Corpos de filhotes são usados para fabricação de acessórios.
Os restos mortais de dois filhotes de tigres-de-sumatra podem valer 100 milhões de rúpias, o equivalente a 7.500 dólares.
Paul Hilton, um fotógrafo de vida selvagem, esteve na Indonésia recentemente e ficou face a face com Agus Salim, um homem que foi flagrado tentando comercializar peles e ossos desses animais, itens que estão sendo frequentemente usados na manufatura de roupas e acessórios de moda.
Mas, conforme reportagem do The Dodo, Salim é apenas um intermediário que trabalha para um mentor famoso nos crimes de tráfico de vida selvagem conhecido como Maskur, cujas ações podem levar os tigres-de-sumatra à extinção, uma vez que há apenas 300 indivíduos da espécie restantes no mundo.
E as pessoas que tentam salvá-los estão correndo contra o tempo.
Por esse motivo, Hilton se apressa em levantar histórias sobre as mazelas que esses animais criticamente ameaçados enfrentam pelo mundo devido à ação humana.
“A Indonésia já perdeu os tigres-de-bali e os tigres-de-java, que foram caçados até a extinção”, disse Hilton ao The Dodo. “Sem uma reformulação séria das leis atuais que tratam sobre os crimes de vida selvagem, pode-se presumir que o tigre-de-sumatra está em seus últimos dias”.
De acordo com pessoas que atuam em campo na ilha de Sumatra, a luta contra a extinção iminente desses animais requer a colaboração de todos.
“Auxiliar na aplicação da lei é parte de nossa estratégia para assegurar que o tigre-de-sumatra e outras espécies estejam protegidas da caça’, disse Noviar Andayani, da Sociedade pela Preservação da Vida Selvagem da Indonésia, para Hilton. “Essa estratégia precisa da cooperação e do suporte de todos os lados; não só das autoridades, mas também da própria sociedade”.
Fonte: ANDA