BOICOTE Público do SeaWorld despenca em mais de meio milhão de visitantes

O parque SeaWorld teve uma queda significativa de público. Em boicote ao parque, mais de 500 mil, um total de 14% do público, deixaram de frequentar o local

O parque SeaWorld despencou em números de visitantes: mais de 500 mil em relação ao ano de 2017, uma queda representativa, de 14% do público.

De acordo com o San Diego Union-Tribune, a participação geral do público nos parques do SeaWorld caiu uma média de 5,5%. Perdas líquidas de mais de 170 milhões de dólares foram registradas apenas no segundo trimestre de 2017 – tal queda brusca foi creditada à “equívocos” públicos,sobre os tratamentos da vida marinha nos parques, de acordo com o SeaWorld.

Os maus-tratos intrínsecos ao tratamento das baleias no SeaWorld são informações relevantes para que o público se torne contra a esse tipo de “entretenimento” com animais. (Foto: Awionline)
Os maus-tratos intrínsecos ao tratamento das baleias no SeaWorld são informações relevantes para que o público se torne contra a esse tipo de “entretenimento” com animais.

Nem todos os parques do SeaWorld divulgam informações anuais sobre os visitantes, mas é provável que a unidade de San Diego não seja a única localização que teve um número decrescente de visitantes ou queda significativa de lucros.

Conforme informação do Live Kindly, o início deste ano, o CEO da empresa, Joel Manby renunciou ao cargo em meio à contínua queda de participação e lucros. A atitude de Manby fez com que outros dois executivos do SeaWorld também saíssem de seus cargos, sendo eles o diretor criativo da Creative, Anthony Esparza, e o vice-presidente do parque temático Experience Design, Brian Morrow.

Um grande fator determinante dessa reação do público foi o lançamento do documentário da Netflix de 2013, “Blackfish”, que mostra as condições abusivas e exploratórias das orcas nos parques do SeaWorld. Também, a pressão pública no local controverso levou movimentos de boicote ao parque.

O futuro do SeaWorld é questionável, assim como o de circos e lugares que usam animais como entretenimento. (Foto: SeaWorld)
O futuro do SeaWorld é questionável, assim como o de circos e lugares que usam animais como entretenimento.

As mortes de orcas são apenas o começo de preocupações relacionadas ao bem-estar animal levantadas sobre o parque marinho. Os maus-tratos intrínsecos ao tratamento das baleias, presas em tanques, separadas de suas famílias e medicadas devido ao estresse são informações relevantes para que o público se torne contra a esse tipo de “entretenimento” com animais.

Além disso, celebridades de grande alcance midiático, como Harry Styles, se posicionaram contra o SeaWorld, o que ajudou com que turistas frequentadores do estabelecimento começassem o boicote.

Um número crescente de pessoas está se informando, em busca de tomar escolhas mais éticas. Sendo assim, o futuro do SeaWorld é questionável, assim como o de circos e lugares que usam animais como entretenimento, promovendo os maus-tratos como base para o tratamento de espécies abusadas.

Fonte: ANDA