Destaques Golfinhos encurralados por caçadores se unem antes de serem mortos no Japão

Perseguidos e levados até uma enseada de onde não têm como escapar, os golfinhos se aproximam uns dos outros até se tocarem, como forma de se confortarem perante o destino iminente

Foto: The Dolphin Project

Um vídeo feito pela ONG americana de protecção aos cetáceos, The Dolphin Project, em Taiji, no Japão, mostra um grupo de golfinhos (espécie também conhecida como baleias-piloto ou golfinhos-piloto) muito próximos uns dos outros, reunidos, assustados e encurralados em uma enseada por caçadores japoneses.

As imagens comoventes mostram a família se aglomerando como forma de se proteger pouco antes de ser cruelmente morta.

A filmagem, descrita pela ONG, como uma das cenas mais difíceis de assistir já presenciada por eles, se desenrolou nas águas da enseada. Na quarta-feira última (11) o grupo de golfinhos foi cruelmente perseguido por horas e depois conduzido por barcos de caça até águas rasas. Exausta e traumatizada, a família veio à tona para espiar ao redor e recuperar o fôlego.

Após as redes terem sido jogadas, seu destino foi selado, e eles nadavam em um círculo apertado, sempre se tocando. A matriarca do grupo também podia ser vista nadando ao redor dos demais, sempre se esfregando contra os demais membros de sua família. Sem comida ou abrigo, os caçadores deixaram a família sozinha da noite para o dia.

Os golfinhos foram levados pelos barcos de caça para uma enseada (um beco sem saída no mar) perto de Taiji, no Japão, enquanto esperavam seu destino cruel.

No dia seguinte, logo após o nascer do sol, os caçadores chegaram à enseada para começar o dia de trabalho. Os golfinhos ainda estavam nadando juntas, tentando entender o que estava acontecendo. Os barcos começaram a separar a família, a fim de iniciar a selecção dos animais em cativeiro.

Os golfinhos estavam desesperados para fugir dos caçadores, mas também para ficarem juntos. Os observadores da ONG contam que o som da luta dos cetáceos no mar ecoou na direcção deles, que estavam na colina assistindo às tentativas desesperadas dos animais que lutavam pela liberdade e pela vida. Alguns golfinhos desta família foram levados para passar o resto da vida em cativeiro. Eles provavelmente nunca mais conhecerão a liberdade do oceano aberto e agora terão que implorar e ganhar suas refeições, fazendo truques anti-naturais para uma plateia.

Observadores dizem que oito dos animais foram capturados para serem levados para cativeiros, enquanto o restante foi morto.

Foto: The Dolphin Project

Relatos da ONG contam que último grupo de golfinhos ficou esperando na margem da enseada até que um barco veio para levá-los embora. Enquanto os cetáceos estavam presos e esperando, os caçadores começaram a matá-los. Aqueles que tinham sido capturados ficaram ali mesmo presos, assistindo e ouvindo enquanto sua família era morta bem ao lado deles.

“Foi comovente testemunhar isso e saber como essa família estava emocionalmente ligada”, diz o The Dolphin Project em um post no Facebook.

Foto: The Dolphin Project

Os animais cativos que foram levados para as baias marítimas no porto também tiveram que assistir a família morta sendo arrastada por eles no caminho para o porto. Os barcos eram carregados com mais cadáveres antes de seguir em direção ao porto. Outros golfinhos e baleias que estão em cativeiro nas baias do porto ouvem e observam massacres semelhantes todos os dias.

“Eu imagino que eles possam reviver esse trauma e nunca esquecer o que aconteceu com eles”, escreve a ONG.

O processo de morte dos animais foi longo, sangrento e barulhento. Os golfinhos se debatiam muito contra a água enquanto estavam morrendo. A ONG transmitiu ao vivo todo o horror do massacre. A entidade conta que os caçadores mataram essa família em fases, provavelmente por causa de seu tamanho.

Foto: The Dolphin Project

“Eles pareciam matar três a quatro indivíduos de cada vez; portanto, aqueles que esperavam sua vez na morte precisavam nadar em águas ensanguentadas e testemunhar sua família morrendo lentamente. A matriarca foi morta sozinha, ela foi levada para o açougue. Pudemos ver o corpo dela flutuando na superfície enquanto o barco se preparava para levá-la embora”.

