A Convenção Internacional sobre Comércio de Espécies Selvagens Ameaçadas (CITES, na sigla original em inglês) adoptou hoje limites estritos à captura de elefantes selvagens para fornecer zoológicos.
O texto da nova resolução do organismo das Nações Unidas foi adoptado, depois de alterações introduzidas pela União Europeia (EU), com 87 votos a favor, 29 contra e 25 abstenções durante uma sessão plenária da reunião da CITES que decorre em Genebra até quarta-feira e deu de imediato origem a diferendos entre os defensores das restrições e países que são contra, como o Zimbabué, que obtêm receitas significativas com aquela actividade.
A resolução proíbe a exportação de elefantes selvagens para fora de África e limita a sua captura e comércio a situações em que são destinados a programas de conservação na própria região onde são capturados ou para relocalização em áreas seguras onde possam continuar a viver como animais selvagens.
De acordo com organizações de conservação da vida selvagem presentes na reunião e citadas por agências internacionais, as alterações introduzidas pela UE moldaram a linguagem do documento no sentido de alcançar um compromisso entre a proibição da exportação de elefantes selvagens para fora de África e a introdução de excepções como a possibilidade de circulação entre países europeus de animais que já se encontrem em território da UE.
As organizações de defesa dos animais presentes em Genebra consideraram a resolução “um marco importante” na protecção da vida selvagem, apesar de considerarem que o texto aprovado deveria determinar a proibição completa do comércio de elefantes selvagens.