado: Dois anos depois, em 1990, Shriner sequestrou, estuprou, torturou e castrou um menino de 7 anos. Ryan Alan Hade foi esfaqueado e teve o pênis removido, mas incrivelmente sobreviveu ao ataque. O caso teve grande repercussão nos Estados Unidos. Shriner foi condenado a 131 anos de prisão. Ryan Alan Hade morreu em 2005, aos 22 anos, num acidente de moto.

Em 2 de Agosto de 1993, Derrick Robie, de apenas 4 anos de idade, foi encontrado morto em uma floresta no  Condado de Steuben, estado de Nova York. O garoto havia sido sodomizado com uma vara, estrangulado e teve sua cabeça quebrada com uma pedra.

O caso teve grande repercussão nos Estados Unidos, mas não pelo assassinato em si, e sim por causa do assassino de Derrick. Ele era Erick Smith, de apenas 13 anos de idade.

Antes do crime o garoto já havia sido diagnosticado por psiquiatras com Transtorno Explosivo Intermitente, um transtorno que leva indivíduos a agirem de maneira explosiva e imprevisível.

Aos 9 anos veio os primeiros indícios de que Erick era uma criança doente: Ele estrangulou o gato de um vizinho. Comportamento o qual continuou pelos anos seguintes.

Podemos dizer que Michael Owen Perry foi uma pessoa que já nasceu perturbada. Desde a mais tenra idade Michael já demonstrava um comportamento completamente fora do que consideramos normal. Não respeitava os pais, batia em outras crianças e fantasiava histórias em que a mãe o batia. Também dizia aos pais que via fantasmas.

Seu pai chegou ao ponto de pagar um vizinho para vigiar o filho sem que ele soubesse. O pequeno Michael ficava intrigado de como seu pai sabia o que fazia: “Quando eu vou para o trabalho, deixo meus olhos em casa,” dizia o seu pai.

Aos 8 anos o perturbado garoto começou a decapitar cachorros. E quanto mais crescia mais incontrolável ficava, a ponto do seu pai o obrigar a dormir em um galpão atrás da casa da família. Ao entrar na adolescência veio o diagnóstico: esquizofrenia paranoide. Em 17 de julho de 1983, aos 27 anos, ele matou os pais, 1 sobrinho e 2 primos. Detalhe: ele atirou nos olhos do pai.

Robert Alton Harris cresceu em uma família completamente desestruturada. Seu pai, um alcoólatra, foi preso em 1963, quando Robert tinha 10 anos, por molestar sexualmente uma de suas filhas. Ele ficou internado um ano em um hospital psiquiátrico.

O pai de Robert parece ter passado seus genes do “mal” para o filho. Na mesma época em que o pai fora preso, o pequeno Robert também foi parar na delegacia, mas por um motivo diferente: Ele foi acusado de matar vários gatos de vizinhos.

A tendência de um pequeno psicopata que cresce em um ambiente familiar completamente desfavorável é piorar. Aos 12 anos ele foi preso por envolvimento com drogas e aos 13 já roubava carros. Passou os próximos 6 anos em reformatórios. Em um deles veio o seu diagnóstico: ele sofria de esquizofrenia. Em 1978, o matador de gatos na infância assassinou dois homens a sangue frio. Jogou álcool e colocou fogo nos corpos.

“Eu não sei se já encontrei alguém com uma fantasia de mundo tão rica e elaborada. Eram fantasias de influência ilimitada, poder, controle”, disse o psicólogo forense Jeffrey Smalldon, sobre o serial killer Thomas Lee Dillon.

Responda rápido: Quem foram as primeiras vítimas de Thomas Dillon? Sim, eles mesmos: Os animais. O serial killer começou na infância colocando fogo não só em animais, mas em tudo que ele via pela frente. Comportamento o qual ele seguiu na vida adulta. Ele admitiu a morte de mais de mil animais. De pássaros a vacas de fazendeiros, de esquilos selvagens a cachorros de vizinhos.

Quando a morte de animais já não o excitava mais, ele se virou para a sua fantasia final: Caçar humanos e decidir se eles deveriam ou não viver.

Formado em design pela Universidade do Estado de Ohio, Thomas Dillon gostava de cruzar as estradas de Ohio fingindo ser alguém que não era. Em sua mente fantasiosa, Dillon era um cientista multimilionário responsável pela cura da AIDS. Também fantasiava ser um famoso jogador de futebol americano. Dirigia centenas de quilômetros imerso em suas próprias fantasias. O problema começou quando ele fantasiou ser um soldado das forças especiais à caça de combatentes inimigos. A polícia conseguiu ligar Thomas a 5 assassinatos ocorridos entre 1989 e 1992, apesar deles acreditarem que ele possa ter assassinado muito mais pessoas.

“Eu pegava gatos na rua, amarrava o pescoço no alto do muro, fazia o cachorro alcançar o gato até o momento em que, tendo alcançado, o pitbull arrancava o pescoço do gato. Eu não acho nada horripilante”.

A frase acima é do goiano Mohammed D’Ali Carvalho do Santos. O goiano é um caso clássico de um indivíduo com transtorno de personalidade antissocial.

Começou na infância torturando e matando gatos. Durante toda infância teve problemas de comportamento e virou um delinquente juvenil. Não frequentava a escola e não parava em nenhum emprego. Morou nos Estados Unidos e Inglaterra e não se adaptou a nenhum desses lugares. E  foi lá na Terra da Rainha que ele conheceu a inglesa Cara Marie Burke, de 17 anos. Os dois começaram um relacionamento e vieram morar em Goiânia. Cara Marie ameaçou contar para a mãe de Mohammed que ele usava drogas. Foi o gatilho. Mohammed a matou, esquartejou o seu corpo e descartou os pedaços em um rio da cidade. Como se não bastasse, ele tirou fotos do corpo esquartejado e mostrou para amigos como se fosse um troféu.