Os observadores responsáveis pelas imagens contam que ver seu corpo flutuando na água foi uma das imagens mais comoventes que eles presenciaram. Apenas 24 horas antes, ela estava guiando sua família através do oceano, enquanto o grupo cuidava dos filhotes e uns dos outros.

Foto: The Dolphin Project

“No final, parecia que os membros do grupo que foram mortos por último também para de lutar e resistir. Os sons de suas batidas não eram tão altos quanto os membros da família mortos antes deles e isso nos fez pensar se eles tinham acabado de ceder ao seu destino. Eles haviam visto toda a família e sua líder corajosa e bela morta diante de seus olhos e os membros da família que não foram mortos foram levados à força para nunca mais serem vistos”, dizia o texto da ONG em seu site.

Os eventos que acontecem em Taiji são massacres de crueldade indescritível contra a vida de seres indefesos, inteligentes e capazes de sentir, amar e sofrer.

Foto: The Dolphin Project

As caças realizadas em Taiji são legalizadas no Japão, os golfinhos e baleias são perseguidos e mortos por pescadores que recebem uma permissão (licença) do governo japonês.

Postes de metal, que criam uma parede de som, confundem os animais e os direccionam para a enseada (cove), onde são presas fáceis.

Quase 16 mil golfinhos e baleias são mortos em todo o Japão durante as caçadas, que ocorrem de Setembro a Fevereiro.

Foto: The Dolphin Project

Fonte: ANDA

URGENT: Hold Denmark Accountable for the Slaughter of Pilot Whales!

Danish officials, including police, navy, and customs representatives, have been facilitating and supporting the slaughter of cetaceans in the Faroe Islands. In events known as “grindadráps,” Denmark assists the Faroese with ensuring that they can drive hundreds of pilot whales and other cetaceans into bays, where, while screaming in terror, their spinal columns are ruthlessly sliced, filling the bays full of blood.

While the Faroese cannot be brought to justice for their direct role in these atrocities, Denmark can. By supporting the Faroe Islands in the slaughter, Denmark fails to fulfill its EU obligations under the EU Habitats Directive – officially known as the Directive on the Conservation of Natural Habitats and of Wild Fauna and Flora. The Habitats Directive prohibits member states (including Denmark) from all forms of deliberate disturbance, capture, or killing of cetaceans.

On 8 May 2017, with the formal support of 27 Members of the European Parliament, Sea Shepherd Netherlands officially submitted a complaint to the European Commission, requesting infringement proceedings against Denmark for facilitating the slaughter of pilot whales and other cetaceans in the Faroe Islands.

It is up to the European Commission to ensure that Denmark is brought to justice. Sea Shepherd has given the European Commission all the proof needed to make that happen. Please sign our petition right away requesting that the European Commission stop Denmark from continuing to facilitate the slaughter of cetaceans. Time is of the essence – the European Commission is deliberating now.

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CONTEÚDO ANDA Oitenta e quatro baleias são mortas durante primeira temporada de caça nas Ilhas Faroé

Ativistas estão de luto pela perda de 84 baleias-piloto que foram assassinadas na primeira caça nas Ilhas Faroé neste ano.

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Durante as temporadas de caça que ocorrem anualmente na região, grupos inteiros de baleias-piloto e outros pequenos cetáceos são conduzidos para uma baía por embarcações e a água fica vermelha com o sangue dos animais brutalmente mortos.

Além de serem encurraladas, as baleias sofrem o extremo estresse de testemunhar a morte dos membros de suas famílias.

Robert Read, diretor de operações do Sea Shepherd UK, descreveu o horror mais recente: “O sofrimento causado durante várias horas é incrivelmente cruel enquanto o grupo é conduzido por dezenas de barcos. As baleias-piloto são mortas durante um período prolongado (de minutos a algumas horas) na frente de toda a família enquanto são encalhadas na areia, em rochas ou apenas lutam em águas rasas até que não reste nenhuma. Toda baleia-piloto do grupo é morta, incluindo mães grávidas, jovens, bebês. Ninguém é poupado das facas”.

