«Os caçadores nem desejam o bem-estar animal nem procuram o equilíbrio da biodiversidade.
O único desejo que têm em mente é o bem-estar do seu ego e o equilíbrio da sua arma».
(Pedro Neves)
Fonte: Arco de Almedina
«Os caçadores nem desejam o bem-estar animal nem procuram o equilíbrio da biodiversidade.
O único desejo que têm em mente é o bem-estar do seu ego e o equilíbrio da sua arma».
(Pedro Neves)
Fonte: Arco de Almedina
O dentista Walter Palmer, responsável pela morte do leão Cecil, numa área fora do Parque Nacional de Hwange, deu a sua primeira entrevista desde que, no início de Agosto, a opinião pública mundial noticiou o assunto.
À Associated Press (AP) e Minneapolis Star Tribune, Palmer garantiu ter agido legalmente e que ficou espantado ao descobrir que tinha caçado um dos mais amados e conhecidos animais do Zimbabué.
“Se eu soubesse que este leão tinha um nome e era importante para um país e para um estudo claro que não o teria feito”, explicou. “Ninguém, no nosso grupo de caça, sabia o nome do leão, antes ou depois do sucedido”.
O caçador admitiu ter atingido Cecil com um arco-e-flecha e que, ainda que o animal não tenha morrido imediatamente, ele não terá demorado 48 horas a sucumbir, como dizem os conservacionistas.
O norte-americano criticou ainda a animosidade dirigida às pessoas ligadas a si – desde funcionários da sua clínica dentária ou familiares – e garantiu que irá em breve voltar ao trabalho. De acordo com a AP e o Minneapolis Star Tribune, a clínica dentária foi vandalizada, assim como a sua casa de férias, na Flórida.
“Tenho vários funcionários na clínica e estou preocupado com a forma como isto tem afectado as suas vidas”, revelou. “Não percebo tal nível de humanidade para pessoas que não estão envolvidas em nada”.
Segundo Joe Friedberg, advogado que está a representar Walter Palmer gratuitamente, explicou que não tem conhecimento de nenhum inquérito ou pedido de extradição por parte das autoridades – norte-americanas ou internacionais.
Recorde-se que Theo Bronkhorts, caçador profissional que ajudou Palmer, foi acusado de “falha ao tentar evitar a caça ilegal”. E Honest Ndlovu, cuja propriedade se encontra perto do Parque Nacional de Hwange e na qual Cecil morreu, está a ser investigado por ter deixado entrar o leão na sua quinta.
Quando questionado sobre um possível regresso ao Zimbabué e futuras caçadas, Palmer disse que desconhecia o futuro. “Já lá estive algumas vezes e o Zimbabué tem sido um magnífico país para caçar. Mas sempre segui as leis”.
Fonte: Greensavers
Primeiro foi o assassinato do leão Cecil, que acabou chocando o mundo inteiro. Depois, uma funcionária da Idaho State University publica foto com animais que caçou e matou, na África, incluindo uma girafa, e gerou revolta no Facebook. Agora, a polêmica da vez diz respeito ao vocalista do Metallica, James Hetfield, que foi convidado para ser o locutor oficial da série The Hunt (A Caçada, em tradução livre), do canal History Channel, e que mostra um típico e muito criticado “hobby” americano: a caçada de animais selvagens.
O músico já deixou claro em entrevistas, e mesmo nas redes sociais, que um de seus passatempos preferidos é justamente a caça. James Hetfield, aliás, se diz experiente em matar ursos pardos e polares. No programa do History Channel, que vai mostrar caçadores em busca do urso marrom da ilha Kodiak, no Alasca (EUA), considerado um dos maiores mamíferos do mundo, o cantor será responsável pela narração dos episódios.
A estreia de The Hunt está prevista para o dia 8 de agosto deste ano, e a notícia da participação do vocalista do Metallica na série já gerou revolta nas redes sociais, ainda mais com a divulgação de uma suposta imagem que mostra um caçador junto a um urso marrom morto. Grupos de defesa dos animais espalharam a foto na internet, associando o músico americano à pessoa que aparece ao lado do animal.
Fonte: ANDA
Um caçador morreu após atirar em um elefante, no Zimbábue. Ian Gibson, 55, trabalhava para a Chifuti Safaris, uma empresa que comercializa passeios destinados à caça de animais, em meio à vida selvagem, na África.
Segundo informações do jornal Daily Mail, o animal teria se assustado com a aproximação do caçador, e após o tiro reagiu num ato instintivo de salvar a própria vida.
Muitos internautas engajados na causa animal se manifestaram pelo Twitter, aproveitando para criticar a caça aos animais e declarando que, infelizmente, o caçador apenas colheu o que plantou.
Comércio de marfim: uma séria ameaça à espécie
Nos últimos tempos, devido principalmente às brechas nas leis de proteção à vida selvagem, milhares de elefantes vêm sendo mortos em virtude do comércio de marfim, mesmo com estudos alertando constantemente ser essa a atual grande ameaça à população de elefantes na África.
Nota da Redação: Ao apoiar o que gera morte, só se pode colher morte. Apenas o fato de existir uma empresa como a Chifuti Safaris, cujos funcionários são matadores de animais credenciados e cuja missão é compartilhar, celebrar e encorajar a violência, já indica que há algo muito errado no conceito que rege as leis de proteção à vida selvagem. É vergonhoso que alguém considere ganhar a vida às custas de outras vidas – impactando com isso, inclusive, todo o planeta, pois todas as vidas e sistemas estão interligados, em algum grau. Os animais nasceram para viverem livres em seus habitats. As leis são um reflexo da condição de cegueira na qual se encontra a humanidade: não tem que existir quota pra matar animais, assim como não se decretam quotas para matar seres humanos. Que leis são essas e a quem servem? Estudos já indicam que estamos bem próximos de conseguir uma extinção em massa, envolvendo todo tipo de espécies de plantas e animais, matando a diversidade e portanto qualquer chance de vida humana. Será que queremos acelerar ou reverter esse processo?
Fonte: http://www.anda.jor.br/21/04/2015/elefante-reage-ataque-cacador-zimbabue-edicao