CAMPANHA Cantora Cher luta para libertar gorila aprisionado em zoo na Tailândia

Embora pertença a uma espécie sociável, o gorila não tem contato com outro animal há mais de 10 anos


Bua Noi vive aprisionado em uma jaula no zoo em Bangkok

A cantora Cher iniciou uma campanha pela libertação de Bua Noi, um gorila de 32 anos que vive aprisionado no topo da loja de departamentos Pata Zoo, em um shopping center em Bangkok, na Tailândia, onde um zoológico está instalado.

Embora pertença a uma espécie sociável, o gorila não tem contato com outro animal há mais de 10 anos. Bua Noi vive no zoológico desde 1990. No local, outros 300 animais estão aprisionados e a intenção da cantora é libertar todos eles e fechar o zoo.

“Imploro ao governo tailandês que tire uma folha do livro do Paquistão e considere não apenas a libertação de Bua Noi, mas também o fechamento do chamado zoológico”, afirmou Cher ao jornal The Sunday Times.

A co-fundadora do FTW, Gina Nelthorpe-Cowne, divulgou uma carta aberta por meio da qual se dispôs a receber alguns animais mantidos pelo zoo. “Temos um centro de resgate pronto para receber os três orangotangos, os bonobos e os primatas menores mantidos no zoológico. O centro mantém programas de resgate e reabilitação e tem assistência veterinária para todos os animais sob seus cuidados, tornando seu centro um lar ideal”, informou.

Na tentativa de libertar os animais, ativistas escreveram uma carta para o ministro do Meio Ambiente, Varawut Silpa-Archa, pedindo sua ajuda na empreitada. No entanto, o proprietário do zoo, afirmou que o estresse da viagem até um santuário no Congo poderia matar Bua Noi.

O argumento de Sermsirimongkol foi o mesmo usado no Brasil por pessoas contrárias à transferência da elefanta Bambi de um zoológico para o Santuário de Elefantes Brasil (SEB). No entanto, após decisão judicial, Bambi foi transferida e fez uma viagem tranquila, sem quaisquer intercorrências. Hoje, ela vive feliz no SEB.

“O elefante mais solitário do mundo”

Bua Noi não é o primeiro animal que Cher luta para libertar. Recentemente, uma campanha que contou com a adesão da cantora garantiu a libertação do “elefante mais solitário do mundo”, que vivia aprisionado em um zoo no Paquistão.

“Ver Kaavan livre, feliz e tocando troncos com seus novos vizinhos no Camboja foi provavelmente o momento mais feliz da minha vida além de ter meus filhos”, disse a cantora após o elefante ser levado para um santuário.

“O seu bem-estar mental já melhorou muito. A diferença é realmente notável. Estou muito orgulhosa do que nós da Free the Wild realizamos”, completou.

O grupo Free the Wild foi fundado com a participação da cantora, que atualmente também atua em parceria com a Aspinall Foundation em prol do fechamento do zoo na Tailândia.

Fonte: ANDA

ATIVISTAS MEXICANOS PEDEM QUE NÃO VOTEM EM POLÍTICOS QUE APOIAM AS TOURADAS E SÃO INSENSÍVEIS À CRUELDADE ANIMAL

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A ex-prefeita de León, Bárbara Botello, candidata à Deputada Federal pelo PRI, é uma reconhecida aficionada das corridas de touros. (Foto: Zona Franca)

Com 200 tweets em apenas 12 minutos, foi lançada na última terça (28) a campanha #NoVotesPorPolíticosTaurinos, com mensagens “permanentes” dos usuários da rede social para expressar sua inconformidade e repúdio às touradas e contra os candidatos, partidos políticos, funcionários e dependências do governo que estão relacionados e promovem a chamada “fiesta brava”.

“As últimas pesquisas dizem que se dependesse da sociedade mexicana, as touradas estariam vetadas”, explicou em entrevista ao SinEmbargo Mónica Hernández Castañedo, porta-voz do movimento Sí! Esperanza Animal no México.

“A única forma que nós cidadãos temos de nos fazer ouvir é nas eleições – e me refiro a todos os assuntos, não somente o animal. Para isso temos que fazer valer nosso voto”, argumentou Mónica Hernández.