“Sempre dizem que toda criança é meio perversa, dizem que é normal isso. Acho que pegar gato é normal, não sei.”

E você? Acha que torturar gatinhos é normal? Bom, Francisco Costa Rocha, o famoso “Chico Picadinho”, acha normal. O homem que esquartejou duas mulheres além de tentar estrangular várias outras começou na infância matando animais.

Com 4 para 5 anos o menino, que tinha uma mente bastante fantasiosa, resolveu fazer um teste: Ele queria comprovar se gatos tinham 7 vidas.

Amarrou com barbante, pelo pescoço, quatro gatos. Ele não lembra de toda sua experiência mas provavelmente “Chiquinho” deve ter concluído que gatos tem apenas uma vida. Chico Picadinho tem hoje 70 anos e está preso há 36 anos. Pelas leis brasileiras Chico Picadinho deveria ter sido solto em 1998, mas promotores de justiça de Taubaté impediram sua soltura e hoje ele está internado em um hospital psiquiátrico.

Aos 10 anos de idade, Richard Trenton Chase era o terror dos gatos do bairro onde morava. O garoto tinha claramente uma perturbação mental, ou você acha normal uma criança arrancar cabeças de gatos e pássaros com a boca para beber o seu sangue?

Certa vez ele esfregou um gato mutilado no rosto na frente da sua mãe. O que ela fez? NADA. Bom, talvez a mamãe do futuro “Vampiro de Sacramento” achasse aquilo normal.

Richard era um psicótico esquizofrênico crônico. Prova disso era que, quando adolescente, começou a torturar e estripar coelhos para comer seus intestinos. Às vezes ele batia no liquidificador os intestinos e sangue dos coelhos. Em sua mente a bebida servia para que o seu coração não encolhesse a ponto de desaparecer do seu corpo. Quase morreu certa vez ao injetar sangue de coelho diretamente nas veias.

Continuou pelos anos seguintes torturando, matando e bebendo o sangue de gatos, cachorros e coelhos.

Em agosto de 1977, Richard foi preso. Ele estava completamente nu e coberto de sangue. Ele havia matado e estripado uma vaca, bebido o seu sangue e comido alguns dos seus órgãos. Dentro do seu carro foi encontrado um balde contendo um fígado e muito sangue.

Ele foi internado em um hospital psiquiátrico e lá ganhou o apelido de “Drácula” após beber o sangue de 2 pássaros que matou. Richard é um caso clássico da  Síndrome de Renfield, ou vampirismoPessoas com esse distúrbio possuem uma necessidade extrema em beber sangue.

Poucos meses depois ele foi solto e, em Dezembro de 1977, após anos de matança de animais, Richard passou para o passo seguinte, um passo que vocês já devem saber qual. Em menos de 1 mês, 6 pessoas foram brutalmente assassinadas na cidade de Sacramento, Califórnia. As cenas dos crimes chocaram os policiais: Corpos com os intestinos para fora, órgãos espalhados e muito, mas muito sangue. Em uma das cenas do crime um copo de iogurte com resquícios de sangue foi encontrado.

Uma dessas 6 vítimas era um bebê de apenas 1 ano e 7 meses. O Vampiro de Sacramento abriu sua cabeça e colocou pedaços do cérebro na banheira, levou o corpo para sua casa, o decapitou, abriu o seu corpo e comeu vários dos seus órgãos.

Felizmente a polícia e o FBI agiram rápido e prenderam Richard Trenton Chase em 27 de Janeiro de 1978. Ele cometeu suicídio na prisão em dezembro de 1980. Ele tinha apenas 30 anos.

Em uma sexta-feira, 18 de Novembro de 1994, nos arredores de Sydney, Austrália, o corpo do taxista Ezzedine Bahmad foi encontrado dentro do seu táxi. Ele havia sido selvagemente morto. Bahmad, um imigrante libanês, sustentava toda sua família, de 7 filhos, com o seu táxi. A ferocidade com o qual ele fora morto assustou os policiais. Ele havia levado, no mínimo, 40 facadas, havia ferimentos nas mãos, braços e sua garganta estava dilacerada.

Um mês depois, em 21 de Dezembro de 1994, um pescador de Sydney fez uma descoberta macabra. Ele encontrou o tronco de um corpo humano boiando perto da costa. O tronco estava amarrado, dentro de uma rede, a uma pedra. Os policiais chegaram à conclusão de que:

  1. Primeiro: um homem fora assassinado;
  2. Segundo: o assassino amarrou pedaços do corpo a pedras no intuito delas afundarem;

Procurando por pessoas desaparecidas na região, eles encontraram o nome de Stephen Dempsey, um homem de 34 anos, que desapareceu misteriosamente em agosto de 1994. Poderia ser dele o tronco encontrado? Poderia o assassinato do taxista e o tronco encontrado na mesma região serem obra do mesmo assassino? Ao analisar o tronco encontrado, o médico patologista fez uma descoberta surpreendente.

Havia uma ferida no peito da vítima. Um raio-x mostrou o que parecia ser um objeto pontiagudo. Ao abrir o tórax para recuperar o objeto, a surpresa: era a cabeça de uma flecha. Essa descoberta foi a chave para elucidar o crime. Ao serem informados, policiais lembraram de um fato estranho. Poucos dias depois de Stephen Dempsey ter desaparecido, um mergulhador que explorava um canal da região, encontrou um arco profissional e uma flecha. Detalhe: a ponta da flecha estava faltando. Parecia que a polícia estava na caça de um psicopata que caçava pessoas com um arco e flecha.