O Sea Shepherd aumentou a conscientização sobre a prática bárbara documentando a perda trágica e violenta das vidas dos animais e, assim, despertando a indignação de pessoas em todo o mundo.

Ainda assim, as caçadas continuam, como Read apontou. Neste ano, os relatórios sobre o número de baleias-piloto perseguidas estavam imprecisos e não estava claro quantas foram realmente mortas até a contagem final dos corpos, segundo o Care2.

Há esperança de que aqueles que autorizam esse horror sejam responsabilizados.

Embora os moradores das Ilhas Faroé sejam autônomos, a Dinamarca controla a área, desde o policiamento até a moeda e a troca com membros da União Europeia. O Sea Shepherd tem se empenhado para responsabilizar a Dinamarca por não apenas permitir a caça de baleias, mas também por adotar ações que a apoie.

No início deste mês, com o apoio de 27 deputados do Parlamento Europeu, a Sea Shepherd da Holanda apresentou formalmente uma queixa à Comissão Europeia exigindo processos de infração contra a Dinamarca por facilitar a morte dos cetáceos, que são protegidos pela Proteção de Habitats Naturais e da Flora e Fauna Selvagens na União Europeia.

“É proibido matar baleias e golfinhos na Europa. Ao apoiar as Ilhas Faroé no assassinato de baleias-piloto e outros cetáceos, a Dinamarca facilita a matança e não cumpre as obrigações da União Europeia. O governo da Dinamarca mostrou interesse em fazer o que for possível para garantir que as mortes continuem”, disse Geert Vons, diretor da Sea Shepherd da Holanda.

Fonte: ANDA

#UltimateDeathScene Vídeo da Sea Shepherd encena últimos momentos de vida de uma baleia caçada

Foto: Reprodução

Como parte da luta contínua contra a matança de baleias-piloto nas Ilhas Faroé, um anúncio recente feito pela ONG Sea Shepherd pretende tornar o público mais sensível e consciente a respeito da situação dessas criaturas globalmente caçadas. As informações são do Ecorazzi.

Apesar das imagens de baleias feridas com harpões e içadas para os navios serem expostas rapidamente e apenas no final, o vídeo não deixa de ser impactante, pois coloca um homem no papel do mamífero flagelado.

A ideia do vídeo é encenar os últimos momentos de vida de uma baleia, após ser caçada. O ator australiano David Field ocupa o palco na curta produção, assumindo o papel de uma baleia capturada. Logo ele é derrubado, passando a se contorcer no chão com sangue escorrendo de uma ferida em suas costas e de sua boca.

“Elas são perseguidas ao ponto da exaustão”, proclama o vídeo sobre as baleias caçadas. “Em seguida eles dão um tiro com um harpão explosivo que causa um imenso trauma interno no organismo dos animais”.

A mensagem que Field transmite é que se isso fosse feito em humanos, haveria indignação massiva, e os agressores seriam presos. Mas se é feito contra baleias, é aceitável.

Este anúncio foi desenvolvido em meio a um esforço orquestrado pela Sea Shepherd para coibir o massacre de baleias-piloto nas Ilhas Faroé. A matança anual de incontáveis baleias é apoiada pelo governo da Dinamarca, e o fundador da Sea Shepherd, Paul Watson, tem trabalhado incansavelmente contra a prática.

No início deste mês, a Sea Shepherd anunciou que 61 baleias piloto foram mortas em um só dia, e cinco voluntários da tripulação da ONG foram presos, conforme publicado pela ANDA.

Também neste mês, o ator e ativista Martin Sheen enviou uma carta ao Primeiro Ministro da Dinamarca na qual pedia pelo fim do massacre. “Fiquei horrorizado ao ver a Marinha dinamarquesa sendo usada para defender o assassinato de centenas de baleias indefesas”, escreveu ele. Será que realmente faz sentido mobilizar uma fragata, um barco de patrulha, unidades de comando e um helicóptero com policiais dinamarqueses até as Ilhas Faroé para parar um grupo compassivo, de pessoas não violentas?”, questionou Sheen.