A porta-voz do movimento que defende o direito dos animais explicou que já fizeram de tudo para serem ouvidos pelas autoridades e para que o tema da fiesta brava (tourada) seja discutido abertamente; mas os políticos não dão atenção. Por causa disso, ela acrescentou, querem aproveitar as campanhas eleitorais, que começaram no dia 20 de abril, e se fazerem ouvir.

Algumas das mensagens enviadas na rede social são direcionadas à conta oficial do Partido Verde Ecologista do México (PVEM) e a Arturo Escobar Veja, coordenador dos deputados dessa bancada. Nelas se questiona a postura desse instituto político perante às touradas: “por que esse partido tem candidatos que apoiam as touradas?”, “O verde não cumpre?”, dizem alguns dos tweets enviados pelos usuários.

“A mensagem que esses políticos passam é que estamos diante de personagens que representam interesses que não são propriamente os da comunidade, mas sim dos empresários. Estariam reforçando a ideia de que estamos diante de um esporte como outro qualquer, mas sem levar em consideração o dano que efetivamente está sendo aplicado aos animais”, explicou em entrevista Sonia Venegas Álvarez, professora da Faculdade de Direito da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e especialista em tourada.

“Não peçam nossos votos se vocês não nos escutam”, era outra mensagem dirigida à conta oficial da Assembleia Legislativa do Distrito Federal (ALDF); a Miguel Ángel Mancera Espinosa, Chefe de Governo do Distrito Federal (GDF), e ao Secretário do Governo local, Héctor Serrano Cortés.

A discussão sobre as corridas de touros na ALDF foi proposta durante a VI Legislatura em 2014, e foi indeferida em 2015 pelo Presidente da Comissão de Normatividade Legislativa, Óscar Moguel Ballado, do Partido Movimento Cidadão (MC). Ele determinou que esse era um assunto que deveria ser tocado em “um ambiente que não estivesse dentro dos temas eleitorais e que tivesse menos pressão”.

Outras mensagens difundidas na rede social foram dirigidas precisamente ao Deputado local do MC: “@OscarMoguel vendeu os touros. Você votaria nesse partido?”, questionaram os usuários.

“Não queremos que as touradas sejam mantidas por todos os interesses pessoais que estão por trás. Que não haja intercâmbio político, que os assentos não sejam mais utilizados como moeda de cambio e que os animais em tempos eleitorais não sejam utilizados para preservar o poder”, expressou a porta-voz de Sí! Esperanza Animal.

Mónica Hernández afirmou que esta campanha permanente consiste em conscientizar a sociedade a procurar políticos sensíveis e que tenham iniciativas públicas que eliminem a violência contra os animais, como é o caso das corridas de touros.

“Queremos políticos sensíveis no tema do abuso e da violência animal, sabemos que a mente criminosa começa com a violência animal e um político que não se sensibiliza com a dor de um ser tão indefeso não se sensibiliza com nada”, disse a ativista.

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Imagem difundida em redes sociais pelos usuários que fizeram “campanha negra” contra os que fomentam a tortura animal. (Foto: Facebook)
“Os políticos que são mais sensíveis, que nos escutam, são os que nos representam. Aqueles que negociam com empresários, com pessoas que estão a favor da tortura, não nos representam. Então por que votar neles?”, questionou Miguel Ángel Yáñez, veterinário e membro da associação defensora dos animais Humanimalium em Coahuila.

O veterinário, que também resgata animais e é contra as touradas, explicou a este jornal que está pedindo aos políticos que não deixem os touros de lado nas legislações estaduais de proteção aos animais, já que eles também são animais que sentem e têm direitos.

“Transmitimos aos políticos a mensagem de que somos contra a violência e a promoção de espetáculos onde os animais são abusados, onde se insensibiliza pessoas e crianças – onde se pode traumatizar – onde gera violência”, declarou o ativista que participou da chuva de mensagens aos políticos.

De acordo com a porta-voz do movimento, há uma lista enorme de deputados que são a favor das touradas e que, em muitos casos, mantêm interesses pessoais.