As descobertas da Polícia foram divulgadas pela imprensa e logo uma chuva de ligações tomou conta da Delegacia. 5 delas faziam referência a um homem: Richard William Leonard, 22 anos.

O caso teve grande repercussão na Austrália e um interessante debate: Richard era um monstro ou uma vítima? Mas vítima? Como assim?

Richard passava as férias na casa da avó, uma mulher, no mínimo, macabra. Ela obrigava o netinho a torturar e mutilar animais. Ela cortava as orelhas e rabos de gatos e obrigava Richard a fazer o mesmo. Até que ponto isso poderia ter influenciado o comportamento do pequeno Richard?

Richard é um psicopata que certamente teve sua doença agravada pelos abusos sofridos na mais tenra idade. Um psiquiatra o descreveu como um homossexual com grande dificuldade em entender sua orientação sexual.

A criança que um dia mutilou gatos a mando da avó, assassinou Stephen Dempsey a sangue frio com um arco-e-flecha aos 21 anos. Esquartejou o seu corpo e guardou os pedaços por 4 meses no congelador da sua casa. Após 4 meses finalmente decidiu se livrar dos pedaços e amarrou-os em redes a grandes pedras e então jogou no mar. No mesmo mês que ele descartou os restos de Dempsey, ele assassinou a sangue frio o taxista Ezzedine Bahmad.

“Foi engraçado. A porra da flecha foi direto na merda do seu coração. De qualquer forma, foi muito engraçado. Você deveria ter visto a cara dele. Lá estava ele, ele era apenas um merda, ele estava lá e, de repente, se foi. Ele começou a fazer uma espécie de ruído da morte, algo do tipo. Ele não poderia acreditar no que estava acontecendo, foi realmente engraçado. Ele apenas ficou fora de si, como: Oh merda, eu não posso acreditar que tenha chegado a hora.” (Richard William Leonard sobre sua primeira vítima Stephen Dempsey).

“Minha faca era muito afiada. Era minha faca favorita. Na realidade ela me custou 90 dólares, você pode cortar um tomate como uma lâmina de barbear. Era muito boa.” (Richard William Leonard contando a história da faca para os investigadores. Faca a qual ele assassinou Ezzedine).

O serial killer Albert DeSalvo, mais conhecido como “O Estrangulador de Boston” espalhou o terror nas ruas de Boston entre 1962 e 1964 ao estrangular 13 mulheres. O caso é até hoje cercado de incertezas, mas certeza mesmo era o que o pequeno Albert gostava de fazer quando criança: Amarrar gatos e cachorros e praticar tiro ao alvo, ou melhor, flecha ao alvo, já que Albert gostava de matar os bichanos com um arco e flecha que havia ganhado dos pais.

Outra brincadeira do pequeno Albert consistia em capturar cachorros e gatos da vizinhança e colocá-los em um caixote com uma divisória entre eles. Albert deixava os animais lá por dias sem comer. Ele então retirava a divisória só para ver, na maioria das vezes, o cachorro comer o gato vivo.

Ele morreu, aos 42 anos, assassinado dentro da prisão.

O escocês Peter Manuel foi outro serial killer que tinha prazer em torturar e matar animais.

Quando criança gostava de andar com um canivete. O pequeno Peter não tinha dúvidas ao ver qualquer animal que cruzasse o seu caminho.

Ele os esfaqueavam sem dó nem piedade. Gatos, pássaros, cachorros, … nenhum animal escapava de ser trucidado pelo pequeno psicopata. O único animal que ele não fazia mal era o seu cachorro de estimação.

Teve uma vida breve, morreu enforcado aos 31 anos. Mas antes assassinou 18 mulheres.  Bastante inteligente, conduziu a própria defesa e deixou a todos impressionados. Mas sua brilhante defesa não o livrou da pena de morte.

“Aumente o rádio e irei em silêncio.” Foram suas últimas palavras.

“Sakakibara Seito”, como ficou mundialmente conhecido o garoto que assassinou 2 crianças, em 1997 em Kobe no Japão, também foi uma criança que torturou e assassinou dezenas de animais. Sua brincadeira preferida era enfileirar sapos na calçada e arrebentá-los passando com uma bicicleta por cima.

Gostava também de estrangular e mutilar gatos, espalhando seus pedaços como se fizesse um desenho no chão. Os pombos também eram alvo do pequeno psicopata, Sakakibara gostava de decapitá-los.

Ainda na infância começou a andar com facas, até mesmo frequentando a escola com seus brinquedos.

Na cena dos dois assassinatos cometidos pelo garoto, haviam corpos espalhados de vários gatos mutilados.

As perversões sexuais do alemão serial killer Peter Kurten não se restringiam apenas aos humanos, mas também aos animais.

Na mesma época em que o pequeno Kurten assassinou 2 amiguinhos afogados, ele foi despertado para a zoofilia e tortura de animais por um apanhador de cães que o deixava assistir torturá-los.

Uma criança normal teria reagido com horror a tais práticas, mas não o pequeno Kurten. Logo ele começou a torturar cachorros enquanto os masturbavam.

Essa prática em uma mente já doente só poderia evoluir cada vez mais para um resultado bestial. E foi o que aconteceu. Aos 13 anos ele começou a esfaquear ovelhas e carneiros enquanto fazia sexo com eles. O contato com o sangue fazia o adolescente psicopata ter orgasmos. Gostava também de cortar o pescoço de animais para que pudesse beber o sangue.