O massacre nas Ilhas Faroe é um evento anual, mas o assassinato de baleias continua o ano inteiro, ao redor do globo. Assista ao vídeo e divulgue, usando a hashtag #UltimateDeathScene.

Fonte: ANDA

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Ativistas são presos ao tentar evitar massacre de baleias nas Ilhas Faroé‏

DivulgaçãoNa última quarta-feira, tripulações da Sea Shepherd defenderam corajosamente um grupo de baleias-piloto que estavam sendo conduzidas para o vergonhoso massacre nas ilhas Faroé (Atlântico Norte), conhecido como “grindadráp”. As informações são da própria ONG.

O pequeno barco da organização, que vinha patrulhando a área no momento em que começou a caçada, chegou ao local enquanto o grupo de baleias era conduzido para a praia de Sandavágur, na ilha de Vágar.

A embarcação da Sea Shepherd interrompeu a caça, manobrando entre a frota de barcos que haviam cercado os animais.

Apesar de estar em drástica desvantagem em relação aos barcos dos caçadores, o barco da Sea Shepherd conseguiu redirecionar o grupo, causando grande confusão para a caça.
Na hora da matança, na costa da praia, cinco voluntários da Sea Shepherd saíram correndo em direção à água, a fim de posicionar-se entre as baleias e os caçadores que as aguardavam. Todos os cinco foram abordados pela polícia e arrastados de volta para a areia, onde foram algemados e forçados a se sentar de frente para a carnificina que se desdobrava.

Os cinco voluntários foram presos e forçados a se sentar em frente ao massacre. Foto: Marianna Baldo
Os cinco voluntários foram presos e forçados a se sentar em frente ao massacre. Foto: Marianna Baldo

Relatos iniciais divulgados através da mídia local indicaram que o grupo de baleias que seriam caçadas era composto por 200 animais. No entanto, quando o grupo foi conduzido à praia, foram contadas apenas 61 baleias-piloto. Não se sabe se algumas baleias escaparam, ou se os números iniciais foram superestimados.

Todas as 61 baleias-piloto foram então arrastadas para a praia e, finalmente, mortas. A Sea Shepherd estima que o massacre, a partir do momento em que o grupo foi cercado até a última morte ter sido concluída, levou cerca de duas horas.

Todos os cinco ativistas da tripulação da Sea Shepherd foram presos. Rudy de Kieviet, dos Países Baixos, Lawrie Thomson, do Reino Unido, Tobias Boehm, da Alemanha, Alice Bodin, da Itália, e Frances Holtman, dos Estados Unidos, tiveram seus passaportes confiscados e terão que permanecer nas ilhas Faroé até novo aviso.

Um representante legal foi chamado para agir em nome de todos os detidos.

A indústria do turismo das Ilhas Faroé está diretamente ligada à recente matança em Sandavágur. A mídia local do arquipélago relatou que o grupo de baleias foi visto pela primeira vez por um helicóptero da Atlantic Airways – um serviço que transporta turistas entre as ilhas.

A localização dos animais foi então relatada às autoridades, que deram permissão para que a caça prosseguisse. Rosie Kunneke, líder de equipe da Sea Shepherd, declarou: “Esta não é a primeira vez que o turismo das Ilhas Faroé tem sido usado como uma arma para ajudar na matança de baleias-piloto. Balsas que viajam entre as ilhas, e que são frequentadas por turistas, são usadas ​​como plataformas para detectar e relatar avistamentos de baleias. E, conforme já citado anteriormente, qualquer pessoa – incluindo qualquer turista – que não relatar avistamentos de baleias está em violação da Lei Baleeira das Ilhas Faroé e pode ser punido nos termos da lei. Os turistas que viajam para a região precisam ser alertados sobre esses riscos”.

O massacre desta semana em Sandavágur é o quinto do ano nas Ilhas Faroé. Um total de 490 baleias-piloto foram mortas no arquipélago desde junho.Em 23 de julho, mais de 250 baleias-piloto foram mortas nas praias de Bour e Tórshavn em dois “grindadráps” separados. Igualmente, cinco voluntários da Sea Shepherd foram presos naquele dia por terem atuado em defesa das baleias. Dos cinco, quatro são cidadãos da União Europeia.