“Exigimos políticos que querem evoluir, que deixem suas preferências de lado e abram caminho à evolução moral que a sociedade quer. Não vamos por cores, vamos por pessoas sensíveis, apoiamos projetos que estão a favor do cuidado e da proteção dos animais, não importa a cor do partido”, expôs Mónica.

Algumas mensagens também foram direcionadas aos políticos que descuidaram do tema da proteção animal durante cargos anteriores, como Cristian Vargas, deputado do Partido Revolucionário Institucional (PRI) na ALDF. Em 2011 ele apresentou uma iniciativa para proibir as corridas de touro na Cidade do México, mas foi cancelada por ele mesmo com o argumento de que essa reforma acarretaria problemas com empregos.

Outra mensagem que pôde ser lida durante o TweetStorm foi direcionada à candidata a chefe delegacional de Iztapalapa pelo Partido da Revolução Democrática (PRD), Dione Anguiano, por não ter concluído o Hospital Veterinário em sua gestão.

O Hospital Veterinário de Iztapalapa teve um investimento de 59 milhões de pesos mexicanos, e sua inauguração foi planejada para antes de 2015.

As mensagens também se referiam a José Ángel Córdova Villalobos, que foi descrito como um político que apoia as touradas e é candidato pela aliança do Partido Revolucionário Institucional (PRI), pelo Partido Verde e o Partido Nova Aliança (PANAL) para a prefeitura de León, em Guanajuato.

Assim como a atual candidata a Deputada Federal por León do PRI, Bárbara Botello Santíbañez, que foi vista assistindo touradas apesar de chegar ao cargo de Prefeita de León em coalisão com o Partido Verde.

“Bárbara Botello traiu os ativistas e apoiou as touradas”, diziam alguns tweets enviados.

“Talvez o que interessa tanto à população nem seja o tema das touradas, mas o interesse de que não se maltrate nem torture os animais de nenhuma maneira e em nenhum espetáculo”, finalizou Mónica Hernández.

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No tweetstorm realizado com a hashtag #NoVotesPorPolíticosTaurinos mostraram uma mensagem enviada pelo Presidente Nacional do PRD a favor das touradas. (Imagem: Twitter)

A ativista garantiu que de alguma maneira os taurinos (políticos que apoiam as touradas) estão aproveitando de suas posições políticas para que a violência continue enraizada na sociedade.

“Temos que lembrar que um mundo que tolera e apoia o abuso aos animais se converte em um mundo cada vez menos seguro para as pessoas”, referiu Hernández.

Por outro lado, Sonia Venegas explicou que se esses candidatos chegassem a um cargo como políticos, o abuso de animais continuaria a ser promovido e os interesses econômicos existentes por trás das touradas continuariam a ser protegidos.

Venegas também aplaudiu esta manifestação da sociedade contra candidatos e políticos que apoiam as touradas, por se tratarem de atividades “longe de serem culturais”.

“Está correto se manifestar contra os candidatos que não estamos de acordo, porque os que finalmente ocuparem os cargos irão representar a sociedade, e se a sociedade diz ‘chega desse costume ou prática’, isso deve ser cumprido”, explicou a especialista em Direito.

Finalmente, ela ponderou que aqueles candidatos que estão a favor da proteção animal são pessoas sensíveis sobre o tema dos animais e, consequentemente, dos seres humanos.

“Isso mostra a empatia que eles têm aos seres vivos, demonstra que se trata de um ser sensível e também preocupado pela sua sociedade, pelas crianças, porque, no fim das contas, a tourada é uma atividade que comprovadamente fomenta a violência”, concluiu.

De acordo com a última pesquisa realizada em 2011 pela Nacional en Vivienda de Parametría, 73% das pessoas no México não gostam das touradas e somente 8% dos pesquisados consideraram que se trata de uma arte.

Além disso, se trata de eventos que somente duas de cada dez pessoas já assistiram e as touradas registraram uma queda no público de 28 para 19% em um ano.

Fonte: Sin Embargo

Fonte: http://www.olharanimal.org/touradas-e-farra-do-boi/5555-ativistas-mexicanos-pedem-que-nao-votem-em-politicos-que-apoiam-as-touradas-e-sao-insensiveis-a-crueldade-animal

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É assim mesmo. Grande exemplo vindo do Mexico. Força companheiros mexicanos!