Outro serial killer que tinha orgasmos ao esfaquear animais enquanto fazia sexo com eles era o norte americano Arthur Shawcross. Ele cresceu jogando gatos em lagos. Tinha prazer em ver os bichanos lutando por suas vidas até que exaustos afogavam. Assim como Peter Kurten, com o tempo passou a praticar zoofilia e obtinha prazer em esfaquear os animais enquanto os sodomizava.

Aos 27 anos estuprou e matou 2 crianças. Foi solto em 1987 depois de passar 14 anos na cadeia. Pouco mais de 2 anos depois de ser solto já havia matado 12 mulheres, a maioria prostitutas, as quais ele cortava suas vaginas com uma faca e depois comia.

Foi preso em 1990 e voltou pro lugar de onde nunca deveria ter saído. Morreu em 2008, aos 63 anos, de ataque cardíaco. Uma frase sua ficou marcada:

“Eu deveria ser castrado ou ter um eletrodo colocado em minha cabeça para parar minha estupidez. Eu sou apenas uma alma perdida a procura de libertação da minha loucura.”

Marcelo Costa de Andrade espalhou o terror pelas ruas do Rio de Janeiro em 1991. Em apenas oito meses estuprou e assassinou com requintes de crueldade 14 crianças. Bebeu o sangue de várias vítimas.

Psiquiatras que examinaram Marcelo o diagnosticaram com traços psicopáticos de personalidade. Foi diagnosticado ainda como doente mental grave com esquizofrenia e psicopatia, portador de personalidade antissocial e inteligência baixa.

Assim como outros psicopatas serial killers, Marcelo começou na infância torturando e matando animais. Segundo ele, aos 6 anos começou a ver fantasmas e a matar gatos a pedradas. Uma vez chegou a matar toda a ninhada de uma gata (7 filhotes). Muitas de suas vítimas crianças foram mortas da mesma forma que ele matava gatos na infância, a pedradas.

Para os especialistas que acreditam que a psicopatia tem origem genética, Gerald Eugene Stano, é um prato cheio. Desde os seus primeiros dias, o pequenino Gerald já demonstrava um profundo comportamento não emocional, mostrava desprezo por outras crianças e não gostava do contato humano. Além disso, comia as próprias fezes.

Foi adotado aos 6 anos. Desobedecia com frequência os pais adotivos e passou a roubar o dinheiro deles para subornar e manipular os coleguinhas da escola. Ingestão de fezes, falta de respeito por normas e regras dos pais, roubo… o próximo comportamento comum em pequenos psicopatas foi a tortura e morte de animais. Certa vez, Stano matou todos os pintinhos da galinha de um vizinho. Fato que o fez levar uma surra dos pais. Mas isso não era malcriação. Ele continuou matando galinhas dos vizinhos e ao entrar na adolescência matou o cachorro de uma menina que não quis namorar com ele. Seu reinado de mortes começou aos 18 anos. Como a maioria dos psicopatas, a lábia do moreno atraente era afiada e ele não tinha dificuldades para conseguir mulheres. Foi preso aos 29 anos e confessou mais de 40 assassinatos.

“A Besta da Columbia Britânica”, como ficou conhecido o canadense Clifford Robert Olson Jr, nasceu da maneira como todo psicopata adora: Sendo o centro das atenções. Ele foi um dos bebês que nasceram na virada dos anos de 1940 – 1941. Seus pais não ganharam o prêmio que seria dado ao primeiro bebê do ano, mas se serve de consolo para o bebê Olson, ele apareceu na TV junto com os outros primeiros bebês do ano.

Olson era uma criança psicopata. Não obedecia os pais, matava aulas, roubava e tinha uma fala compulsiva. Era a forma que o pequeno garoto encontrou de manipular as crianças e os adultos ao seu redor. Entretanto, entre os amiguinhos, era mais conhecido por ser o terror de gatos e cachorros do bairro onde morava. Poucos saiam vivos das mãozinhas do psicopata. Certa vez levou uma surra dos pais quando um vizinho foi tirar satisfações sobre a morte dos seus coelhos. Olson os tinham sufocados até a morte. Quando adulto começou uma vida criminosa que o levou a ser preso 94 vezes. Roubo, estupro, tentativa de assassinatos… Mas a casa para Olson caiu mesmo quando ele foi preso em agosto de 1981 acusado de ser o terrível serial killer que havia assassinado 11 adolescentes em 8 meses.

Enquanto você brincava de pique-esconde e bolinha de gude na infância, o americano Kipland Kinkel brincava de decapitar gatos vivos. Gostava também de amarrar e dissecar esquilos. Também gostava de colocar fogo em gatos e arrastá-los pela rua.

Não contente o pequenino Kipland passou a novos métodos de tortura e morte. Uma de suas preferidas era colocar e amarrar fogos de artifícios dentro da boca de gatos e esquilos e explodí-los. À medida que ia crescendo testava seus métodos em animais maiores. Explodiu também algumas vacas.

Seu apelido na escola era “O Pequeno Hitler” e colegas brincavam dizendo que ele seria o homem que iniciaria a Terceira Guerra Mundial. Não chegou a tanto, mas em 1998, aos 15 anos, chocou o mundo. Matou os pais com um rifle, tendo desfigurado o rosto de sua mãe com 3 tiros. No dia seguinte ele dirigiu até sua escola carregando duas pistolas e um rifle semi-automático. Atirou 50 vezes, acertando 37 alunos, 2 morreram.

