Divulgado no último dia 30, um estudo mensal chamou atenção do volume de queimadas identificadas no maior bioma do Brasil, a Amazónia. Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a região sofreu mais de 32 mil focos de incêndio no mês passado, um aumento de 60% comparado ao mesmo período de 2019.
O segundo pior mês de setembro para a floresta, desde quando iniciou seu monitoramento, tem como consequência as mesmas ações humanas que destroem Pantanal sul-mato-grossense: o agronegócio. Fazendeiros utilizam o fogo para “limpar” vegetações que são usadas para pastagem de animais.
Desmatamento
Análises do Inpe também confirmam um desmatamento superior a 10 mil km² do território da Amazónia, entre agosto de 2018 e julho de 2019; área correspondente ao tamanho do Líbano. Os dados representam um aumento de 34,4% em relação ao período anterior. Ambientalistas e cientistas têm demonstrado preocupação com os crescentes números de queimadas e a falta de gestão ambiental que preservem os biomas brasileiros.
A WWF-Brasil, organização socioambiental, aponta que informações monitoradas, inclusive pela Nasa e outras plataformas internacionais, mostram que 54% dos focos de incêndio na Amazónia, este ano, tiveram como causa o desflorestamento.
Operação Verde Brasil 2
Pressionado pelo mercado internacional, o Governo Federal planeja estender até 2022 o programa Operação Verde Brasil 2, que combate crimes ambientais na Amazônia Legal. A estratégia do Ministério da Defesa, que utiliza as forças armadas para este ofício, não tem alcançado as expectativas da ala sustentável, principalmente após os últimos estudos divulgados pelo Inpe.
Fonte: ANDA