Foi apresentado um pedido para que os cinco fossem deportados, e este encontra-se atualmente em análise.

Imagens de vídeo da matança dos animais e das prisões em 23 de Julho atraíram a atenção mundial, e acenderam um alerta sobre o apoio contínuo que a Dinamarca fornece para proteger esta prática nas Ilhas Faroé.

Até agora, neste ano, um total de 12 voluntários da Sea Shepherd foram presos no arquipélago. Em 20 de julho, outros dois voluntários da Sea Shepherd foram presos em uma tentativa de “grindadráp” próxima a Klaksvík. Ambos os voluntários ainda estão aguardando seu dia no tribunal.

A Sea Shepherd tem liderado a oposição à “grindadráp” desde os anos 80. A Operação “Sleppid Grindini” é a sexta campanha da organização em defesa de baleias-piloto nas Ilhas Faroé.

Fonte: ANDA

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“O dia em que a Sea Shepherd presenciou a morte de 250 baleias-piloto. Ajudem a acabar com a matança de baleias nas Ilhas Faroé. Um massacre a céu aberto onde a impunidade fere todos os valores universais.
Colabore! Juntos, podemos mudar o mundo. Faça a diferença.
A Sea Shepherd precisa de você.”

“Mais de 250 baleias-piloto foram perseguidas até à praia, onde, encurraladas, foram mortas com arpões e facas pelos habitantes locais enquanto dezenas de pessoas assistiam, incluindo crianças.

O massacre faz parte de uma tradição anual nas Ilhas Faroé, na Dinamarca, e foi denunciado pela organização ambientalista Sea Shepherd Global nas redes sociais.

Segundo o Daily Mail, o evento, conhecido por ‘grindadráp’, está legalizado pelas autoridades e contou com o apoio da marinha dinamarquesa. Cinco ambientalistas foram detidos por tentar parar os locais.

“É incompreensível que a Dinamarca, um país membro da União Europeia, que luta contra este tipo de prática, consiga justificar a sua participação neste massacre”.”

“Massacre de baleias-piloto que se repete todo ano nas Ilhas Feroe, Dinamarca. No vídeo, veja o momento em que ativistas da ONG Sea Shepherd são presos. Na mesma hora, centenas de pessoas começam o massacre.”

Tradição nas Ilhas Faroe promove matança de diversas baleias-piloto

Animais são encurralados em baía e mortos por moradores.
Águas ficam vermelhas de sangue; tradição anual foi herdada dos vikings.

Uma tradição anual nas Ilhas Faroe, território pertencente à Dinamarca, promoveu nesta terça-feira (5) a matança de diversas baleias-piloto (Globicephala melaena). (Foto: Andrija Ilic/Reuters)
Uma tradição anual nas Ilhas Faroe, território pertencente à Dinamarca, promoveu nesta terça-feira (5) a matança de diversas baleias-piloto (Globicephala melaena). (Foto: Andrija Ilic/Reuters)

 

Descendentes dos vikings, os moradores das Faroe mantêm a prática do 'Grindadrap' ('caça a baleias', no dialeto local) há vários séculos. (Foto: Andrija Ilic/Reuters)
Descendentes dos vikings, os moradores das Faroe mantêm a prática do ‘Grindadrap’ (‘caça a baleias’, no dialeto local) há vários séculos. (Foto: Andrija Ilic/Reuters)

 

Os animais são encurralados e mortos em uma baía perto de Sandur, na ilha Sandoy. (Foto: Andrija Ilic/Reuters)
Os animais são encurralados e mortos em uma baía perto de Sandur, na ilha Sandoy. (Foto: Andrija Ilic/Reuters)

 

A carne de baleia-piloto já foi uma importante fonte de alimentação nas ilhas. Após a pesca, a carne não é comercializada, e sim distribuída na comunidade. (Foto: Andrija Ilic/Reuters)
A carne de baleia-piloto já foi uma importante fonte de alimentação nas ilhas. Após a pesca, a carne não é comercializada, e sim distribuída na comunidade. (Foto: Andrija Ilic/Reuters)