O adolescente Lee Boyd Malvo aterrorizou os Estados Unidos quando, aos 17 anos, assassinou 10 pessoas em apenas três semanas com um Rifle Bushmaster semi-automático.

Ele literalmente praticava tiro ao alvo com o seu rifle. Escondido dentro de um carro, ele assassinou dez pessoas e feriu outras três.

Lee Boyd Malvo foi uma criança aparentemente normal. Era obediente e calmo. Mas aos 8 anos começou com um tipo de comportamento preocupante para uma criança: Tortura e morte de animais.

“Ele ficava irritado ao ver um gato na rua. Provavelmente matou alguns deles,” disse um dos psicólogos que o atendeu. Aos 8 anos Lee começou a torturar e matar gatos com pedradas de um estilingue. Assim como faria com humanos tempos depois, o pequeno Lee gostava de praticar tiro ao alvo com seu estilingue em gatinhos. Autoridades acreditam que ele tenha assassinado 16 pessoas em 8 estados diferentes.

Certa vez, a avó de Russell Weston Jr. pediu ao netinho para matar alguns gatos que infestavam a fazenda da família. Ela até deu uns trocados para ele. Matar gatos, ou qualquer outro animal, mesmo tendo uma recompensa financeira, seria impensável para a grande maioria das crianças. Mas não para o pequeno Russel.

A avó até deu um revólver para o netinho realizar o serviço, mas o pequeno Russel fez diferente. O sádico menino, que tinha 10 anos na época, realizou vários tipos de torturas com os bichanos. Queimou vivos alguns. Outros foram esquartejados vivos. Decepava o rabo de um e observava como o bichano reagia. De outro cortava as patas, de outro eram as orelhas … Em outros derramou produtos químicos tóxicos nos olhos para cegá-los. Outros foram envenenados à força e outros foram pendurados em árvores e enforcados lentamente. O diagnóstico de Russel veio quando ele já era adulto: esquizofrenia paranóide. Em 1998, o esquizofrênico passou de assassino de animais a assassino de pessoas. Ele invadiu o Congresso dos Estados Unidos atirando pra todo lado. O ataque resultou na morte de dois oficiais do Congresso.

Quando a adolescente Polly Klaas, de apenas 12 anos de idade, desapareceu de sua casa em Petaluma, Califórnia, em 1996, uma coisa chamou a atenção dos policiais: Seus gatinhos de estimação Spooky e Milo foram encontrados mortos a poucos metros de sua casa.

A atriz de Hollywood Winona Ryder, que cresceu em Petaluma, ofereceu uma recompensa de 200 mil dólares por informações mas o caso só seria resolvido meses depois do desaparecimento quando a polícia prendeu Richard Allen Davis. Richard tinha uma ficha criminal extensa que vinha desde a adolescência. Mas seu sadismo e maldade já vinha desde a infância. “Ele pegava gatos jogava gasolina e ateava fogo. Ele também andava com uma faca que usava para esfaquear cachorros que encontrava pela rua”, disse a mãe de um amigo de infância de Richard. Foi preso pela primeira vez aos 12 anos por roubo. Passou sua vida inteira entrando e saindo de prisões até ser condenado à morte em agosto de 1996 por ter sequestrado e assassinado Polly Klaas. Devido ao avançado estado de decomposição do corpo não foi possível estabelecer se Richard violentou sexualmente a adolescente.

Michael Carneal chocou o mundo ao assassinar, em 1997, três colegas de escola e ferir outros cinco em um ataque no colégio onde estudava. Um dos feridos ficou tetraplégico. Ele tinha apenas 14 anos.

De comportamento estranho, o garoto era vítima de bullying por seus colegas por andar só de roupa preta. Suas conversas sobre assassinato e morte também contribuíam para que ninguém chegasse perto dele.

Seu comportamento na infância dava indícios de que o menino tinha algum distúrbio. Desrespeitava e roubava frequentemente os pais. Também gostava de capturar gatos e jogá-los vivos no fogo. Matar gatos queimando-os vivos tornou-se uma rotina para o garoto até a adolescência.

Antes do ataque ele roubou uma pistola, dois fuzis, duas espingardas e mais de 700 cartuchos em munição.

Carroll Edward Cole, o serial killer que matou um amiguinho de infância aos 8 anos de idade teve uma infância sofrida.

Durante a II Guerra Mundial, sua mãe o levava a apartamentos onde ela fazia sexo com soldados enquanto o menino a aguardava do lado de fora com estranhos. Ele apanhava da mãe por qualquer coisa.

De tanto apanhar começou a nutrir um sentimento de ódio contra as mulheres.

Aos 8 anos estrangulou o cachorro da família e começou a fantasiar sobre matar sua mãe.

Entretanto, sua primeira vítima foi um coleguinha o qual afogou em um rio.

Quando adulto, confessou o assassinato de 35 mulheres.

Pra Saber Mais - Criancas Psicopatas - Hadden Clark

Se você quer conhecer o Norman Bates da vida real, apresento-lhes Hadden Irving Clark, talvez, o mais famoso serial killer travesti.

Ridicularizado por seu pai como um “retardado” e tratado como um brinquedo por sua mãe, que gostava de vesti-lo com roupas de menina e chamá-lo de “Kristen”, Hadden (como era de se esperar) tornou-se um jovem severamente perturbado. Ele gostava de perseguir outras crianças com sua bicicleta e de deixar cabeças decapitadas de animais de estimação na porta de colegas que o aborreciam. Para piorar, seu irmão mais velho foi preso acusado de um macabro crime: ele assassinou a namorada, assou pedaços de seus seios em uma churrasqueira e os comeu.

