CONTEÚDO ANDA Cresce conscientização do público sobre exploração de elefantes para entretenimento

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Pai Lin caminha ao longo da floresta enquanto os turistas o acompanham e dão melancia ao elefante. Passear nas costas desses grandes mamíferos não é permitido neste refúgio administrado pela Wildlife Friends Foundation da Tailândia, ou WFFT, um paraíso para animais resgatados – incluindo 17 elefantes – que fica a quase três horas de carro da movimentada Bangkok.

Considerados há muito tempo uma atividade turística popular neste país do Sudeste Asiático, estes passeios são abusivos e a  WFFT, observa que as espinhas dos animais não foram feitas para carregar seres humanos.

“O que é feito aos elefantes para obrigá-los a permitir que os seres humanos subam em suas costas é terrível”, disse Elizabeth Hogan da World Animal Protection, sediada em Londres (Inglaterra).

A Tailândia é um “dos grandes pontos globais” para passeios em elefantes, de acordo com o grupo de Hogan, que em fevereiro divulgou um relatório classificando a prática como a atividade turística mais cruel de todas. A organização estima que, a partir de 2010, cerca de 1300 elefantes foram mantidos em cativeiro na região.

Usar elefantes para o entretenimento é cada vez mais criticado por ativistas e pelo público. O Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus parou de explorar elefantes neste ano. Em outubro, o TripAdvisor anunciou que não promoveria mais a venda de atividades com animais em cativeiro.

Elefantes treinados são muitas vezes abusados com instrumentos cruéis chamados bull hooks ou espancados com pedaços de madeira. Posteriormente, eles são confinados em espaços apertados como parte de um adestramento comumente chamado de “esmagamento”.

“A ideia é literalmente acabar com o espírito de um elefante”, disse a veterinária Heather Rally.

A realidade é complexa. Elefantes treinados podem ser incapazes de retornar à natureza.  Na WFFT, os animais vivem em recintos especialmente construídos atrás de montanhas. Alguns têm piscinas e as árvores estão disponíveis ao seu redor. A fundação está arrecadando dinheiro para construir seu próprio hospital de elefantes.

Alguns elefantes, como Pai Lin, estão acostumados aos humanos, mas outros foram tão maltratados que até os funcionários se afastam.

A World Animal Protection cita dados de elefantes que o foram forçados para levantar turistas por seus troncos e os bebês obrigados a ficar em pé para posar para fotos, segundo o Chicago Tribune.

No entanto, apesar de a indústria de entretenimento ainda explorar inúmeros elefantes e outros animais em todo mundo, as pessoas parecem ser mais conscientes do sofrimento dos animais em cativeiro, aumentando as esperanças de um futuro digno para estes animais.

Nota da Redação: Vale ressaltar que é preciso conscientizar o público sobre o sofrimento de todos os animais explorados como entretenimento. Além de elefantes, diversas espécies são sequestradas de seus habitats e confinadas em recintos inadequados e excessivamente pequenos para serem observadas pelo público como se fossem brinquedos. É fundamental acabar com esta indústria e esvaziar as jaulas em todo o mundo para que os animais tenham paz.

Fonte: ANDA