No ano passado, foram 220 animais mortos, maior número registrado até então no que é localmente considerado um evento. (Foto: Andrija Ilic/Reuters)
No ano passado, a matança bateu recorde. Foram 220 animais mortos, maior número registrado até então no que é localmente considerado um evento. (Foto: Andrija Ilic/Reuters)
Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/06/tradicao-nas-ilhas-faroe-promove-matanca-de-diversas-baleias-piloto.html

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Tradição, tradição, tradição. Sempre a tradição.

Todas as tradições bárbaras. Todas as tradições e todas as práticas, que atentam contra o bem-estar, e contra a vida de outros seres sensíveis, têm de ser radicadas para sempre, do mundo. Tradições e práticas, como o assassinato de baleias e de golfinhos, nas Ilhas Faroé, e em Taiji, no Japão. Os circos com animais. Os espectáculos com baleias, golfinhos e focas. A tauromaquia. A caça. A matança de cães e gatos em países asiáticos, para comida. Todas estas tradições e práticas, e muitas outras que existem, que são igualmente bárbaras, e que atentam contra a bem-estar, e contra a vida de outros seres sensíveis, têm de erradicadas para sempre, no mundo. Não mais pode haver qualquer traço destas práticas, no mundo. O seu desaparecimento tem de ser total!

Mário Amorim

Baleias-piloto assassinadas nas Ilhas Faroé são comercializadas na Europa

Este artigo já é de 2013, mas é bem actual. Este artigo fala por si!

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Foto: DivulgaçãoAlém do crime que é a matança dos animais, a gordura de baleia-piloto é altamente contaminada com venenos como PCB e metil mercúrio, que podem ser bastante perigosos para a saúde humana. (Foto: Divulgação)

Durante as últimas semanas, gordura de baleias-piloto, vinda das Ilhas Faroe, foi frequentemente oferecida na balsa “Norrona”, de propriedade da empresa de navios a vapor Smyril-Line, como reportado pela organização de proteção a golfinhos e baleias ProWal. As informações foram publicadas no site da International Whale Protection.

Andreas Morlok, CEO da ProWal está enojado: “A gordura de baleias-piloto não é identificada como tal no restaurante da balsa. O hóspede não tem ideia do que exatamente está sendo oferecido a ele. O chef só dá a informação verbalmente quando perguntado, que o prato que o hóspede está consumindo é, na verdade, gordura de baleia-piloto, tal como provado por um cientista das Ilhas Faroe.

Além disso, falta um aviso no buffet dizendo que a gordura de baleia-piloto é altamente contaminada com venenos ambientais como PCB e metil mercúrio, que podem ser bastante perigosos para a saúde humana.

Estudos científicos provam que as crianças das Ilhas Faroe têm alto índice de deficiências de aprendizado e também transtornos no desenvolvimento de funções motoras e do sistema nervoso central. Enquanto bebês, eles já absorvem esses venenos através do leite de suas mães, que contém a maior saturação tóxica do mundo. A porcentagem de pessoas afetadas pelo transtorno nervoso da doença de Parkinson é o dobro do que no continente dinamarquês e a qualidade de esperma masculino também está fortemente afetada por essas toxinas.

Portanto, não é de se espantar que a Organização de Saúde Mundial (OMS) esteja urgentemente tentando dissuadir as pessoas de consumirem produtos originários das baleias. Na União Europeia, esses produtos são classificados como “substância perigosa”.

A balsa da empresa de navios de Faroe tem navegado regularmente entre a cidade de porto dinamarquesa Hirtshals e Thorshaven, a capital das Ilhas Faroe. Hirtshals e as águas que a circundam estão sob jurisdição da Dinamarca, membro da União Europeia. A importação e propaganda comercial de produtos de golfinho e baleia são terminantemente proibidas na União Europeia.