E Hadden seguiu os passos do irmão, mas assassinou muito mais pessoas. No início de 2000, Hadden decidiu mostrar aos investigadores os locais onde havia descartado os corpos de várias vítimas com a condição de que comprassem para ele um guarda-roupa feminino em uma loja especializada. Empetecado com sua nova peruca, calcinha, sutiã e saia, ele levou os investigadores a vários locais. Na imagem ao lado ele é fotografado com sua peruca numa dessas viagens.

Pra Saber Mais - Criancas Psicopatas - Vincenz Verzeni

Como é comum entre os serial killers, as inclinações sádicas do italiano Vincenz Verzeni começaram a se manifestar na infância. O psiquiatra alemão Richard Von Kraft-Ebing diz em seu clássico livro Psychopathia Sexualis que o italiano sentia “uma peculiar sensação de prazer” ao estrangular galinhas. Aos 12 anos, ele chegou a matar dezenas de galinhas em poucos dias e disse para os pais que um furão havia entrado no galinheiro.

Ao chegar a vida adulta, ele passou a desejar humanos.

“Depois de estripar as mulheres, Vincenz levava consigo pedaços de suas entranhas para que pudesse cheirá-los e tocá-los”, escreveu Harold Schechter em seu livro Serial Killers – Anatomia do Mal. O italiano foi acusado de 2 assassinatos, além de tentar contra a vida de várias outras mulheres. “Seria bom se me mantivessem preso porque em liberdade eu não posso resistir aos meus impulsos”, disse ele ao Juiz.

Pra Saber Mais - Criancas Psicopatas - Archie McCafferty

Verdade seja dita: o homem ao lado, Archie McCafferty, sabia que era louco, tanto é que se internou várias vezes por vontade própria em vários hospitais psiquiátricos. Da infância até os vinte e poucos anos, o escocês extravasava seu sadismo estrangulando pequenos animais: cachorros, gatos, galinhas…

Em 1972, casou-se e teve um filho, que morreu ainda recém-nascido. A morte do filho foi a faísca que faltava para sua mente paranoica. Ele elaborou um plano: matar 7 pessoas. Em sua mente delirante, seu filho morto seria trazido de volta à vida se ele assassinasse 7 pessoas. Não conseguiu, mas 3 pessoas perderam suas vidas pelas suas mãos. Em seu julgamento, disse ao Juiz: “Ainda faltam quatro para eu despachar”.

Na prisão, ficou conhecido por sua extrema periculosidade. Foi libertado em 1997 e vive hoje na Inglaterra. Clique aqui e veja uma entrevista com o “Cachorro Louco” no youtube.

Existem muitos outros exemplos de assassinos que começaram na infância torturando e matando animais. Esses são apenas alguns. A lista é enorme. Assim como a psicopatia, esse tipo de comportamento existe em todas as raças e não é restrito a um grupo específico de pessoas. A maioria dos casos citados envolvem norte-americanos por um simples motivo: Os Estados Unidos é o país onde mais se estuda esses criminosos. Eles possuem enormes banco de dados com todos os tipos de assassinos, criminosos e com todos os detalhes dos seus comportamentos. Estudos e pesquisas sobre criminosos e seus comportamentos é o que não faltam por lá, diferentemente daqui, do Brasil, e vários outros países no mundo. Isso dá a falsa impressão de que psicopatas, serial killers, mas murderers, spree killers só existem nos Estados Unidos, mas não, eles existem em todos os lugares. Talvez um pouco menos, talvez um pouco mais.

O objetivo deste texto é deixar claro, principalmente para quem é pai e mãe, que crianças podem sim serem más. Deixar claro que aquele comportamento desrespeitoso, manipulador e mentiroso pode não ser uma simples falta de educação. Existem sim crianças psicopatas, e como você leu acima, muitas delas se tornam sádicos assassinos e serial killers quando adultos. O destino delas e de dezenas de outras pessoas podem estar em suas mãos.

Na Foto: Jon Venables e Robert Thompson

E quanto aos pequenos assassinos de James Bulger, lembram da “historinha” que contei no começinho do post? O que terá acontecido com Jon Venables e Robert Thompson? Ficaram presos o resto da vida? Foram soltos? Estão recuperados?

Em novembro de 1993, 9 meses após o assassinato, Jon Venables e Robert Thompson, na época com 11 anos, foram considerados culpados pelo assassinato do pequeno James Bulger. Por serem menores de idade na época, eles deveriam ficar presos até os 18 anos de idade. Entretanto, a sentença imposta pelo tribunal foi de mais de 20 anos de prisão. Seis anos depois, em março de 1999, a Comissão Européia de Direitos Humanos declarou que Jon Venables e Robert Thompson não tiveram um julgamento justo e imparcial (pelo visto os Direitos Humanos são iguais em qualquer lugar), por isso deveriam ser julgados novamente e dessa vez por um tribunal independente.

Em janeiro de 2001, os assassinos ganharam na justiça o direito de uma nova identidade, garantindo assim anonimato para o resto de suas vidas. Cinco meses depois, após completarem 18 anos, Jon Venables e Robert Thompson foram soltos após passarem 8 anos presos. Os pais de James Bulger já haviam se separado devido à perda do filho, Ralph Bulger, pai de James, virou alcoólatra e quase morreu de cirrose. Em novembro de 2004, a mídia inglesa noticiou que a mãe de James, Denise Bulger, seguiu Robert Thompson mas que ficou “paralisada de ódio” ao vê-lo e assim não pode confrontá-lo.

O paradeiro de Robert Thompson continua desconhecido, mas o de Jon Venables não. Em 2008 ele foi preso por posse de cocaína e briga de rua. Dois anos depois ele voltaria para a cadeia e dessa vez por um motivo mais grave. Em 2010, Policiais que investigavam uma quadrilha que trocavam arquivos de pornografia infantil pela internet, encontraram 57 fotos “indecentes” de crianças em seu notebook, algumas delas tinham apenas 2 anos de idade. A investigação concluiu que Jon Venables se passava por uma mulher com interesse em vender sua pequena filha para pedófilos na internet. Ele continua preso e nos próximos meses (entre março e maio de 2013), uma audiência de liberdade condicional deve ser realizada.

Hoje, fevereiro de 2013, dia que escrevo essas linhas, os ingleses lembram os 20 anos do horrendo assassinato de James Bulger e dezenas de matérias e reportagens sobre o caso podem ser lidas nos jornais da terra da Rainha. Uma delas, do periódico inglês Daily Mail, mostra uma entrevista com Laurence Lee, o advogado que defendeu Jon Venables em 1993. Segundo Laurence, desde o início, ele ficou convencido que o menino de “aparência angelical” Jon Venables era inocente do crime. Para o advogado, Venables estava sobre a maligna influência de Robert Thompson, o qual chegou a chamar de “O Flautista de Hamelin”.

“Ele disse que estava perto do Parque Goodison com Thompson e não no Shopping. Eu acreditei nele. Ele era convincente. Mas Thompson disse a um policial que ambos estiveram no Shopping. O confrontei com esse fato e depois de um momento de silêncio ele disse: Bem, certo, nós estávamos no shopping mas nunca pegamos o menino. Ele então se levantou chorando e abraçou sua mãe”, diz Laurence na entrevista.

O que Laurence parece não ter percebido era que ele estava frente a frente com um pequeno mentiroso e manipulador, em outras palavras, um pequeno psicopata.

Pouco depois de sua prisão em 2010, Jon Venables chamaria novamente à atenção do mundo. Veja o sinistro desenho que o menino fez semanas antes de assassinar James Bulger.

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Na Foto: Desenho de autoria de Jon Venables.

O bizarro desenho de autoria do pequeno Jon Venables mostra o que parece ser um homem esfaqueando duas outras pessoas. Esse menino é ou não perturbado?

Especulações sobre o comportamento de Jon Venables continuam a todo vapor. Mas apesar da verdade sobre as ações que o levaram novamente a ser preso, podemos admitir que este homem, Jon Venables, sofre com uma grande pressão em cima dos seus ombros, especialmente para alguém profundamente perturbado. Aparentemente, seu amigo, Robert Thompson, parece ter se ajustado melhor à vida. De acordo com o que se sabe sobre a vida dos dois assassinos, Thompson foi sempre a figura mais “ruim”, frio e calculista. Em contraste, Venables parecia ser o que tinha uma perturbação mental mais grave. Gostava de ficar de cabeça pra baixo na escola, fingindo ser um morcego, e uivava loucamente quando professores o confrontavam. Segundo a imprensa britânica, Venables chegou a revelar sua verdadeira identidade para pessoas na rua numa clara tentativa de chamar atenção. Isso mostra que para ele, é quase que impossível viver uma vida secreta, ao contrário do seu amigo Robert Thompson. E nesse ponto, Thompson parece ser aquele tipo de psicopata mais clássico, o que se camufla na sociedade.

Jon Venables sairá da prisão

Julho de 2013

Atualizado em 05 de julho de 2013.

O jornal britânico Daily Mail publicou ontem, 04 de julho de 2013, em sua versão eletrônica que Jon Venables, mais uma vez, sairá da prisão. Ele ganhou liberdade condicional e terá (pela quarta vez) uma nova identidade. Segundo o jornal, os custos de Jon Venables ao contribuinte inglês já somam 1 milhão de libras esterlinas ou 3,3 milhoes de reais.

Como bem vocês sabem, na Inglaterra, a Lei Mary Bell garante a menores que cometeram crimes hediondos que recebam novas identidades para viver nas ruas. Jon Venables recebeu sua primeira identidade aos 10 anos, quando junto com Robert Thompson, assassinou o pequeno James Bulger. Em seguida, um segundo nome foi dado a ele quando, em 2001, ele saiu da prisão. Uma terceira identidade (todas financiadas pelo contribuinte inglês) foi dada a ele em 2010 após ele ser pego com imagens de pornografia infantil em seu computador e, novamente, ser mandado para a cadeia. As autoridades inglesas trabalham agora em sua quarta identidade, processo que visa garantir-lhe anonimato.

Quem não gostou da notícia da soltura de Jon Venables, que hoje está com 30 anos, foram os pais de James Bulger. Denise Fergus e Ralph Bulger disseram estar “cheios de terror” pela decisão de conceder liberdade condicional a Venables. Ralph disse em um comunicado que a decisão de libertá-lo foi “equivocada”.

“Jon Venables é um criminoso sexual que matou uma vez e deixou claro quando posou de mãe de uma criança que sua emoção é o abuso sexual de uma. As autoridades já experimentaram Jon Venables nas ruas e isso não funcionou. Ralph tem medo que uma pessoa inocente caia nas mãos de Jon Venables e seja machucada ou até mesmo morta”, disse o advogado do pai de James Bulger, Robin Makin.