Pro Wal denunciou a empresa Smyril-Line para as autoridades dinamarquesas. Além disso, elas foram requisitadas a confiscar qualquer carne ou gordura de baleia-piloto na próxima chegada da balsa em Hirtshals, a denunciar a empresa por conta de violações das leis europeias e a dar início às ações legais.

As organizações de direitos animais dinamarquesas também informaram o FDA da Dinamarca, assim como as Comissões da União Europeia e pediram que eles se envolvessem para responsabilizar as partes envolvidas por suas ações.

A caça das baleias-piloto nas Ilhas Faroe, localizada no Atlântico, não só abastece os habitantes locais, como tem um caráter totalmente comercial, segundo a ProWal. Tal fato foi negado pelas Ilhas Faroe e pela Dinamarca até agora.

Andres Morlok: “As Ilhas Faroe, que estão em território dinamarquês, são parcialmente autônomas, e não pertencem à União Europeia, o que está possibilitando que eles continuem caçando baleias-piloto. O grupo de ilhas está totalmente tomado por carne de baleia. O povo de Faroe mata mais baleias-piloto do que consegue consumir, e porque eles conseguem a carne e a gordura por praticamente nada, mais e mais locais para comercializar a carne por puro lucro tem que ser abertos”.

Nas Ilhas Faroe, carne e gordura de baleia-piloto estão sendo oferecidas em restaurantes, mercearias e mercados de peixe. E claro, também é notada nesses locais a omissão de avisos que a carne é altamente contaminada.

Pesquisando sobre a venda de carne de baleia-piloto originária das Ilhas Faroe, na União Europeia, nós sempre fomos levados aos assim chamados “lares” de faroenses exilados”. Em torno de 20.000 faroenses viraram suas costas à sua terra natal e agora estão morando na Dinamarca. Esses “lares” estão lá, em nossa opinião, somente como camuflagem, e são um mercado ilegal para carne de baleia-piloto.

Qualquer um pode ir lá e comer nesses “lares”, incluindo nós mesmos, como experimentamos na semana passada em Copenhagen. Nós temos provas de que não só na capital dinamarquesa, mas também em outras cidades, como Esbjerg, a carne de baleia-piloto está sendo oferecida e vendida na Dinamarca. Este fato também foi passado para as autoridades pertinentes.

As Ilhas Faroe desfrutam dos padrões de vida mais altos da Europa e você pode apreciar qualquer comida que quiser por lá. Um governo que permite que baleias sejam assassinadas, que sua própria população consuma produtos de baleia que estão fortemente contaminados com mercúrio e outros venenos e que comerciantes sem escrúpulos vendam ilegalmente para consumidores sem conhecimento; está, em nossa opinião, agindo com intenção criminosa.

De 1584 até agora, 264.793 baleias-piloto foram brutalmente assassinadas nas Ilhas Faroe, segundo a ProWal. A organização acredita que a caça às baleias já não é mais necessária e que hoje é vista como um negócio e, além disso, diversão.

Andreas Morlok: “A caça a baleia-piloto é um tipo de ritual feito para provar a masculinidade do caçador, pois jovens garotos de 14 anos podem participar no massacre desses animais altamente sociáveis”.

“Já que os faroenses nunca irão parar a caça as baleias-piloto por vontade própria, nós temos que nos envolver e tomar uma iniciativa nós mesmos contra esse extensivo massacre de animais”.

“Portanto, nós temos viajado às Ilhas Faroe há umas duas semanas e colocado aparelhos acústicos que irão emitir sons para manter as baleias-piloto distantes das 23 baías onde elas têm sido massacradas. No ano passado, 716 baleias-piloto foram assassinadas da forma mais cruel e brutal possível nas Ilhas Faroe. Nem as mães e seus filhotes foram poupados.”

Apesar de terem acontecido tiros, nenhum dos ativistas recuou, a fim de completar seu trabalho de proteção desses animais maravilhosos. “Nós estaremos ativos nessas ilhas o ano inteiro e tentaremos instalar o maior número desses aparelhos para reduzir a quantidade de massacres. Neste ano, até agora, nenhuma caçada começou, apesar de que, no passado, os faroenses já teriam massacrados vários grupos de baleia-piloto nesta época”

Fonte: ANDA