Já a mãe de James Bulger, Denise, disse estar em choque. “Venables já mostrou não ser confiável e que ele é um risco para o público e para si mesmo. Ele mente e manipula pessoas para os seus próprios desejos doentios. Ele ainda é um risco e… eu duvido que estaremos seguros com ele tendo outra falsa identidade. Eles deveriam mantê-lo trancado por um longo tempo ainda.”

Veja abaixo tweets postados por Denise Fergus em sua conta no twitter e do seu atual marido, Stuart. Com a hashtag #justice4ames ela convocou os usuários da rede a protestarem contra a libertação de Venables, a hashtag chegou a ser um trending topic no Reino Unido. Stuart chegou a dizer:

“Assassinar uma criança = 8 anos Ter vergonhosamente pornografia infantil no seu pc = 3 anos… justiça britânica… você têm um sorriso!”

A data para a libertação de Jon Venables não foi divulgada.

Na Foto: Os pais de James Bulger, Ralph e Denise em 14 de fevereiro de 1994, dia em que o corpo de James Bulger foi encontrado. A morte do filho acabou com o casamento do casal. Créditos: Paul Lewis.

Na Foto: Ralph Bulger carrega o caixão do seu filho James durante seu funeral em março de 1993. Créditos: Rexscanpix.

Na Foto: Cidadãos protestam na porta do tribunal durante primeira aparição das crianças assassinas Jon Venables e Robert Thompson. Data: 22 de fevereiro de 1993. Créditos: Jim Hutchinson.

Na Foto: Policiais fazem busca no local onde o corpo de James Bulger foi encontrado. Créditos: Rexscanpix.

Com relação à soltura de Jon Venables, não há muito o que discutir. Ele serviu sua sentença pelo assassinato de James Bulger e agora ganhou liberdade condicional após ser preso com material pornográfico infantil. Muitos dizem que não interessa o que você pense sobre pornografia infantil, a sentença para isso não pode ser eterna e, por isso, ele será solto. A angústia dos pais de Bulger é totalmente compreensível, mas a proposição de Ralph Bulger, de que é muito perigoso deixar Venables nas ruas, não é suficiente para o sistema judicial britânico, para eles, ninguém pode ficar preso por tempo indeterminado, a partir dessa acusação.

Em qualquer sistema de justiça civilizado, tudo é orientado para a possibilidade do resgate humano, não fosse isso, as prisões deveriam ser construídas com o propósito de serem gigantescos caixões de concreto. A possibilidade de reabilitação é o princípio fundador de qualquer sistema de justiça. Isso é fato. Alia-se a isso o escorregadio terreno do estudo da mente humana, onde há mais incertezas do que certezas. Pronto, temos a receita para a libertação de Jon Venables.

Finalizo o post com uma frase do serial killer Keith Hunter Jesperson.

Abaixo uma reportagem do Programa Gente TV, da TV Jangadeiro do Ceará. O programa mostra um garoto de 11 anos que exibe um comportamento claramente psicopata. Já matou um cachorro queimado, torturou vários outros animais, não respeita os pais, agride membros da família e até já chupou o sangue da mãe depois de feri-la.

 

Fonte: http://oaprendizverde.com.br/2012/10/11/pra-saber-mais-criancas-psicopatas/

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Acho que este artigo diz tudo, sobre o que provocam e o que tornam as crianças, quando as enviam para escolas de toureio, e quando permitem ou as levam para as praças de touros, assistir à carnificina de seres sensíveis. Metam a mão na consciência. Pensem bem, muito bem, antes de tornarem os vossos filhos, pequenos e anos depois grandes monstros! 

ATENÇÃO AUTARCAS PORTUGUESES! AS LEIS RESPEITANTES A ANIMAIS E A CRIANÇAS QUE ASSISTEM E PRATICAM TOURADAS NÃO SÃO CUMPRIDAS, LOGO, A LEI QUE PERMITE A TORTURA DE BOVINOS TAMBÉM NÃO É PARA CUMPRIR

Este argumento de que não podem fugir à lei parva, irracional, bastarda e ilegal que valida a tortura de seres vivos, não serve para permitirem a tourada nos vossos domínios.

Arranjem, outra desculpa. Esta já não pega. Porque em Portugal, nenhuma autoridade cumpre as leis racionais que devia cumprir.

Então porque hão-de os autarcas cumprir uma lei tão imbecil?

Fonte da imagem (onde podem encontrar muita informação mais):

http://pelostourosvivos.blogspot.pt/2013/10/tauromaquia-arte-de-torturar-bovinos-ou.html

As crianças continuam a assistir à violência e à carnificina, bem como continuam a praticar essa violência e essa carnificina em seres vivos, nos antros que ainda não fecharam.

Mas existem leis que o proíbem.

E quer o senhor ministro da educação fechar escolas onde se ensina a ler e a escrever e uma cidadania a sério às crianças…?

Que fechem os antros de tortura e de violência!

Dêem às crianças a oportunidade de crescerem com mentes sã.

Não as transformem em mentecaptas, nem nas psicopatas do futuro.

E quanto aos animais?

Se formos fazer uma queixa de maus-tratos a uma autoridade, ninguém está disponível para fazer cumprir a lei. E então mandam-nos para seca e meca, num jogo idiota de pingue-pongue, inconcebível.

Vejam neste link a quantidade de leis que existem para legitimar a tortura  em Portugal.

http://barreiradesombra.blogs.sapo.pt/237539.html

Nenhuma delas é cumprida, a não ser a principal: TORTURAR.

Isto só num país de brincadeira ou inventado, com autoridades a fingir que são.

Fonte: http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/atencao-autarcas-portugueses-as-leis-449962